domingo, 30 de março de 2008

Minha dádiva-Vania Vieira

Minha Dádiva!
A DÁDIVA É...
Ficar tanto tempo...à solta das horas...não ter nem demora, nem pressa...andar de-va-gar...fitando uma ou outra estrela....Querer sem querer...um nada levar...mas plena de luas ...ficar...
Querer não querendo...sentir que se tem, sem nada mais ter, nem ninguém...Viver sem nada querer...pois que a dádiva é ser...
plena e simplesmente...
SER!
MULHER!

quarta-feira, 26 de março de 2008

LILITH-Deusa -MULHER!

LILITH (Fabiane Ponte)
Não sou feita de um pedaço teu
Sou criação independente
feita do mesmo pó
e de saliva e sangue
desejo e vida
Prefiro o exílio à submissão
Sou teu maior temor
E também teu maior desejo
mas não podes possuir-me
Pois sou livre
Não sou tua \
Sou minha
Eu sou a paixão da noite
Sorrateiramente apareço
em teus sonhos ardentes
nas noites de Lua Nova
Se permaneço ou sigo adiante
não terás certeza
Pois, não sou caminho
Sou abismo
Sou mulher com asas
Meu desejo é a igualdade
de direitos
de prazeres
de ficar por cima...
Sou mulher indomada
Assumo o meu poder
com destemor e força
entusiasmo e prazer.
-----­----- "Eu agora estou pronta para o milagre da minha vida." ......................

A massacrante felicidade dos OUTROS!Martha Medeiros.

*A massacrante felicidade dos outros
**Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. **
Converso com mulheres que estão entre os 40 e 70 anos, todas com profissão, marido, filhos,saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso?
Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: 'Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento'.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.
É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser.
Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é Infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias.
Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.
Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. 'Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo'.
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.
'Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem.
Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.
Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores?
Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige?
Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa?
Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?
Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento. (Martha Medeiros) *
A felicidade é uma questão de talento !

domingo, 16 de março de 2008

Os governantes invisíveis,

OS GOVERNANTES INVISÍVEIS
Iliana Marina Pistone
Os homens que se encontram no primeiro plano da vida política têmrealmente o poder entre suas mãos? Para Serge Hutin, autor deGovernantes Invisíveis e Sociedades Secretas, o destino das naçõesdepende, freqüentemente de grupos de homens que não estão investidosde cargos oficiais. Trata-se de sociedades secretas, verdadeirosgovernos ocultos que decidem o nosso destino sem o nosso conhecimento............. ......... ......... ......... ......... ......... ......... ...
Ao observarmos um formigueiro, as formigas parecem perambular a esmo, numa atividade febril e inútil, quando, de fato, todas as açõesindividuais têm como fim o mesmo alvo comum, cujas constantes sãodeterminadas da forma mais categórica pela "alma coletiva" doformigueiro. Observando-se toda a seqüência da história, repleta deacontecimentos humanos, de contínuas reviravoltas que se manifestaramdurante séculos, somos levados a perguntar se tudo isso tem algumsentido de coerência e se esse conjunto aparentemente caóticoconstituído pela humanidade pode ser comparado a um imenso formigueiro.Essa é a questão principal levantada por Serge Hutin, na tentativade explicar os grandes enigmas da história através da existência degovernantes invisíveis e sociedades secretas, que regeriam o mundo.Examinando-se a história humana de um ponto de vista geral, notamos,de um lado, o equilíbrio, a ordem harmoniosa, a organização sintética.De outro lado, o caos completo, a desorganização, a desagregação.Hutin questiona se essa continuidade de eventos pertence ao acaso ouse até mesmo as forças caóticas não estariam obedecendo a diretrizesdetalhadas, sob a orientação de governantes invisíveis.Robert Payne, um autor inglês, publicou, em 1951, o livrointitulado Zero, The Story of Terrorism, no qual relata a existênciade dirigentes ocultos que, à sombra de governos visíveis, manejavamessa terrível arma do terrorismo, sobrepujando até os poderosos gruposeconômicos, cujo papel secundário limitava-se ao financiamento. Fatosestranhos passaram a acontecer após a publicação do livro, desde acompra de todos os estoques disponíveis por misteriosos emissários,até a quase falência da Wingate, uma das sólidas editoras no mercadolondrino e, finalmente, a morte inexplicável do autor, alguns mesesdepois.UMA PIRÂMIDE DE TRÊS DEGRAUSQuanto a isso, Jacques Bergier, pesquisador dos enigmas dahumanidade, revelou a existência de uma lista de assuntos proibidospara a imprensa, minuciosamente relatados em um caderno preto. Segundoele, a proibição é de alcance mundial e universal, não levando emconsideração o regime político dos vários países, e todo diretor dejornal importante tem uma cópia desse caderno, seja ele de tendênciascomunistas ou capitalistas.Entende-se por sociedade secreta um grupo mais ou menos numeroso depessoas, que se caracteriza por manter reuniões estritamente limitas aseus adeptos, e também por manter o mais absoluto sigilo a respeitodas cerimônias e dos rituais onde se manifestam os símbolos que estasociedade se atribui. As finalidades das sociedades secretas são asmais variadas: políticas, religiosas, espirituais, filosóficas e atécriminosas.Em 1945, em Paris, Raoul Husson (1901-67), fisiólogo e psicólogo,publicou um livro, sob o pseudônimo de Geoffroy de Charnay, nome de umdos grandes templários franceses, condenado à morte pelo fogo, em1314, junto com o grande mestre Jacques de Molay. Nesse livro, Hussonrevelou que as sociedades secretas mundiais formavam uma pirâmide detrês degraus. No primeiro degrau, de fácil acesso, encontram-se oshomens considerados úteis. No segundo degrau, o acesso é maisselecionado e seus adeptos desempenham papéis importantes,influenciando no plano nacional e internacional. No cimo da pirâmideestariam as sociedades secretas superiores, que agem por trás dosbastidores. Todos os assuntos importantes da política internacionalestariam nas mãos dessas sociedades.CEMITÉRIOS REPLETOS DE GENTE INSUBSTITUÍVELGurdjieff, o conhecido "mago" caucasiano, teria sido, no século 20,um destes personagens que chegaram ao ponto mais alto do domínioinvisível dos assuntos humanos. De fato, Gurdjieff declarou: "Tive apossibilidade de me aproximar do sancta sanctorum de quase todas asorganizações herméticas, ou seja, sociedades religiosas, ocultas,filosóficas, políticas ou místicas, e que são vedadas aos homens comuns".Muito já foi dito da ação, freqüentemente ignorada, mas poderosa,das sociedades secretas que "dominam o mundo". Como exemplo, há afranco-maçonaria e seu desempenho marcante ao longo da RevoluçãoFrancesa. Outro grupo de ação notável foi o dos iluminados da Bavária,no século 18, cujo "poder oculto" teria levado Napoleão Bonaparte aopoder. Havia, entre os iluminados, Goethe, Herder, o alquimistarosacruciano Eckartshausen e muitas outras personalidades que nãodesconfiavam em absoluto dos verdadeiros objetivos políticos da seita.Bonaparte teria alcançado o mais alto grau na Ordem dos Iluminados,além de ter sido maçom e alto dignitário de outras ordens fraternais;entre elas a Fraternidade Hermética, que ele conheceu na época dacampanha egípcia.Gérard Serbanesco, no terceiro volume de sua obra Historie de laFranc-Maçonnerie Universelle, reproduz o relato de Napoleão sobre acerimônia de sua iniciação.Lamentavelmente, a partir do momento em que Napoleão se deixoudominar pela sua ambição pessoal, não sendo mais o executor de planossecretos, a boa sorte o abandonou e o seu destino mudou.Outra personalidade que recebeu iniciação numa seita de filiaçãotemplária foi Cristóvão Colombo, que, contrariamente à teoriatradicional, não teria iniciado sua viagem às cegas. Em Les MystéresTempliers, Louis Charpentier conta como Colombo recebeu, dosnavegadores a serviço do Templo, o conhecimento de uma rota que levavaao novo mundo e a missão da descoberta. Charpentier reuniu, a essepropósito, provas realmente interessantes.Questões podem ser igualmente levantadas quanto à fulminantecarreira de Joana D'Arc. Numa época em que todas as mulheres eramcategoricamente excluídas de qualquer atividade política, todas asportas, até as mais fechadas, abriram-se para ela. Apesar de ser maisfácil explicar a sua atuação através da santidade, pode-se tambémsupor que a sua missão tenha sido apoiada, se não preparada, pelaintervenção de uma poderosa sociedade secreta. A que estariarelacionado o grande segredo que ela só quis confiar ao futuro Carlos VII?Por outro lado, toda vez que algo ou alguém parece obstacular odeterminismo cíclico da evolução do mundo, a ação dos governosinvisíveis, que agem implacavelmente, faz-se presente. Dessa forma,vários atentados políticos, atribuídos a fanáticos isolados, foramreconhecidos como execuções friamente decididas. Nesses casos, oassassino existe, mas ele é somente o agente que executa uma tarefadecidida por um poderoso grupo oculto.O assassinato do presidente Kennedy permanece ainda hoje envolto emmistério, e a impressão que se tem é de que "alguém" não quer vê-loesclarecido. Quanto a isso, Hutin menciona quatro pontos inquietantes:1) "Por acaso", somente o prédio de onde saíram os tiros fatais nãoestava sendo vigiado pela polícia de Dallas.2) Vários assassinos estavam em posições estratégicas, e suasatuações eram sincronizadas pelos gestos que um misterioso "diretor deorquestra" estava fazendo com seu guarda-chuva, sobre uma elevação(fotos que revelam isto foram publicadas por várias revistas, entre asquais a Paris Match); na eventualidade de Lee Oswald errar o alvo, umdos outros atiradores teriam entrado em ação3) Já preso, o sicário foi convenientemente liquidado por um"justiceiro" , que, por sua vez, morreu convenientemente de "câncergeneralizado" .4) Por uma série de estranhas coincidências, um númeroimpressionante de testemunhas do crime desapareceu e, em todos oscasos, foi por acidente.Não seria interessante levarmos em conta a intervenção de estranhos"invisíveis" que seguram o fio da história?Bastante elucidativa é a sentença que diz: "Os cemitérios estãorepletos de gente in-substituível" .Os jovens políticos que conhecem as manobras complicadas que sepassam por trás dos bastidores são muito raros, e, quando certasfiguras começam a atrapalhar os planos secretos que estão sendoexecutados, quer tenham ou não consciência disso, são tomadas asmedidas necessárias, que podem ser sumárias ou secretas, paraeliminá-las. Via de regra, os atentados políticos da história secaracterizam pela presença de um assassino fanático, instrumento de umgrupo poderoso e insuspeito que permanece fora de cena. Em seguida,esses fanáticos são eliminados depois do atentado (por policiais oupelo próprio povo) ou, quando presos com vida, se há dúvidas quanto àgarantia de seu silêncio, são eliminados de forma definitiva. Foi issoo que teria acontecido a Lee Oswald, o assassino de Kennedy.Em 15 de setembro de 1912, a Revue Internationale des SociétésSecrètes relata uma sentença dita por uma personalidade importante,uma espécie de eminência parda da política européia, que se teriamanifestado da seguinte forma, a respeito do arquiduque FranciscoFernando, da Áustria: "É um bom moço. É uma lástima que estejacondenado. Vai morrer nos degraus do trono". Esse tipo de declaraçãonos faz refletir: o destino do arquiduque Francisco Fernando, cujoassassinato em Sarajevo daria ensejo à deflagração da Primeira GuerraMundial, já estava decidido dois anos antes do fato. Quem teria tomadoa decisão? Voltamos novamente aos governantes invisíveis.Dessa forma, tudo leva a crer que a guerra de 1914 já estava sendoesperada, preparada e "programada" , dois ou três anos antes do seuinício. Muitos acontecimentos mostram o contínuo esforço, através deslogans e de imagens, para exacerbar o entusiasmo bélico das massas nainvestida contra o inimigo.OPUS DEI LIGADA AOS GOVERNANTES SECRETOSObservando-se os acontecimentos de nossos dias, os antagonismos, asdesforras militares, políticas ou de espionagem, poderíamos encontrara prova irrefutável, de que vários grupos "espirituais" , alguns dosquais talvez ligados aos governantes secretos do mundo, têm realmenteuma atividade temporal definida. Em 1969 vários dirigentes da Opus Deientraram ativamente no governo franquista, apresentando, dessa forma,o problema da sua influência política concreta, não somente naPenínsula Ibérica, com um movimento que já contava, há cinco anos, commais ou menos 50 mil membros no mundo inteiro. Tal organização,fundada na Espanha em 1928, pelo reverendo pe. José Maria Escriva deBalaguere, não pode ser considerada uma sociedade secreta na acepçãoda palavra. A Opus Dei afirma: "Somos unicamente uma associação defiéis, cujas finalidades são só religiosas e apostólicas", fazendo comque seus adeptos sigam normas de vida católica na sua totalidade, nãoapenas no que diz respeito à vida particular, mas também na integraçãodentro da profissão e da sociedade. Contudo, os altos dirigentes detal instituição, apesar da vida asceta e altruísta, não deixaram de seutilizar das condições objetivas do mundo moderno, não se esquecendodas finanças e da atividade política. Muitas obras beneficentes efundações altruístas surgiram: clínicas, escolas, centros culturais ecasas para estudantes. Seria o caso de não excluirmos a eventualidadede contatos sigilosos entre essa organização e sociedades ou atéremanescentes ocultos da Inquisição espanhola.A SINARQUIA DO IMPÉRIOPara se reconhecer, entre os personagens conhecidos oudesconhecidos da grande história, quais deles teriam recebido suastarefas diretamente dos governantes invisíveis, é preciso distinguirduas categorias de personalidades: uma constituída por homens quetiveram papel de destaque no plano histórico e que estavam a par dosgrandes segredos, tais como Richelieu, Benjamin Disraeli, oprimeiro-ministro da rainha Vitória, e Lênin.A segunda categoria compreenderia os personagens que não aparecemem nenhum livro de história: tiveram um papel ativo, apesar desecreto, influenciando a situação histórica e política.Timothée-Ignatz Trebitsch, um aventureiro judeu, foi uma eminênciaparda, utilizado para facilitar o advento do nazismo na Alemanha.Outra personalidade que parece ter tido um papel importante no campoda política secreta é o "mago" inglês Aleister Crowley (1875-1947).Num passado mais remoto, vamos encontrar as enigmáticas figuras doconde de Saint-Germain e de Cagliostro.O nome "sinarquia", pela sua etimologia grega, pressupõe arealização de uma ordem sagrada num equilíbrio perfeito, de umaharmonia complexa, que seria o reflexo das leis cósmicas. Estáassociado a uma das mais misteriosas sociedades secretas modernas degovernantes invisíveis, tendo sido introduzido pelo grande esoteristaAlexandre Sain-Yves, que viveu entre 1842 e 1909. Recebeu do papa otítulo de marquês de Alveydre e tornou-se conhecido como Saint-Yves d'Alveydre. Viu-se escolhido pelos governantes invisíveis do mundo paraexecutar seus planos, tendo deixado um número de obras muitoestranhas: Mission des Souverrains, Mission des Juifs, Mission del'Inde, L'Archéomètre. Saint-Yves apregoava o ideal de uma sinarquiauniversal, a Sinarquia do Império, e não restam dúvidas de que mantevecontato direto com os mais altos governantes secretos.A Sinarquia do Império tinha uma estrutura hierárquica, essencialpara o sistema, e que era resumida no seu símbolo: um triângulo emquatro níveis , mostrando, em seu interior, um olho, e cujo vérticecoincidia com a extremidade de uma estrela de cinco pontas. Em todasas sociedades secretas realmente poderosas encontramos sempre estaestrutura hierárquica, cujos diferentes níveis de atividades sãoestritamente separados, de forma que cada grupo atue no seu nível epara que os chefes supremos possam agir sem nunca serem percebidos.O GRANDE MONARCA, ANUNCIADO POR NOSTRADAMUSÉ muito interessante notar como o antagonismo entre o bem e o malse faz presente em todos os campos. No fim do ciclo terrestre, a açãodas forças demoníacas seria terrível, prega a tradição. A profeciarevelada a Salete, na França, em 1846, com relação ao fim do mundo, éapavorante. Ainda segundo uma tradição francesa, espera-se a aparição,para depois dos acontecimentos apocalípticos, de um legítimo soberano,o grande monarca, anunciado por Nostradamus e aguardado com tantaansiedade. São várias as versões quanto à identificação desse grandemonarca.O que se conclui é que os aspectos negativos no mundo, o ladodemoníaco da continuidade histórica, enfim, o que se chama de mal,pode ser encarado como um aspecto decididamente lamentável, mascosmicamente inevitável no desenvolvimento do ciclo terrestre. Opróprio mal é uma necessidade metafísica a ser integrada no plano divino.De acordo com uma tradição oral, as Sinarquias do Império usariam,também, como senha, o antigo símbolo chinês que indica acomplementação indissolúvel e a ligação inexplicável entre os doispólos cósmicos universais, positivo e negativo, ou masculino efeminino. Esse tradicional e significativo símbolo é formado por umcírculo branco e preto. A parte branca e a preta estão separadas poruma linha em espiral; na parte preta encontra-se um ponto branco e naparte branca há um ponto preto. Isto quer dizer que, no apogeu da faseevolutiva do ciclo terrestre (o triunfo do branco), o preto nuncadesaparece completa-mente, e sua presença está assinalada por aqueleponto e, inversamente, na fase involutiva do ciclo (triunfo do preto),o ponto branco sempre permanece. Nenhuma manifestação poderia teracontecido nem acontecer sem essa complementação cósmicas dos doiscontrapontos. É comum encontrar-se em todas as tradições alusão àexistência de governantes invisíveis secretos, personalidademisteriosas que controlam o desenvolvimento da história humana de modominucioso. E o que se sabe dizer é que essas figuras misteriosasaparecem quando sua presença é muito necessária.Na tradição dos rosa-cruzes existe uma hierarquia de mestresdesconhecidos, um conselho constituído por doze homens, quesupervisionam a evolução da humanidade. Acima deles existiria outrahierarquia de entidades que já superaram o nível mortal humano,conhecida como o invisível permanente.Assim como existe a iniciação autêntica, que transporta a um estadosupra-humano, há em contrapartida a "pseudo-iniciaçã o", cujafinalidade é a divulgação da subversão e do caos, trabalhando para o"fim do mundo". Ao que parece, essas forças contrárias estão incluídasno plano divino.Todo homem possui no seu íntimo a possibilidade de adquirir poderespara elevar-se a um nível superior, mas poucos são os que o conseguem.Ouspensky, discípulo de Gurdjieff, cita em Fragments d'un EnseignementInconnu a seguinte observação feita por seu mestre: "Se dois ou trêshomens despertos se encontram no meio de uma multidão de adormecidos,eles se reconhecem imediatamente, enquanto os adormecidos não poderãovê-los... Se duzentos homens conscientes achassem necessária umaintervenção, poderiam mudar todas as condições de existência na Terra".O domínio dos dirigentes ocultos dos grupos por elessupervisionados se faz também do uso sistemático da força psíquica dossímbolos. É fácil constatar, especialmente nas ideologias que exploramas massas, o uso e a eficácia dos símbolos, verdadeiras "armas" queativam e despertam a energia que se encontra profundamente arraigadana psique humana, na parte que constitui o inconsciente coletivo dahumanidade. Assim, vamos encontrar a cruz gamada ou suástica, um dossímbolos mais antigos e mais significativos da humanidade, encontradono mundo inteiro, ao longo da história. Num primeiro tempo a suásticarepresentou, simbolicamente, a rotação das sete estrelas da Ursa Maiorem volta da estrela Polar. Em seguida, o seu significado ampliou-se epassou a ser o símbolo do movimento cósmico. Dependendo da direção emque se dobram os braços da cruz, a suástica chama-se direita,representando a fase evolutiva, ou, ao contrário, invertida,representando a fase regressiva de um ciclo terrestre no seu conjunto.Os chefes nazistas teriam escolhido a suástica invertida como símboloda sua ideologia de maneira proposital, com o intuito de se valer dasforças involutivas, caóticas e desintegrantes. No seu delírio, aideologia nazista usou uma influência invertida do Antigo Testamento,no que diz respeito ao povo eleito, à raça eleita. É bem possível,portanto, que Hitler tentasse "ajudar" o ciclo terrestre, pensando quequanto mais apresentasse as catástrofes, mais rapidamente chegaria aIdade de Ouro, e todo o mal desapareceria!O texto sânscrito Vishnu Purana descreve que a época de Kali, ouseja, da destruição, poderá ser identificada quando "a sociedadeatingir um nível em que a propriedade outorgue categoria, a riquezafor a única fonte de virtude, a paixão constituir o único laço deunião ente marido e mulher, a falsidade for a matriz do sucesso navida, o sexo o único meio de prazer, e quando os ornamentos exterioresse confundirem com a religião interior".Guénon, um espírito muito lúcido e sensível à percepção dos sinaisapocalípticos do nosso tempo, é autor do livro A Era da Quantidade e oSinal dos Tempos, escrito no período entre as duas guerras, ondepreconiza a robotização das massas: "Os homens ficarão uns autômatos,animados artificial e momentaneamente por uma vontade infernal, e istodará uma idéia nítida do que acontece à própria beira da dissoluçãofinal".Hoje, o que podemos perceber é que as influências mágicas mudaramna sua forma, no seu ritual e na sua aparência, mas as técnicas decondicionamento mágico continuam existindo. Basta observarmos com quefacilidade se lança uma moda. O que pode ser feito com a moda pode seraplicado em muitos outros campos, porque o comprimento de uma saia eum slogan político, além do controle da informação, podem serdivulgados da mesma maneira, observou Robert Mercier.Goebbels, o único ministro da propaganda nazista, sabiaperfeitamente que as massas podem ser manobradas, porque prevalece alei pela qual o comportamento de uma coletividade desorganizada ésempre caracterizado pelo nível intelectual mais baixo.Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas, de Serge Hutin,publicado no Brasil pela editora Hemus, examina em profundidade umatese defendida por muitos estudiosos ligados à corrente do realismofantástico (entre os quais o falecido Jacques Bergier). Essa teseafirma que, desde os primórdios da história, o mundo é governado narealidade por homens ou grupos de homens só muito raramenteconhecidos: os membros de sociedades supersecretas. Sua existêncianunca é pressentida, até o momento em que um fato imprevisível os levaa manifestarem- se abertamente.Esses homens, por sua vez, obedeceriam a determinações de poderosasinteligências ainda mais ocultas e de compreensão praticamenteimpossível para o comum dos homens. Como escreveu o autor americanoPhilip José Farmer, em seu livro O Universo às Avessas: "Poderessobre-humanos dirigem, do vértice da pirâmide dos governantes visíveise invisíveis, toda a evolução de todos os sistemas planetários e dasgaláxias, incluindo todos os homens e os seres que os habitam. Se issofor verdade, a limitada inteligência humana seria incapaz deconfigurar o conjunto dos ciclos dos planetas e das galáxias, da mesmaforma que uma célula de nosso organismo não tem a capacidade deentender a estrutura do conjunto ao qual pertence".Transcrito por Krishna BonavidesFontes: Revista Planeta - Sociedades SecretasConspiração (www.aequipeconspir acao.hpg. ig.com.br) .O Status Ontológico da Teoria da ConspiraçãoEntrevista c/ André MauroInformação e Contra-informaçã oA Solução Final CapítalistaEchelonBoato ForteMentiras de EstadoAfinal, Onde está a Verdade?Manipulações PúblicasPânico, Guerra e Semio-KapitalA Guerra dos CódigosA Percepção Paranóica da MídiaVigilância AbsolutaConhecimento Total da DesinformaçãoOs Governantes InvisíveisSom do DemoMistério no Céu do SertãoA América é uma ReligiãoMovimento pela Extinção Humana VoluntáriaReligiões CorporativasA Hipótese do Auto-golpe(2)A Hipótese do Auto-golpe(1)Como Escrever a VerdadeConexões Bush-HitlerExército de MutantesTerrorismo Made in USADetectando a DesinformaçãoApocalipse High TechMétodos de Controle MentalTransMcdonald' s?Cultos e Controle MentalRobert Anton WilsonKurt CobainO Caso Villas BoasArmas Secretas dos EUAMarketing do InútilTropas do VaticanoDepuração da TerraTeoria da Conspiraçãorizoma.netrizoma.netCâmera-olhoMutaçãoIntervençãoArt & FatoDesbundeAfrofuturismoHierografiaGibiOculturaAnarquitexturaRecombinaçãoNeuropolíticaEsquizofoniaPanaméricaConspirologiaE-spaçoPotlatch

domingo, 9 de março de 2008

Dia Internacional da MULHER!!

MULHER

Mulher. Toma o teu cântaro e vai...
Anuncia que és mulher, mulher como tantas neste mundo, mas não deixes de dizer que:

Tu és mulher apaixonada,
mulher fecundidade gerando o novo
mulher que ama porque é livre.
Mulher capaz de "quebrar o frasco" e derramar o bálsamo sobre os irmãos,
de inundar a sala de perfume.

Tu és mulher ungida-consagrada, encarnada na história,
sem medo de lutar, e sem ódio de "brigar" pela justiça.

Tu és intercessora para que "a água se transforme em vinho",
o pão seja partilhado,
para que o pequeno seja olhado,
a mulher seja acolhida,
o homem ajudado,
e o "rosto materno" de Deus revelado.

Sim, toma teu cântaro e vai...
Derrama as flores de teu jeito feminino e enfeita este mundo tão quebrado...
Abre teu útero e gera o novo porque tudo está tão machucado...

Rasga o espaço que é só teu...
Abraça, acolhe, gera, partilha, reza, ama, vibra, chora...
mas não esquece:
Tudo é Dom. Tu és um Dom!

Inclina teu coração e ora:
Deus Pai-Mãe, teu amor me fez mulher.
Tua ternura maternal me inunda como água derramada na vasilha,
enchendo-lhe todos os cantos.

Jesus-irmão, grata por escolher a mulher
como tua mãe, esposa, discípulo.

Deus,
integra mulher e homem,
parceiros de um mundo novo e mais irmão.
Assim seja.

De Helena T. Rech

quinta-feira, 6 de março de 2008

A difícil arte de educar filhos autônomos.

A difícil arte de educar filhos autônomos
15/02/2008 12:21:30
Ana Carolina Tomaz Cassas de Araújo. - *Psicóloga Clínica CRP 11/03773 - Trabalha atualmente com Psicoterapia Infanto-Juvenil, Psicoterapia para Idosos e Acompanhamento Familiar e atua na área organizacional (Recrutamento, Treinamento e seleção de Cuidadores de Crianças e Idosos).

Com a revolução e diversidade de modelos, teorias e paradigmas a única certeza que temos sobre educação é que educar um filho não tem receita! A educação hoje possui mais perguntas do que respostas, mais dúvidas do que certezas e isso faz com que nossa geração de pais esteja insegura.
Acredito que refletir sobre o assunto traz certa luz para os que estão angustiados com o assunto, e é esse o meu objetivo aqui!
Educação hoje virou assunto corriqueiro nos consultórios de psicologia.
Algumas dúvidas mais freqüentes de pais nos consultórios de psicoterapia são: Como não superproteger meu filho? Como posso dar liberdade ao meu filho se o mundo está tão violento? Como posso estabelecer limites? Como desenvolver a autonomia do meu filho? Como posso desenvolver a responsabilidade com ele?
Na maioria das vezes emergem questões sobre liberdade (versus independência), responsabilidade (que é a capacidade de comprometer-se), limites e autonomia.
Bom, primeiramente todas essas questões estão ligadas e se complementam. Porém, acredito que responsabilidade, limite e liberdade estão inseridos no conceito de autonomia. Não há autonomia sem liberdade e responsabilidade! Por isso vou começar por aí.
O conceito de autonomia é extremamente abrangente, porém, filosoficamente consiste na qualidade de um indivíduo de tomar suas próprias decisões ou na capacidade de estabelecer relações numa via de mão dupla, implicando iniciativa, responsabilidade e decisão. Sendo assim, podemos dizer que autonomia é a capacidade do indivíduo de caminhar com as próprias pernas, pensar por si, decidir, escolher conscientemente, superar seus obstáculos, enfrentar as conseqüências dos próprios atos – os famosos erros e acertos.
Hoje nós - pais - sabemos que desenvolver a autonomia é extremamente importante para os nossos filhos. Virou o assunto da moda, foco da mídia! Mas realmente sabemos o que significa autonomia? Refletimos sobre o assunto? Estamos realmente educando nossos filhos para que sejam autônomos? Sabemos qual a importância da autonomia na vida dos nossos filhos?
Vejo que o que acontece com os pais hoje é que o desenvolvimento da autonomia fica somente na teoria e, na hora da prática, muitos não sabem como agir. Acredito que a maioria dos pais de adolescentes tem muita dificuldade em deixar os filhos crescerem. Os pais cuidadosos de hoje tem muito medo de "soltar os filhos nesse mundão aí a fora", mesmo sabendo que por fim tem que fazê-lo. Nós pais, infelizmente, não podemos assumir a responsabilidade escolar, ou a escolha de amigos e muito menos os planos futuros dos nossos filhos. Não podemos vigiar ou seguir nossos filhos por toda parte ou em todas as horas do dia! Essa é a mais pura verdade! Por isso, a única coisa que podemos fazer é (re-)afirmar nossas posições, ações e opiniões sobre os assuntos relacionados à vida e arte do viver e lhes oferecer amor, carinho, apoio e limites.
Lembre-se que desenvolver a autonomia nos filhos é trabalhar a capacidade – dele e sua – de estabelecer relações numa via de mão dupla, implicando delegação de iniciativa, de responsabilidade, de decisão e de possibilidade de falar por si, bancando acertos e erros.
Será que estamos dando espaço e orientações adequadas para que nossos filhos se desenvolvam enquanto seres autônomos?
Se sua resposta for não, ou se for talvez, pode ter certeza que seu filho corre o risco de se tornar um adulto dependente, inseguro, ansioso, nervoso, com baixa auto-estima, etc.
Aí vai um clichê que não tenho como deixar de mencionar: você pode estar superprotegendo seu filho e, a conseqüência pode trazer mais malefícios do que benefícios!
Bom, e o que fazer para não superproteger? Ainda dá tempo de reverter a situação?
Quanto antes melhor! Primeiramente ressalto: não faça por seu filho o que ele já tem capacidade de fazer! E isso vale para todas as idades e em todas situações!
Quando você faz algo que seu filho tem capacidade de fazer a mensagem que você está enviando para ele é: Você não é capaz de agir sozinho! E isso é muito sério, pois a mensagem vem de alguém muito importante para sua vida!
Não tire o direito do seu filho de cometer os próprios erros. Nos intrometer quando “achamos” que nossos filhos não dão conta ou que vão falhar é simplesmente roubar delas uma oportunidade única de grande importância: os erros são experiências com as quais aprendemos! São laboratórios na nossa vida!
Se ficarmos tentando poupá-los dos fracassos estamos afirmando a eles que não acreditamos que sejam fortes o bastante para lidar com os obstáculos.
Quando nossas crianças e adolescentes conseguem encarar os erros como parte do aprendizado, a auto-estima, autoconfiança, amor-próprio, segurança aumentam e suas potencialidades se expandem!
Por isso, a cada nova etapa da vida do seu filho, a cada nova empreitada que seu filho ousa fazer, ou questionar, a cada passo de liberdade que seu filho quer dar, você deve se perguntar: Será que é meu filho ou eu que não estou preparada para lidar com esse passo?
Seja bastante sincera com você mesma ao refletir sobre essa questão!
Mas como oferecer liberdade sem exagero? Quais os limites que devemos colocar nesta tão falada liberdade?
Introduzindo as noções de responsabilidade e respeito. Quando falamos em liberdade, falamos em respeito ao outro e em respeito a si mesmo.
Uma estratégia interessante e eficaz de se fazer é a cada liberdade dada ao seu filho exigir uma responsabilidade, e, estar sempre por perto para orientar no início de cada passo.
A liberdade deve ser gradual, dada em passos pequenos.
Cabe a você – pai e mãe – gerenciar esses passos, tentando não ser autoritário ou ser permissivo. Pois tanto o autoritarismo quanto o permissível sufoca, um por escassez outro por excesso!
Isso nós até compreendemos, e sei que você deve estar pensando que é muito fácil falar sobre o assunto! Tudo isso fica extremante bonito e fácil na teoria. Mas por que é tão difícil na hora da prática? Porque essa questão no dia-a-dia se torna tão complexa?
Na verdade, desenvolver autonomia em nossos filhos é um processo puramente emocional e, portanto, falar de teoria neste momento não ajuda muito, pois muitos pais inevitavelmente estarão tendo que lidar com suas próprias questões inacabadas e problemas relacionados a essa questão.
Por isso educar é uma tarefa tão difícil: para educar temos que nos re-educar! Temos que re-criar nossa própria educação. Temos que lidar com questões mal-resolvidas da nossa própria educação!
Educar é extrair o que há de melhor no seu filho em corpo, mente e espírito! Educar é preparar para a vida, para o mundo lá fora!
Vamos desde já começar a soltar um pouco mais nossas crianças e adolescentes e enxergar nossos filhos como um ser humano separado de nós, independente e que possui os próprios direitos!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Verdade? Mentiras?

Mandato de busca de Salomão
De onde veio Salomão? Reis venerados como ele, e justamente ele, têm antecessores. Quem havia acumulado as riquezas? Teria sido talvez o pequeno e sabido rei Davi - sim, aquele que derrotou Golias?
Se seguíssemos rigorosamente a árvore genealógica de Salomão, ela teria de reportar-se a Abraão, que deu origem a todas as linhagens, mas
deve atingir um passado ainda mais remoto, pois o pai Abraão também tinha ascendência, que era bem esquisita.
O pai de Abraão foi Tare, de qualquer maneira é o que afirmam antigas tradições judaicas, e esse Tare - não há nenhum comentário contra - era um idolatra. O próprio Abraão confirma essa mácula paterna no Apocalipse de Abraão", relatado na primeira pessoa:
"Eu, Abraão, naquele tempo, onde meu destino foi traçado, consagrava as oferendas de meu pai Tare a seus deuses de madeira e ferro e ouro e prata e bronze e pedra. E uma vez compareci ao serviço no templo; e aí encontrei o deus de pedra Merumat caído de bruços aos pés do deus de ferro Nachon".
Os pais de Abraão eram adeptos de um culto aos astros, como havia e ocorria não apenas na Arábia e no Egito, mas também entre babilônios e minóicos, na verdade entre todos os povos da Antigüidade. Tare, o pai de Abraão, seria originário de Ur, na Caldéia, e o Prof. Fritz Hommel disse que aí "esse culto aos astros estava particularmente difundido"14. E assim o nascimento de Abraão foi também relacionado às estrelas, como descreve uma tradição judia15:
"Abraão, filho de Tare ... e de Amtelai ... nasceu em Ur na Caldéia ... no mês de Tischri ... no ano de 1948 após a criação ... na noite em que Abraão nasceu os amigos de Tare estavam ... reunidos ... em um banquete ... Então repararam em uma estrela extraordinária na região oriental do céu. Ela parecia afastar-se em grande velocidade, correndo pelos quatro lados do céu. Todos ficaram admirados pensando se essa aparição ..."
O zangado rei Nimrod, fundador de cidades e "grande caçador entre os soberanos", mencionado por Moisés e Micha, foi advertido por seus astrólogos de que havia nascido um menino que se tornaria perigoso para o seu reino. Nimrod então mandou matar 70.000 recém-nascidos, por precaução. Claro que a mãe de Abraão amedrontou-se terrivelmente e, para dar à luz, escondeu-se em uma caverna que se iluminou com o rosto radiante do bebê ao nascer. Ninguém percebeu nada, exceto o arcanjo Gabriel, que rapidamente acorreu do céu para alimentar o recém-nascido.
Uma bela lenda, que não valeria a pena contar se não tivesse tantas semelhanças com o nascimento de Cristo, em Belém.
Naturalmente Abraão, a partir daí, deixou de ser uma pessoa comum na lenda. Em uma versão ele surgia envolto em nuvens e neblinas pelos anjos para escapar despercebido de seus perseguidores, em outra aparecia escondido dos construtores da Torre de Babel em um forno. Claro que sem nenhum efeito danoso para Abraão.
Com mil diabos! Somente após dedicar-me intensamente a Abraão é que ficou claro para mim que esse patriarca mantinha estreitas relações com extraterrestres. Na Crônica de Jerahmeel16, que por sua vez reporta-se a fontes mais antigas, afirma-se que Abraão foi o maior mago e astrólogo de seu tempo, tendo recebido sua sabedoria diretamente dos "anjos".
Essa representação coincide com os dados do Apocalipse de Abraão, onde é mostrado de forma impressionante como ele foi levado "ao céu" por dois enviados do Altíssimo. Muito acima da Terra ele viu "algo como uma luz, que não pode ser descrito", e "grandes figuras, que trocavam palavras que eu não podia entender". É compreensível, pois quando extraterrestres levaram Abraão consigo à nave-mãe, ele não entendia a linguagem dos estrangeiros. Abraão lembra-se perfeitamente de que o local alto onde ficou movia-se para cima e para baixo, ora ele via a Terra sobre si, ora as estrelas novamente abaixo. Uma desvairada fantasia? Seguramente que não. Na época dos vôos espaciais lemos relatos sensatos de como as naves espaciais giram sobre o próprio eixo, provocando efeitos óticos que Abraão reproduziu corretamente.
Embora eu sempre tenha tido a consciência de lidar com tradições lendárias, não compreensíveis historicamente, fiquei muito surpreso ao constatar em uma obra publicada por um instituto bíblico americano17 que - como na minha linha de pensamento - aí também os visitantes de uma civilização extraterrestre são aceitos como óbvios.
No livro consta o seguinte: "Somente após o jantar Abraão descobriu que seus convidados não eram visitantes comuns. Eles tinham vindo do espaço".
Que progresso! Os teólogos também são capazes de aprender: Abraão mantinha contato com viajantes do espaço!
Seguindo os ensinamentos da Bíblia, foi-nos apregoado que Abraão teria originado todas as linhagens da humanidade; e os eruditos não estão nem mesmo certos de que Abraão realmente existiu ... e o que seu nome poderia significar.
Franz M. Böhl, professor da Universidade de Leiden, constatou18:
"O nome Ab-ram, que não vem de lugar nenhum além de Gen. 11:26 - 17:5, significa 'pai elevado' ou 'o pai é elevado'. Pode-se considerar a palavra 'patriarca' como uma tradução desse nome. Por pai entende-se aqui a divindade, originalmente talvez o deus da Lua ... O mais provável é que Abraham seja apenas uma variante dialética ("desdobramento") do nome Ab-ram, mais freqüente".
O que o Prof. Böhl comunicou com tanta segurança no ano de 1930
foi contradito por especialistas no conceituado Journal of Biblical Literature19: "Originalmente Abraão não era um nome pessoal, mas o nome de uma divindade".
Passaram-se desde então 40 anos de pesquisas sobre Abraão, que, entretanto, não esclareceram muita coisa. Em uma publicação da Universidade de Yale20, E.U.A., surgida em 1975, consta a notável frase: "Presumivelmente nunca estaremos em condições de comprovar que Abraão realmente existiu..."
Tudo isso é muito desconcertante, e seria totalmente insustentável não fosse o fato de multidões reportarem suas árvores genealógicas a um homem que talvez não tenha existido...
Apesar de todas as contradições, pode-se assegurar que Abraão - que portanto existiu - não pode de forma alguma ter estado em uma cidade com o nome de Jerusalém. No local onde está a atual Jerusalém existiu, talvez já no ano 2000 a.O, uma povoação arqueologicamente comprovável, mas ninguém sabe como esse lugar se chamava.
Em 1975 foi desenterrada em Ebla, no norte da Síria, uma biblioteca de placas. Pela primeira vez surgiu - em escrita cuneiforme sumeriana - uma localidade chamada Urusalim (rslm). Hieróglifos egípcios da época do faraó Amenófis III (1402-1364 a.C) mencionam uma cidade chamada Auschamen ou Ruschalimum. Ambas as variantes foram por assim dizer capturadas num golpe de mão por arqueólogos bíblicos e tomadas pela atual Jerusalém. Olhando atentamente, reconhecem-se unicamente as denominações, faltando no entanto uma localização geográfica. A confusão é total quando se olha o Gênesis, 14:17:
"E, quando voltava da derrota de Codorlaomor e dos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma, no vale do Save, que é o vale do Rei. E Melquisedec, rei de Salém, trazendo pão e vinho, porque era sacerdote do Deus Altíssimo, o abençoou e lhe disse: Bendito seja Abraão pelo Deus Altíssimo, que criou o céu e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, por cuja proteção os inimigos estão nas tuas mãos. E Abraão deu-lhe o dízimo de tudo".
Fala-se aí de um "rei de Salém". "Salém" é a posterior Jeru-Salém. Estranho. Não havia ainda a Terra Prometida, Moisés não tinha nascido ainda, o rei Davi (pai de Salomão) não tinha ainda tomado a cidade - qual? - que ele, a partir de então, chamou de Jerusalém. Quem era portanto esse "rei de Salém", que se encontrou com Abraão, e onde ficava essa cidade-reino de Salém?
Enganos eruditos
"Onde o erudito se engana, comete um engano erudito", diz um ditado árabe. De fato.
As cidades, e ainda mais as cidades-reino, não surgem num passe de mágica. Freqüentemente surgiam primeiro estruturas sociais, formava-se através de gerações uma hierarquia do Estado, surgindo então forçosamente a necessidade de se construir uma cidade. É o mesmo em todos os países - em toda parte existem três condições prévias para a urbanização: tornar visível o poder do soberano, que era maior que a força dos dominados; a segurança contra os inimigos; a construção de um santuário como manifestação de um culto comum.
A terceira manifestação era a ocasião central para a fundação de uma cidade. O culto aos astros era total entre os homens da Antigüidade. Esse culto aos astros de nossos antepassados costuma ser explicado pelo esplendor do céu estrelado, o surgimento e o desaparecimento do Sol e da Lua. As pessoas escalavam os picos das montanhas para ficar mais próximas de seus deuses, para adorá-los; construíam altares a grandes altitudes, e onde não houvesse nenhuma montanha, erguiam montanhas para construir sobre elas cidades sagradas.
Até esse ponto sigo a opinião erudita geral. Mas, "mesmo quando todos concordam com uma opinião, todos podem estar errados", constatou Bertrand Russell (1872-1970). A ciência considera as divindades celestes e estelares como seres fictícios, produtos da fantasia humana, que na realidade nunca existiram. Então personagens fictícios exerciam o poder? Os homens tinham medo de semideuses? Frutos da fantasia tornavam-se visíveis e concretos aos filhos da Terra?
A ciência oferece uma explicação: não existiram "materializações", assim como não existiram deuses reais; sempre que os homens se tornavam miseráveis em algum país, procuravam um culpado. Mas como esse causador da miséria não existisse realmente para que pudesse prestar contas, todos os males - e também todos os bens - eram atribuídos aos deuses, que somente então tornaram-se uma realidade para os homens. Erupções vulcânicas, terremotos e tempestades sempre foram tidos como manifestações divinas, e daí surgiram as religiões da natureza.
Isso soa claro, mas então aconteceu o monstruoso, que não mais se encaixa no conceito: os deuses começaram a falar. Eles davam instruções, instituíam proibições e mandamentos, criaram leis, em casos individuais comprovados levaram pessoas consigo às suas distantes "cidades celestes", demonstraram aos povos o poder técnico de que dispunham, transmitiram-lhe novos conhecimentos, que estavam muito além de seu estado de desenvolvimento. Os eleitos, que transmitiram as instruções dos deuses a seus conterrâneos, fizeram-no - em todo o mundo! - na primeira pessoa: ... e eu ouvi ... e eu vi ... ele me disse ... ele me mostrou ... ele me ordenou ... vá até lá ... Desde que os homens podem falar, a primeira pessoa indica o testemunho ocular. Em muitos casos, essas comunicações que foram depois declaradas "profecias" eram acrescentadas aos dados testemunhados pessoalmente quando e onde ocorresse um acontecimento, nomeando os deuses participantes ou suas tropas de apoio.
Uma situação esdrúxula!
Os deuses não teriam existido. Todas as mensagens feitas em seus nomes devem ter sido então invenções, ficções - ou mentiras! - dos profetas que queriam fazer-se importantes. Não é o cúmulo da falta de lógica compilar esses relatos mentirosos nos livros sagrados da humanidade? Não é pura loucura, segundo essa estranha metamorfose, essa distorção, considerar então as profecias absolutamente verdadeiras, como o mais puro ouro da santa verdade? Devemos "acreditar" nelas?