quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Em Ti, entrego-me...Pai! Vania Vieira-janeiro de 2008.

Nos braços do Pai me entrego, nesta noite em que o frio me invade o corpo, em que a solidão me toma a alma.
Adormeço, na esperança que mais além no tempo me acordes, me chames, como se um novo dia houvesse despertado, como se uma nova manhã clareasse a noite.
Confio em Ti, sinto o aconchego dos Teus braços poderosos, sinto o Teu amor transbordar o peito e invadir-me por completo.
Sinto a segurança, o calor, como se Teu corpo fosse real, deixo-me ficar, suspensa no vazio, sabendo que me transportas no colo.
Em Ti encontro força, calma e tranquilidade, para cruzar desertos, derrubar montanhas, e, num simples toque de dedos, acariciar aqueles que de mim descendem, aqueles que iguais a mim, procuram, num toque, a salvação, a esperança e o alívio das dores da alma...
Por isso Te procuro, para expurgar minh'alma, para banhar-me nesse rio imenso de que És feito, purificando-me em cada gota de orvalhos que resvala sobre a minha pele, em cada brisa que me contorna o corpo, como um abraço Teu, que me acolhe no final de cada batalha, sarando-me as feridas, e lavando-me o espírito.
Hoje, durmo em Ti, a paz e a tranquilidade vêm envolver-me no teu manto de luz, rejuvenescendo-me nesta noite em que me entrego em Ti.
Meu Pai!!!

Curando-me!Vania Vieira.

Num monte, dentro de mim,junto as poucas coisas que consegui. Guardo na alma a maioria dos instantes, na mente conservo as palavras e na pele levo os cheiros, essências duma vida inteira. Nos olhos, carrego em cada lágrima as imagens deste instante, momento de vida, sopro do destino que me trouxe aqui.Não levo mapa, não traço rotas, limito-me a seguir o caminho. Às costas carrego o passado, pela frente estende-se o futuro, sou uma caminhante, de passagem para outro lugar qualquer.
Faço uma pausa entre vidas, percorro o curto caminho incerto entre elas, como um fio, que liga os novelos, destinos entrançados em muitas vidas, pedaços de todos e cada um de nós, de vós.Preparo a alma, para atravessar o deserto, vazio de vida, cheio de eus, questões e dúvidas por explicar, instantes e momentos por saborear, dores e males por sentir. Preciso compreender a informação que recolhi, tratá-la e aprender com todos os erros cometidos, com todas as lições recebidas...
Deixo atrás as histórias, montes de palavras, sentidos atados em fios de seda, sensações, toques e emoções acordadas em mim, por todos, despertas em vós, pelas letras que calmamente teci.
Não me despeço porque não parto, despeço-me apenas porque fico, fico, calada, em silêncio. Falo para mim, escrevo-me, desenho-me e esculpo-me, preenchendo o interior que se foi esvaziando a cada frase, a cada beijo, a cada carícia.Restauro as cores que o tempo empalideceu, reparo os buracos da alma, saro as feridas abertas, cuidando delas...
Deixo-me ficar, por uns tempos, em mim!
6/29/2007 12:39:00 PM

Você está tentendo enganar a quem? Vania Vieira-julho de 1998.

Você está tentando enganar a quem?!?
Vânia Vieira , julho de 1998.
Era a terceira vez que ela me procurara em menos de 10 dias. Até aí, poderia ser ótimo, já que gosto tanto delas...na verdade amo-as...e sentia que cada uma a seu tempo, ainda iam ligar muito, até que entendessem..Hoje que tenho um sentido realista dos laços cármicos que nos une, não poderia deixar de ouvi-las...No caso dela, nem sempre existia as insistentes ligações, mas agora o problema é que ligava sempre aos prantos, extremamente ressentida por causa de certas atitudes que ele havia tomado pela enésima vez.Cada vez se tornava mais difícil ouvi-la, especialmente porque não conseguia compreender o que a levava a se indignar com algo que me parecia tão repetente e até corriqueiro, de certa forma. Afinal, desde que ela me conta sobre ele e seu jeito de ser, sempre foi assim: nada mudou. Portanto, ela se surpreendia com o óbvio e previsível.Como sei que esses “nós” que o coração dá de vez em quando, são dolorosos de se desatar, tentava mostrar a ela o quanto estava insistindo numa relação que não prometia as tais mudanças que ela tanto desejava. Por mais que ela acredite que o ama, é nítido que, na verdade, ela o idealiza.Ou seja, ela não ama este homem que se mostra a ela do jeito que é. Ela ama um outro, nele mesmo, inventado por seus próprios desejos e anseios...e isso fazemos TODAS nós... Ela, deseja se relacionar com uma outra alma e tenta modelar a dele porque tem medo de se dispor a buscar uma nova relação... Assim, já se passaram mais de 5 anos... e ela continua se maltratando por não conseguir transformá-lo no homem que ela gostaria que ele fosse. Ele é quem sempre foi (ele é assim! nós nascemos de diferentes modos de ver a vida!) e cada um de nós temos o direito de ser do nosso próprio jeito e agora, parece que só ela não percebe.Daí me lembrei de um trecho de um diálogo fantástico entre o rei e o principezinho, do clássico “O Pequeno Príncipe”, de Saint Exupéry: “- Se eu ordenasse ao meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transformar-se em gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem – ele ou eu – estaria errado? - Vós, respondeu com firmeza o principezinho. - Exato.
É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar, replicou o rei!!!”. E fiquei me perguntando: a quem será que ela está tentando enganar? A mim ou a ela mesma?!? Sim, porque ninguém, absolutamente ninguém, fica numa situação em que não está ganhando nada...somando nada... Nem que este “ganho” seja, antes, uma enorme perda.Então, quer seja o papel de abandonada ou o de boazinha; quer seja o de mulher que ama sob qualquer condição, tentando obter o lugar de mártir... ou quer seja a necessidade de conseguir a atenção das pessoas e, de quebra, não precisar trocar a tão conhecida dor pela possibilidade de experimentar uma nova tentativa de amor, o fato é que ela já deveria ter se dado conta de que só está nesta posição porque quer, porque escolhe, dia após dia, ligação após ligação, reclamação após reclamação, continuar exatamente como e onde está!Fácil sair?!? De forma alguma! Mas humanamente possível - e sobretudo admirável - quem escolhe a vida, o amor e a coragem, reconhecendo que o outro é como decide ser e cada um de nós fica onde resolver ficar!!! Continuar somando frustrações por conta das escolhas e atitudes do outro é infantil, é cansativo para quem olha, irritante para quem ouve e sem graça para quem vive. É desperdício, triste e inaceitável desperdício de inteligência.Por essas e outras, eu tomo aqui a minha decisão. Gosto dela e por isso a escuto. Já cansei de argumentar e abraço a verdade. Isto é: enquanto ela mesma não virar a página e não escolher, finalmente, a si mesma... vai continuar tentando se enganar. A mim, não engana mais.Desejo, então, do fundo de minha alma, que ela resolva, dia desses, olhar para si mesma, diante do espelho, e dizer: "Menina, acordei! Tenho muita vida pela frente; chega de acreditar que o outro é a razão de minha existência. Ninguém é, além de mim mesma!!! A partir de agora, compreendo que alguns desejos meus não são os mesmos desejos do outro. Ou eu fico e aceito como é; ou eu pego meu chapéu e parto em busca de meus sonhos"...E que assim seja para todos aqueles que tiverem coragem de se perguntar a quem estão tentando enganar! Porque senão, a vida acaba e tudo realmente não terá passado de um grande engano!
*quando enviei este texto a uma delas, esta perguntou-me imediatamente: Escreveste isso para quem?
Respondi monossilábicamente, mas meu coração queria dizer :
-Para mim, para você, para ela, para todas as mulheres do mundo...em diferentes fases...TODAS nós um dia ...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A tatuagem da meia idade.

A tatuagem da meia-idade
Contra a obrigatoriedade de parecerem mais jovens, mulheres enfrentam preconceitos, principalmente de outras mulheres, ao assumir os cabelos brancos

DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Em uma época repleta de recursos sofisticados para tornar as mulheres mais atraentes e joviais, disfarçar os cabelos brancos, de tão básico, virou quase uma obrigação. Essa é a percepção de algumas mulheres que se aventuraram pelo caminho inverso ao da maioria e ousaram assumir um visual grisalho em plena meia-idade.
A atriz Cássia Kiss, 50, que, entre uma novela e outra, corta os cabelos e os deixa na cor natural, afirma ser duro resistir à pressão, muito forte principalmente por parte das mulheres de sua faixa etária. "Há as que gostam, e gostam mesmo, mas há as que cobram e dizem: 'Logo você, uma atriz!'", relata. "A ditadura da aparência jovem é um fato, e todo mundo quer se salvar. Mas eu gosto de contar minha idade. Sou dona de mim, sei do que gosto, e minha fé em mim é muito forte."
A reação aos cabelos assumidamente brancos leva mulheres a concluir que, socialmente, a renúncia às tintas está vinculada à decrepitude e ao abandono de si próprias. "Algumas pessoas acham que você está desencantada com a vida, que se largou ou que está pirando", conta Mila Rey, 53, professora de inglês. "Eu usava hena desde os 33 anos para cobrir os fios brancos até que, aos 43, veio uma vontade de ver como era a verdadeira Mila. Deixei crescer a raiz e fiz um corte radical, bem moderno. Quando me olhei, achei o máximo! Senti-me livre, poderosa. Fui direto para um vernissage, e todo mundo gostou. Um tempo depois, começaram os comentários: 'Está bonito, mas ficaria mais se você pintasse'." Mila e suas colegas de experiência contam que abdicar de uma aparência que se convencionou ser rejuvenescedora pode ser considerado até agressivo aos olhos de quem acha difícil lidar com os sinais do próprio envelhecimento. "Uma amiga de ginásio não pode me ver que começa a falar: 'Sai de perto de mim que eu não quero ver isso!'", diz.
"'O quê?', gritou minha vizinha 'loura' de 50 e alguns anos quando mencionei minha decisão. 'Por que cargas d'água você quer parecer mais velha?'", relata a norte-americana Anne Kreamer, 52, em seu recém-lançado livro "Meus Cabelos Estão Ficando Brancos" (Ed. Globo). "Eu não tinha idéia de onde estava me metendo."
Ato de rebeldia
Tamanha é a convicção de que cabelo grisalho é para ser omitido que ostentar os fios brancos pode ser encarado hoje como um verdadeiro ato de rebeldia, uma espécie de tatuagem ostensiva das mulheres maduras.
Segundo a psicóloga professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Mônica Gianfaldoni, falta tolerância com o que é diferente. Ela diz não considerar alienadas as mulheres que pintam os cabelos, mas que, em um mundo globalizado, há um excesso de rigidez no padrão estético voltado para o vigor da juventude. "Será que, para ser feliz, a pessoa tem que parecer igual a todo mundo?", questiona. "Quebrar padrões e sair do script estão ligados a pensar mais, analisar critérios, olhar para dentro de si e decidir onde se quer investir, dar-se o direito de dispor do próprio corpo."
A terapeuta observa que a cobrança social não apenas de ser jovem, mas também de aparentar jovialidade, exerce maior pressão sobre as mulheres. Pesquisa recente com universitárias realizada na faculdade em que leciona, sobre critérios de escolha de parceiros, mostrou que o nível de exigência com a aparência é muito maior com elas próprias. "Beleza é uma questão sexista. A mulher se cobra muito mais por sua própria aparência do que pela de um parceiro em potencial."
Para a atriz Glória Menezes, 73, o período em que deixou os cabelos naturalmente brancos foi positivo. "As pessoas adoraram, acharam fashion daquele jeito bem curtinho. Queriam que eu continuasse, mas não posso, tenho de mudar conforme os personagens que faço", diz. Ela afirma considerar que a aceitação externa reflete o interior da pessoa. "O importante é se sentir bem, seja com o cabelo branco, vermelho, azul."
Com o público masculino, a professora Mila passou a fazer até mais sucesso com o cabelo novo, ao contrário do que previram as amigas. "Uma vez praticamente fui agarrada por um garoto de 26 anos quando saí para dançar com amigos. Ele não queria nem saber da diferença de idade", conta. "Acho que quem pensa que cabelo grisalho é coisa de velha talvez não saiba como é na Europa, nos Estados Unidos. Acho que ter esse preconceito, sim, é que é coisa de velha."

Grandeza e Miséria do Homem

Grandeza e Miséria do Homem

por

Professor Rubens Costa Romanelli
livro "O Primado do Espírito"

Que extraordinário poder tem o homem! Que revolução profunda não operou ele à face da Terra e que prodigiosa transformação não imprimiu à fisionomia das coisas!
Ele abriu caminhos ao progresso, na Terra, nos mares e nos ares. Modificou o curso dos rios, arrasou montes, conquistou territórios ao mar, drenou pântanos, fecundou o solo, criou novos espécimes vegetais e animais, apropriou-se da energia atômica, edificou suntuosas cidades, arrancou as riquezas ocultas nas entranhas da terra e dominou o raio nas altitudes do céu.
Por toda parte, deparam-se-nos os vestígios de seu construtivo e perseverante labor. Da mísera choupana passou ao majestoso arranha-céu; do frágil e minúsculo veleiro passou ao luxuoso e gigantesco transatlântico; do lento carro-de-boi passou ao célere avião; das estreitas e tortuosas picadas passou às estradas amplas e pavimentadas: das pequenas indústrias manuais passou às grandes indústrias mecânicas.
Observe-se, todavia, que esse mesmo homem que operou tamanhas maravilhas detem-se impotente diante de si mesmo! A tudo ele tem podido transformar. Só ainda não pode transformar aquilo que é o agente de todas as transformações: o seu próprio ser! Sua fisionomia moral é ainda a mesma de seus antepassados da caverna.
Que belo não será o mundo quando o homem, introvertendo-se, se dispuser a transformar-se a si mesmo!

Paz a todos

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Qualidade de vida começa em nossa mente.

QUALIDADE DE VIDA COMEÇA NA MENTE
por Vanessa Mazza Furquim
Qualidade de vida tem sido um dos temas mais falados atualmente e cresce na mesma proporção em que as tensões políticas e econômicas se intensificam em diversas partes do mundo.É evidente que está se criando um grande abismo entre aqueles que estão cansados dos rótulos do mundo moderno - em que nossa vida é fadada a um determinismo de trabalho contínuo e sem descanso, com hábitos sedentários, má alimentação, estresse, violência entre as crianças, divórcios e falta de amor, harmonia e compreensão em geral - e entre aqueles que não conseguem se libertar deles. Essas últimas pessoas estão mergulhadas dentro de uma esfera onde não há companheirismo, nem senso de comunidade. Cada um se isola em sua “bolha de sofrimento”, carregando um fardo de dor, solidão e medo do futuro. As preocupações esgotam toda a vitalidade e criatividade, deixando estas pessoas meras sombras de si mesmas. Elas assistem aos telejornais com um sentimento de catástrofe e grande decepção. Parece que nada mais vale a pena, que o trabalho não compensa e que a única certeza é a morte.Possivelmente por causa disso, muitos usaram seu livre-arbítrio para dar um basta a esses hábitos viciosos, tomando a decisão de trazer às suas vidas mais qualidade.E o que foi feito? As pessoas passaram a praticar yoga, a ouvir os ensinamentos orientais, a procurar terapias, florais, oráculos, consultorias esotéricas de todos os tipos para tentarem entender a si mesmas. Além disso, entraram em academias, aboliram a carne, introduziram a soja na alimentação, assim como os produtos light. Outros se engajaram em projetos ecológicos, fazem a coleta seletiva, adquirindo apenas produtos que não agridam a natureza, entre outros tantos exemplos.Obviamente que todas essas atividades são de suma importância para a humanidade, mas apenas essas atividades não resolvem um problema intrínseco: a nossa programação mental.Apesar de procurarmos a qualidade de vida com tanto empenho, muitas vezes sente-se que algo está faltando, que não está sendo suficiente. Onde está aquele sentimento de serenidade que aqueles monjes experimentam? Onde está o equilíbrio frente às adversidades? A fortaleza de caráter? E, principalmente, onde está a prosperidade dos que praticam o Bem e que deveriam ser os verdadeiros detentores dos bens da Terra, de modo a distribuí-los com mais sabedoria e amor?A resposta está na mente. É lá que tudo começa. É a fonte de toda a criação. Nossos pensamentos, quando direcionados, têm uma força imensa e é uma pena que perdemos tanto tempo, direcionando pensamentos negativos de auto-invalidação, de raiva, de miséria e de medo.
Portanto, vamos mudar o teor dos nossos pensamentos. Assim, todas as atividades físicas voltadas para a qualidade de vida terão um impacto muito maior e duradouro em nossas vidas.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Desconforto-Vania Vieira.

Desconforto
Vania Vieira, julho de 2006.

O sol quente mais desola que consola
A solidão da tarde,
No peito, o espinho não cessa...
Saudades dessas montanhas puras,
Das nuvens transparentes,
do acordo das cores naturais,
Quando o dia era mais do que a ausência de fé
Ou necessidade de prece...
Meu cantar de hoje é um grito mudo
Para a tarde que se vai, levando embora
Mais um dia de promessas sem dor.
Ainda distante de mim, espero a noite
Para embalar encontros e desencontros intimos nos sonhos.
Há um desconforto entre eu e o tempo.
Ou será a espera das horas que virão?
O fato é que diante das paisagens de plasma,
Das lentes dos jornais e das televisões,
Das noticias sangrentas, do pânico da repetição do nada,
Deixo escorrer meus versos como se desejasse criar um novo tempo,
um outro ser, um outro mundo...
Com direito a um jardim colorido de flores, onde eu pudesse,
Plantar a pureza que eu tinha antes de crescer.
Mecanismos apodrecidos que estão por trás dos relógios,
Do tempo...dos homens bombas...dos traficantes...
Dos dirigentes das nações, desumanos sem caráter
Que fazem sórdidas guerras do que seria,
prá todos nós, mortais, comuns,
simplesmente, VIVER!!! ---------------------------------------------------

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Segue!!! Vania Vieira

Para as minhas filhas, seres especiais que tive o privilégio de trazer ao mundo e transmitir-lhes como herança uma inabalável força interior, que só os DIGNOS e FORTES possuem!

Lê e SEGUE!
Vania Vieira,NPP-RS.

Segue nos ventos como a ave segue,
Sonha teu sonho, busca realizá-lo,
Dança tua dança no mais doce embalo,
Canta teu canto, sê feliz e alegre.
Vai por caminho em que te banha a luz
Das infinitas bênçãos do Universo,
Toca teu barco - livre - em mar aberto,
Vai confiante em Deus que te conduz.
Põe nos teus passos determinação,
Segue tua alma e a voz do coração,
Pois quem te guia sabe dos teus medos.
Confia em ti: tua força é inacabável.
O teu poder é sempre redobrável.
Para a coragem Deus não tem segredos!
Busca os do BEM como tua essência clama,
te afasta dos sórdidos e mesquinhos ...
e verás a LUZ que te foi confiada!
O Amor que lhes doei no nascimento não foi
suficientemente grande para afastá-las do mal,
porque ele é inerente ao teu crescimento pessoal...
eis agora a oportunidade para acessar
teu caminho de LUZ,Verdade, Vida...
Segue...

sábado, 19 de janeiro de 2008

ah, as mulheres...Vania Vieira

Mas o que me incomoda mesmo é a tal alegação impiedosa e limitada sobre nós: ‘é impossível satisfazer as mulheres!’.
Vou aproveitar o ensejo para discordar, veementemente. Por mais que já tenha refletido sobre esta aparente insatisfação das mulheres, por mais que já tenha observado os meus próprios paradoxos e até admita que nem nós mesmas conseguimos nos entender, muitas vezes, tenho de tentar esclarecer: satisfazer-nos é possível! Queremos e podemos ser satisfeitas e isso é mais fácil do que tem acreditado alguns homens.

E quanto a nos entender, pra que? Desistam desta idéia. Não nos entendam, não tentem traduzir nossas contradições ou fazer contas pra saber se hoje estaremos ou não de bom-humor.Basta que nos olhem com determinação e nos façam um elogio como quem sente a nossa alma. Adentre em nosso corpo como quem busca nossos sonhos, e depois nos seduza daquele jeito que vocês tão bem sabem fazer... e nos sentiremos desejadas; toda a satisfação terá nos invadido.
Mulher deseja ser amada e não ser entendida. Deseja ter a sensação de que, dentre tantas outras, é única.

Creio que o autor que mais se aproximou da alma feminina tenha sido Saint Exupéry, talvez despretensiosamente, enquanto escrevia “O Pequeno Príncipe”.Quem já leueste diálogo, certamente vai se lembrar da rosa, tal qual um coração de mulher...“
- Ah! Eu acabo de despertar. Desculpa. Estou ainda toda despenteada.O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:- Como és bonita!- Não é? Respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo em que o sol...- O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!- Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim?”... E a convivência entre eles foi intrigando o Pequeno Príncipe:“É bem complicada essa flor...” pensava ele. Mas quando saiu de seu Planeta em busca de respostas sobre a vida e o amor, um dia confessou ao amigo, na Terra:“- Não a devia ter escutado. Não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar seu perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. ... Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar”.
Depois de se decepcionar por descobrir tantas rosas iguais àquela que deixara em seu planeta, acreditando ser a única em todo o Universo, ele aprendeu sobre cativar: “se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol”. E mais do que aprender a amá-la, ele aprendeu que uma flor, assim como uma mulher, pode ser única, ainda que existam milhares iguais a ela. E, então, diante de um jardim, amou enfim a sua flor:“- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém... Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que matei as larvas. Foi a ela que escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa”.
Por isso, não levem tão a sério o que dizemos. Mais do que nossas queixas e complicações, é o que fazemos que nos torna merecedoras do seu amor...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A LEI de causa e efeito! saibamos RESPEITÁ -LA!!! Vania Vieira

A LEI de causa e efeito! saibamos RESPEITÁ -LA!!!
Vania Vieira.
Para entendermos a unidade da vida, podemos considerar a Terra como um gigantesco organismo vivo do qual somos células, ignorantes de nossa unidade e interdependência como as células do corpo humano. Mas a ignorância da interdependência celular não isenta cada unidade da responsabilidade pelo cumprimento de seus deveres no conjunto do organismo. As falhas de uma unidade são sentidas pelo organismo como um todo e, conseqüentemente, afetam na mesma medida a célula que iniciou o movimento perturbador.
Em todos os planos e todas as áreas de nosso mundo, os efeitos seguem suas causas e, no devido tempo, retornam à sua fonte. Os cientistas identificaram essa lei que rege a natureza física, enunciada pela primeira vez em 1682, pelo físico Isaac Newton, sendo conhecida como a terceira lei de Newton: “A toda ação corresponde uma reação igual em sentido contrário.” Por essa razão, a natureza na Terra, os planetas e as estrelas são também regidos pela inexorável lei da causação universal. Visto sob outro ângulo, a lei de causa e efeito é o inter-relacionamento de tudo o que existe no mundo. Esse inter-relacionamento sempre existiu, não tendo começo nem fim.Pena que alguns de tâo inconscientes e atrazados em sua maneira de entender a vida, esquecem do mal que fizeram no passado e se fazem vítimas do presente...
A lei de causa e efeito é particularmente importante na vida do homem. Tudo está regido por ela. Se comermos em demasia (a causa), sentiremos dor de barriga ou engordaremos (o efeito). Se pisarmos num caco de vidro andando descalços iremos cortar o pé e sentir dor. Mas as relações de causa e efeito não se limitam aos aspectos físicos de nossa vida. Os aspectos morais e psicológicos de nossa interação com o mundo também são regidos pela lei de retribuição universal. Os mandamentos de todas as religiões, instando o homem a não fazer o mal a seus semelhantes, são expressões naturais da “lei.” A lei de retribuição fará com que a conseqüência do mal que causamos aos outros seja experimentada por nós, mais cedo ou mais tarde. NINGUEM, nenhum de nós, está acima disso!!!Embora os ignorantes assim o pensem: que estão acima de todos e de todo o mal que produziram!!! O mesmo ocorre com o bem que fazemos: fazer o bem aos outros é semearmos felicidade para nós. Nesse sentido, a lei de retribuição universal poderia ser considerada, de forma simplificada, como um boomerang cósmico: tudo retorna ao seu ponto de origem, com a mesma natureza e intensidade.
Obviamente, Jesus deu uma posição de destaque para a operação da lei de causa e efeito em seu ministério, como se comprova em diversas passagens dos evangelhos. Uma dessas passagens relacionada à lei da causação universal, é muitas vezes entendida como se referindo à lei mosaica: “Porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da lei, sem que tudo seja realizado” (Mt 5:18). Como a lei mosaica, além da revelação dos dez mandamentos recebidos de Jeová no Monte Sinai, havia incorporado um grande número de preceitos tradicionais do povo judeu, Jesus não iria afirmar que essas leis dos homens, mutáveis como são, jamais seriam alteradas ou omitidas, até que se passem o céu e a terra. No entanto, a lei de causa e efeito, sendo uma lei cósmica que rege toda manifestação, é eterna e imutável. Tudo será realizado, ou seja, todos efeitos serão experimentados por seu causador. O fato de a lei mosaica incorporar vários costumes judaicos que não foram prescritos por Jeová é tornado explícito nos evangelhos, como por exemplo: “Sabeis muito bem desprezar o mandamento de Deus para observar a vossa tradição” (Mc 7:9); “E vós, por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mt 15:3).
Em Mateus encontramos várias passagens relacionadas à justiça divina, dentre as quais destacamos: “Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão ‘cretino’ estará sujeito ao julgamento do sinédrio; aquele que lhe chamar ‘louco’ terá de responder na geena de fogo” (Mt 5:22). “Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos” (Mt 7:1-2). “Eu vos digo que de toda palavra inútil, que os homens disserem, darão contas no dia do julgamento” (Mt 12:36). Na primeira passagem, as referências ao tribunal, ao sinédrio e à geena de fogo são alegorias que usam a linguagem e as instituições do povo hebreu naquela época para caracterizar a operação da justiça divina, tanto neste mundo como no outro (a geena de fogo dos judeus, por exemplo, tornou-se mais tarde o inferno dos cristãos). No caso do alerta contra nosso costume de julgar os outros, a lei do retorno é tornada clara: não julgueis para não serdes julgados. Também é mencionado que a retribuição será feita na mesma natureza e intensidade da ação inicial: com a medida com que medis sereis medidos. Jesus deixa claro que absolutamente nada escapa à lei, pois não só as palavras injuriosas serão objeto de retribuição da lei, mas até mesmo toda palavra inútil.
Uma das mais claras formulações da lei do retorno na Bíblia é feita por Paulo: “Não vos iludais: de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso colherá: quem semear na sua carne, na carne colherá corrupção; quem semear no espírito, do espírito colherá a vida eterna. Não desanimemos na prática do bem, pois, se não desfalecermos, a seu tempo, colheremos” (Gl 6:7-9). Paulo chama atenção para o fato de que não há um limite temporal para colhermos o que plantamos. Ainda que a justiça divina possa tardar, de acordo com a nossa perspectiva temporal terrena, chegará o momento em que receberemos a justa medida de nossas boas ações e de nossos erros.
Em muitas tradições religiosas, inclusive na judaico-cristã, a lei de causa e efeito é geralmente chamada de justiça divina. Essa terminologia tende a levar o cristão a conceber o carma não como a operação de uma lei universal impessoal, mas como a retribuição a ser efetuada por uma divindade pessoal. Uma conseqüência desse entendimento distorcido da operação da justiça universal, como sendo efetuada pessoalmente por Deus, é a tendência natural de muitos devotos de procurarem fazer propiciações a Deus, com orações e intermináveis promessas para mudar as conseqüências de suas ações passadas sempre que a pesada, ainda que justa, mão da lei do carma faz-se sentir em suas vidas. Esse entendimento desvirtuado da lei dificulta o amadurecimento dos indivíduos.
Um empecilho adicional para o amadurecimento do devoto é o entendimento literal, portanto distorcido, de algumas passagens bíblicas, como por exemplo: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá” (Mt 7:7-8). Muitos invertem a relação Deus/homem, achando que Deus é um servo do homem, sempre a disposição para lhes conceder tudo o que venha a desejar. Na verdade, esse trecho deve ser entendido em conexão com a passagem em João: “Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vós o tereis” (Jo 15:4-5). O requisito explícito para obtermos de Deus tudo o que quisermos é permanecermos nele, é estarmos em sintonia com Sua Vontade. Para isso suas palavras devem permanecer em nós, ou seja, nossa vida deve ser guiada por Seus ensinamentos e Seu exemplo de vida aqui na Terra. Quando isso ocorre, transcendemos nossa natureza humana egoísta e tornamo-nos instrumentos perfeitos para a expressão da Vontade Divina neste mundo. Nesse caso, com toda razão, tudo o que o dedicado servo pedir a seu Senhor lhe será concedido. É nesse sentido também, que todo devoto sinceramente voltado para a busca da verdade, ao bater simbolicamente à porta do Mestre interior, vai verificar que ela será aberta, pois o fato de buscar já assegura o sucesso da obra, no seu devido tempo. Conseqüentemente, os pedidos de luz e de ajuda para encontrar forças para vencer as provações sempre serão atendidos, o que é bem diferente da expectativa de muitos fiéis de que Deus venha a alterar nossas contas pendentes com a justiça universal.
O ser humano foi colocado por Deus na escola da vida provido de discernimento e de livre-arbítrio para efetuar seu aprendizado, como indicado por Paulo: “Discerni tudo e ficai com o que é bom” (1 Ts 5:21). Para isso ele deve assumir a responsabilidade por seus atos. Conseqüentemente deve estar preparado para colher a conseqüência de suas ações. Somente quando o homem torna-se inteiramente consciente da responsabilidade última por sua vida é que passa a vigiar suas ações, palavras e pensamentos. Quando isso ocorre, ele passa a construir sua vida de forma responsável e inteligente; a partir de então estará fazendo rápido progresso rumo novamente 'a Casa do Pai! Para entendermos a unidade da vida, podemos considerar a Terra como um gigantesco organismo vivo do qual somos células, ignorantes de nossa unidade e interdependência como as células do corpo humano. Mas a ignorância da interdependência celular não isenta cada unidade da responsabilidade pelo cumprimento de seus deveres no conjunto do organismo. As falhas de uma unidade são sentidas pelo organismo como um todo e, conseqüentemente, afetam na mesma medida a célula que iniciou o movimento perturbador.
Em todos os planos e todas as áreas de nosso mundo, os efeitos seguem suas causas e, no devido tempo, retornam à sua fonte. Os cientistas identificaram essa lei que rege a natureza física, enunciada pela primeira vez em 1682, pelo físico Isaac Newton, sendo conhecida como a terceira lei de Newton: “A toda ação corresponde uma reação igual em sentido contrário.” Por essa razão, a natureza na Terra, os planetas e as estrelas são também regidos pela inexorável lei da causação universal. Visto sob outro ângulo, a lei de causa e efeito é o inter-relacionamento de tudo o que existe no mundo. Esse inter-relacionamento sempre existiu, não tendo começo nem fim.
A lei de causa e efeito é particularmente importante na vida do homem. Tudo está regido por ela. Se comermos em demasia (a causa), sentiremos dor de barriga ou engordaremos (o efeito). Se pisarmos num caco de vidro andando descalços iremos cortar o pé e sentir dor. Mas as relações de causa e efeito não se limitam aos aspectos físicos de nossa vida. Os aspectos morais e psicológicos de nossa interação com o mundo também são regidos pela lei de retribuição universal. Os mandamentos de todas as religiões, instando o homem a não fazer o mal a seus semelhantes, são expressões naturais da “lei.” A lei de retribuição fará com que a conseqüência do mal que causamos aos outros seja experimentada por nós, mais cedo ou mais tarde. NINGUEM, nenhum de nós, está acima disso!!!O mesmo ocorre com o bem que fazemos: fazer o bem aos outros é semearmos felicidade para nós. Nesse sentido, a lei de retribuição universal poderia ser considerada, de forma simplificada, como um boomerang cósmico: tudo retorna ao seu ponto de origem, com a mesma natureza e intensidade.
Obviamente, Jesus deu uma posição de destaque para a operação da lei de causa e efeito em seu ministério, como se comprova em diversas passagens dos evangelhos. Uma dessas passagens relacionada à lei da causação universal, é muitas vezes entendida como se referindo à lei mosaica: “Porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da lei, sem que tudo seja realizado” (Mt 5:18). Como a lei mosaica, além da revelação dos dez mandamentos recebidos de Jeová no Monte Sinai, havia incorporado um grande número de preceitos tradicionais do povo judeu, Jesus não iria afirmar que essas leis dos homens, mutáveis como são, jamais seriam alteradas ou omitidas, até que se passem o céu e a terra. No entanto, a lei de causa e efeito, sendo uma lei cósmica que rege toda manifestação, é eterna e imutável. Tudo será realizado, ou seja, todos efeitos serão experimentados por seu causador. O fato de a lei mosaica incorporar vários costumes judaicos que não foram prescritos por Jeová é tornado explícito nos evangelhos, como por exemplo: “Sabeis muito bem desprezar o mandamento de Deus para observar a vossa tradição” (Mc 7:9); “E vós, por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mt 15:3).
Em Mateus encontramos várias passagens relacionadas à justiça divina, dentre as quais destacamos: “Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão ‘cretino’ estará sujeito ao julgamento do sinédrio; aquele que lhe chamar ‘louco’ terá de responder na geena de fogo” (Mt 5:22). “Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos” (Mt 7:1-2). “Eu vos digo que de toda palavra inútil, que os homens disserem, darão contas no dia do julgamento” (Mt 12:36). Na primeira passagem, as referências ao tribunal, ao sinédrio e à geena de fogo são alegorias que usam a linguagem e as instituições do povo hebreu naquela época para caracterizar a operação da justiça divina, tanto neste mundo como no outro (a geena de fogo dos judeus, por exemplo, tornou-se mais tarde o inferno dos cristãos). No caso do alerta contra nosso costume de julgar os outros, a lei do retorno é tornada clara: não julgueis para não serdes julgados. Também é mencionado que a retribuição será feita na mesma natureza e intensidade da ação inicial: com a medida com que medis sereis medidos. Jesus deixa claro que absolutamente nada escapa à lei, pois não só as palavras injuriosas serão objeto de retribuição da lei, mas até mesmo toda palavra inútil.
Uma das mais claras formulações da lei do retorno na Bíblia é feita por Paulo: “Não vos iludais: de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso colherá: quem semear na sua carne, na carne colherá corrupção; quem semear no espírito, do espírito colherá a vida eterna. Não desanimemos na prática do bem, pois, se não desfalecermos, a seu tempo, colheremos” (Gl 6:7-9). Paulo chama atenção para o fato de que não há um limite temporal para colhermos o que plantamos. Ainda que a justiça divina possa tardar, de acordo com a nossa perspectiva temporal terrena, chegará o momento em que receberemos a justa medida de nossas boas ações e de nossos erros.
Em muitas tradições religiosas, inclusive na judaico-cristã, a lei de causa e efeito é geralmente chamada de justiça divina. Essa terminologia tende a levar o cristão a conceber o carma não como a operação de uma lei universal impessoal, mas como a retribuição a ser efetuada por uma divindade pessoal. Uma conseqüência desse entendimento distorcido da operação da justiça universal, como sendo efetuada pessoalmente por Deus, é a tendência natural de muitos devotos de procurarem fazer propiciações a Deus, com orações e intermináveis promessas para mudar as conseqüências de suas ações passadas sempre que a pesada, ainda que justa, mão da lei do carma faz-se sentir em suas vidas. Esse entendimento desvirtuado da lei dificulta o amadurecimento dos indivíduos.
Um empecilho adicional para o amadurecimento do devoto é o entendimento literal, portanto distorcido, de algumas passagens bíblicas, como por exemplo: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá” (Mt 7:7-8). Muitos invertem a relação Deus/homem, achando que Deus é um servo do homem, sempre a disposição para lhes conceder tudo o que venha a desejar. Na verdade, esse trecho deve ser entendido em conexão com a passagem em João: “Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vós o tereis” (Jo 15:4-5). O requisito explícito para obtermos de Deus tudo o que quisermos é permanecermos nele, é estarmos em sintonia com Sua Vontade. Para isso suas palavras devem permanecer em nós, ou seja, nossa vida deve ser guiada por Seus ensinamentos e Seu exemplo de vida aqui na Terra. Quando isso ocorre, transcendemos nossa natureza humana egoísta e tornamo-nos instrumentos perfeitos para a expressão da Vontade Divina neste mundo. Nesse caso, com toda razão, tudo o que o dedicado servo pedir a seu Senhor lhe será concedido. É nesse sentido também, que todo devoto sinceramente voltado para a busca da verdade, ao bater simbolicamente à porta do Mestre interior, vai verificar que ela será aberta, pois o fato de buscar já assegura o sucesso da obra, no seu devido tempo. Conseqüentemente, os pedidos de luz e de ajuda para encontrar forças para vencer as provações sempre serão atendidos, o que é bem diferente da expectativa de muitos fiéis de que Deus venha a alterar nossas contas pendentes com a justiça universal.
O ser humano foi colocado por Deus na escola da vida provido de discernimento e de livre-arbítrio para efetuar seu aprendizado, como indicado por Paulo: “Discerni tudo e ficai com o que é bom” (1 Ts 5:21). Para isso ele deve assumir a responsabilidade por seus atos. Conseqüentemente deve estar preparado para colher a conseqüência de suas ações. Somente quando o homem torna-se inteiramente consciente da responsabilidade última por sua vida é que passa a vigiar suas ações, palavras e pensamentos. Quando isso ocorre, ele passa a construir sua vida de forma responsável e inteligente; a partir de então estará fazendo rápido progresso rumo novamente 'a Casa do Pai!

A Verdade na dualidade.

A VERDADE E A PERCEPÇÃO DA VERDADE

Embora não existam duas verdades diferentes, sem dúvida, há percepções diferentes sobre a verdade.
Nossa percepção da verdade é a percepção de nossos próprios conceitos, de nossos valores, de nossas realidades psicológicas, culturais ou espirituais, nossa identidade social ou familiar. Mas embora seja essa a nossa percepção da verdade, ainda sim está atrelada à nossa personalidade, e a forma através da qual desejamos que seja a verdade. Há desejo em nossa percepção, há um querer contido de que aquilo que se apresenta venha na forma em que acreditamos ser bom ou não. Os dois valores da dualidade estão cheios de nossos desejos e sentenças que podem obscurecer o contato com aquela verdade que está acima dos conceitos, dos desejos da percepção doutrinada pelos sentidos.
Todos os princípios que fundamentam uma determinada realidade obedecem a leis que regem sua existência, não significa que entendamos as leis que rejam a verdade, mas, existimos, então a verdade encontra-se em nós além de nossas falhas percepções. No passado acreditava-se que a matéria fosse sólida, hoje sabe-se que milhões de partículas flutuam no espaço atraídas umas pelas outras, mas há tanto “vazio” entre elas que poderia caber outro universo (e cabe) entre tudo que existe de material. Assim, não podemos bater o martelo para determinar a verdade apenas por nossa percepção limitada do aparentemente existe.
Ao determinarmos sem entendimento de nós mesmos, a realidade que desejamos ou acreditamos, estamos apenas limitando as possibilidades ou nos excluindo do potencial ativo que temos de experienciar o que pode vir a ser a maior revelação de todos os tempos para cada um e para todos, a verdade absoluta.
É claro que, se acreditamos que há uma verdade absoluta, também a estamos limitando a algo, por isso, mesmo esse “absoluto”, sem dúvida, deve também ser infinito, mas fora de nosso campo de entendimento, neste nível de nossa realidade conceitual. Se duas pessoas discutem um fato, então certamente não conhecem a verdade. Se duas pessoas buscam entendimento sobre um fato estão próximas a conhecer o caminho para verdade. Se duas pessoas abraçam-se independente de suas crenças e tomam como o mais importante o que podem fazer juntas, certamente elas vivem a verdade.
Nos parece então não ser importante a forma como cada um acredita, mas a sinergia que pode ser criada que extrapola o conceitual. Poderíamos claro pensar que pessoas que se unem para fazer o mal (dualidade) estão extrapolando e indo de encontro à verdade, já quer mercenários não se importam com a verdade do outro desde que sejam pagos. Mas estamos falando de uma sinergia que não vem do desejo puro e simples de receber algo em troca ou atingir os próprios objetivos para provar a própria verdade. Há um fator preponderante que tem se colocado como fundamental naquilo que é chamado de sinergia. Mesmo a física quântica, que têm como sua pedra filosofal a interação da “onda/partícula” com a consciência, entende que há um valor que pode dar sustentação as interações da consciência com a realidade.
Na significativa experiência com os cristais de água realizada pelo Dr. Masaru Emoto, provou-se que sentimentos importantes como o amor, paz, alegria, dão forma consistentes, harmônicas e de beleza indiscutível aos mesmos cristais. Já pensamentos de ódio, medo, guerra, inveja, criam forma desarmônicas e grotescas. Estamos falando sobre a pertinência do que se sente, de que há uma força maior atrás desses pensamentos de harmonia que nos aproximam mais da verdade. Se isso faz efeito sobre elementos como a água, qual o poder não pode exercer sobre nós, e mesmo se pensamos em outras pessoas com tal energia?
No budismo pode-se encontrar a definição mais próxima do que desejamos expressar aqui, não do que seja a verdade, mas do que não é a verdade. Mas dentro desse pensamento ainda pode-se encontrá-la, isso parece ser possível. Diz o Buda: “Quem acha a verdade nada diz que não saiba. Ele só afirma o que é certo. Ainda que isso possa ferir alguém, ele ou ela saberá dize-lo no momento exato, oportuno. Quem acha a verdade tem compaixão pelos outros e por isso não engana ninguém e só prega o que é de fato, o certo, aquilo que é relacionado com a meta suprema, aquilo que é grato e agradável aos outros”. Citamos ainda Krishnamurti: “Para sermos capazes de expressar a verdade que vemos, independente das ameaças que nos rodeiam, requer-se uma revolução em nosso pensar...”. E que revolução seria essa?
A revolução no acreditar, está no nosso pensamento. Somos afligidos, subjugados doutrinados pelo nosso pensar, por não conseguirmos renunciar a forma de usarmos nossa mente, nossa razão. Mas nossa razão já está sendo usada, ou manipulada pelas crenças limitadas, emoções conscientes e inconscientes. Deixamos de usar o melhor de nós no momento em que nos vemos acuados, isso nos afasta da descoberta da verdade. Amamos, somos alegres, temos disposição apenas quando as situações estão a nosso favor, ou são agradáveis, mas o antídoto para o sofrimento é vencer a ignorância pelo amor e compaixão, pelo perdão e compreensão dos próprios limites, pois, sem dúvida os limites levados aos extremos podem destruir completamente nossa capacidade de mudar, de transformar os parâmetros desta realidade e encontrar sim aquela verdade, que não são apenas “fatos percebidos”.
Sim, os fatos percebidos não são necessariamente a Verdade, mas apenas expressões de uma determinada realidade na qual vivemos. A isso damos um determinado valor sem levar em conta que há mais, muito mais e além. E nessa realidade que vivemos talvez essas expressões talvez tenham algum valor de aprendizado se a utilizarmos como alavanca e não como ponto final ou definição da “verdade oficial”. Quando Jesus Cristo diz: “Vós conhecereis a verdade e ela vos libertará”, certamente não pode estar dando implicação apenas àquilo que diz respeito ao que pensamos. Temos de revolucionar o pensamento e para isso temos de amar a nós mesmos profundamente desapegados da idéia da personalidade, mas voltados para a compreensão de que somos uma verdade inconsciente.
Por fim, e ao mesmo tempo dentro de um espírito de continuidade, a verdade só pode ser revelada, assim entendemos, quando nos libertamos de toda forma de autoridade a qual submetemos nossa mente e nossos sentidos, mas, isso para compreendermos o quão é necessária disciplina amorosa e desapegada dos “achares”. Há verdadeira felicidade, amor e compaixão na verdade, mas temos de usar esses parâmetros, a felicidade e o amor e compaixão, se desejamos mesmo estar libertos ou apenas continuar a repetir um padrão. A verdade é um caminho e não uma idéia.

Com amor e bênçãos,
Mauricio(Chaves de Enoch)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Você tem respeito e dignidade por si mesmo? Gabriel Chalita-Lições de VIDA.

Laboratório de vida-Gabriel Chalita.

A educação não precisa necessariamente se realizar dentro de uma sala de aula. O cotidiano da vida, as lições que recebemos em casa de nossos pais, é um excelente laboratório, em que se vão misturando doses de atitudes, ações e reações, até encontrar o meio-termo. Mas um dos ingredientes mais fundamentais de qualquer dessas misturas é, sem dúvida, o respeito. O respeito tem que estar presente em qualquer experimento social - ou mesmo individual. Isto porque, quem não tem amor-próprio, quem não se respeita, corre o risco de perder o sentido da vida.
A dignidade(hoje se vê muito a falta dela...) nasce do respeito que forma o caráter e determina uma vida condizente com ele. Há numerosas histórias de pessoas que se encontraram em situações em que poderiam levar vantagem ilícita, sem que ninguém soubesse e sem que nunca fossem descobertas. Os desfechos de algumas dessas histórias seguem a lógica da esperteza - "já que posso passar impune, por que não aproveitar a ocasião?" Outros seguem uma lógica mais profunda, que respeita a consciência. - "Pode ser que ninguém veja, mas eu estou vendo" - reagirá aquele que se respeita. Na ótica do laboratório vital, aquele que não se respeita que não tem DIGNIDADE,não será respeitado.
Respeito é palavra que significa, na sua origem latina (respectus), a ação de olhar para trás. A palavra demonstra, claramente, que a pessoa dotada de respeito é aquela que não esquece o que passou( e daqueles que passou prá trás), não se esquece de quem ficou para trás porque envelheceu, morreu ou sofreu. Geralmente se utiliza a palavra respeito para definir a atitude desejável diante de pessoas mais velhas, porque mais vividas, mais sofridas. Merecem, por um cansaço físico, passar à frente nas filas, ter primazia nos transportes, receber atendimento prioritário em hospitais e bancos e em outros serviços públicos ou privados. Isso não significa que devam ser tratados com pena, mas com dignidade. Inclusive no mercado de trabalho. Talvez não tenham a mesma força física. Têm, entretanto, geralmente, mais sabedoria. Viveram mais, experimentaram maiores perdas, amadureceram.
Mas também merece respeito a criança, um ser em formação. O Estatuto da Criança e do Adolescente traz um corolário dos direitos de que são detentoras essas crianças. Essa lei traz proibições inclusive para os pais e outros educadores. Traz exigências ao próprio Estado quanto ao atendimento das necessidades das crianças. Elas não podem ser humilhadas nem agredidas. Em outras palavras, precisam ser respeitadas.
Merece respeito o trabalhador, independentemente de sua profissão. Como é bom trabalhar em um ambiente em que as pessoas respeitam e são respeitadas, em que há hierarquia, mas não humilhação ou prepotência.
Merece respeito a mulher que não pode, por conta de uma desvantagem física (há exceções, é claro) se submeter ao marido agressor/violentador. Multiplicam-se os casos de violência doméstica que causam indignação e dor. A covardia do mais forte(daquele que se acha mais forte) é intolerável.
Merece respeito todo cidadão, pelos impostos que paga, pelas obrigações que não pode deixar de cumprir. Desrespeita o cidadão o corrupto, o mentiroso, o demagogo. Desrespeita o cidadão aquele que age em interesse próprio ou aquele que é ineficiente na utilização do dinheiro que não lhe pertence.
Merecem respeito todas as pessoas. E isso se aprende em casa, na escola, na vida. E a melhor lição é que é possível vencer sem destruir os próprios princípios. É preciso respeitar os limites, as diferenças, as perdas. É preciso compreender e respeitar que cada um é diferente. Quantos há que querem mudar tudo em si mesmo, com a intenção de agradar ao outro. Isto é falta de respeito próprio. Será que o outro teria a mesma disposição em mudar tudo para me agradar? Se tiver, tome cuidado. Quem não respeita a si mesmo não há de respeitar o outro também. O mais interessante é que essas coisas são tão simples, tão óbvias e exatamente por isso merecem ser repetidas o tempo todo, como uma composição química testada e comprovada. Porque o difícil é ser simples.

"Respeito". No laboratório da vida, vale nos dois sentidos: comigo e com o outro. De mim para mim; do outro para o outro; de mim para o outro, e do outro para mim.
Mas infelizmente o que mais se vê hoje é exatamente:Eu posso tudo, os outros para mim só podem o que o meu julgamento PERMITIR!!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Meu orgulho em SER Mulher e ter gerado mulheres de FIBRA! Vania Vieira.

"A mulher é, assim, a vidente primordial, a Senhora das águas disseminadoras da sabedoria, oriundas das profundezas; das Fontes murmurantes e das nascentes, pois "o om -pronunciamento primordial da vidência é a linguagem da água". Não obstante, a mulher também conhece o sussurro das árvores e todos os sinais da natureza, a cuja vida está tão fortemente ligada. O rumor das águas das profundezas é somente um aspecto externo do murmúrio interior do próprio inconsciente, que nela se eleva espiritualmente como água a um gêiser.Ela é o centro da magia, do cântico mágico e enfim da poesia, pois a situação extática da vidente resulta de ela ser dominada por um espírito que irrompe dentro dela, o qual se pronuncia a partir dela , ou melhor, que nela se denuncia e se manifesta, em forma de invocação rítmica e intensa. Ela é a fonte de onde Odin obteve as runas da sabedoria, bem como a Musa, a origem das palavras que fluem do âmago do poeta e sua anima inspiradora.Como força inspiradora ela pode se manifestar isoladamente, na forma tríplice que já conhecemos, e ainda num contexto plural indeterminado. As Cárites, as ninfas, as sereias, as musas, as três graças, as moiras e outras inúmeras figuras, são as forças melodiosas, dançantes e proféticas dessa mulher inspiradora e inspirada na qual o masculino, muito mais distante das origens, busca sabedoria quando impelido pela necessidade. E vezes e vezes seguidas, encontramos essa mulher mântica ligada aos símbolos do caldeirão e da caverna, da noite e da lua.
Vaso da vida e da morte, da renovação e do renascimento. Com efeito, o caldeirão não é o só vaso da vida e da morte, da renovação e do renascimento, mas também da magia e da inspiração. O caráter de transformação que lhe é inerente passa pela decomposição e pela morte( e sim, nós ppodemos entrentar TUDO, até encarar os fracos, os derrotados e até injetar-lhes nas veias nossas forças internas da estirpe que recebemos, fomos geradas), para chegar à intensificação extática e ao nascimento do espírito eloquente, o qual conduz sob essa inspiração extática à palavra, ao cântico e à profeciaa, como sintomas do renascimento.Nosso re-nascimento 'a cada dia...Independente de onde, como e com quem estejamos!!!