quinta-feira, 5 de junho de 2008

Eu sou universalista sim...Vania Vieira

Universalismo-O CAMINHO DA EVOLUÇÃO

Evoluir significa mudar de uma forma inferior para outra superior. Freqüentemente ouvimos falar em evolução em diversos prismas. Em termos biológicos os seres estão em constante evolução e na natureza impera a lei do mais evoluído e não a do mais forte. Se fosse diferente teríamos hoje dinossauros habitando o nosso planeta e não os seres que existem atualmente. A evolução também ocorre com o meio em que vivemos e podemos então perceber que ela é uma espécie de caminho natural ou um fluxo permanente que não cessa nunca.O espírito também evolui se tornando melhor em todos os aspectos. Quando passa a existir o espírito é muito simples, não apresentando qualquer sinal de intelecto, consciência ou mesmo emoções mais elaboradas. Como uma criança recém nascida ele não sabe o que acontece a sua volta, não definindo nada. Tem início a sua evolução com a primeira encarnação. No início o espírito é como uma fita em branco sem nenhum conhecimento então tem o primeiro contato com a matéria onde começa a interagir com o meio material recebendo também a influência desse meio. Os sentimentos mais básicos começam a se desenvolver. No início ele experimenta a necessidade de sobrevivência que irá desenvolver outra gama de sentimentos básicos como o medo e a fome. Ao contrário do que se pensa muitos o espírito nessa etapa não é mau, mas é como um animal que fará qualquer coisa para sobreviver. Alguns classificam os espíritos em espíritos imperfeitos, espíritos bons e espíritos puros dizendo que os espíritos imperfeitos são maus semelhante aos demônios do cristianismo. Na verdade o conceito do que é bom e do que é mal em muitas situações é relativo. Na natureza alguns animais matam outros para poder sobreviver e para eles esse ato não é mau, mas bom porque essa é o instinto/a compreensão deles. Deus na sua infinita sabedoria criou tudo da forma que deve ser e sendo ele a bondade absoluta como poderia conceber alguma coisa má. A classificação nessas três ordens de evolução foi criada para que nós pudéssemos entender mais facilmente, pois ainda estamos muito longe da perfeição para compreender de fato a verdade. Se quisermos classificar a evolução teríamos uma lista infinita de classes. Não existem dois espíritos que de fato compartilhem o mesmo nível de evolução. Também não podemos atrelar o conceito de bondade e maldade ao nível de evolução do espírito. O espírito quando inicia a sua existência é essencialmente bom, porém seus sentimentos são primitivos e ele começa a encarnar em seres também menos evoluídos. Com o passar das encarnações ele desenvolve sentimentos mais complexos e também a compreensão das coisas, sendo assim quando ele começa a caminhar na terra como homem também irá começar como um ser humano mais rude e de certa forma ainda animalizado. Nessa etapa ele já tem uma idéia muito simples do que é o bem e do que é o mal, mas ainda está muito ligado as existências anteriores podendo ser levado pela sua ignorância a praticar atos que classificamos como maldades inconcebíveis a um homem. Não devemos no entanto julgar o próximo em hipótese alguma cabendo esse poder apenas a Deus. Muitas vezes enxergamos o criminoso apenas pelos malefícios que ele comete, apagando qualquer linha de bondade existente nele. A idéia central não é justificar todo ato de maldade, mas apenas diferenciar um ato ainda enraizado no âmago de um animal que quer sobreviver de um ato praticado por um ser que sabe exatamente o que está fazendo, agindo de maneira fria e calculada pelo simples sentimento de prazer em cometer o mal.Como ser humano teremos uma escala evolutiva também infinita onde temos os homens mais ligados ao mundo animal e outros extremamente distantes. Em determinada fase do desenvolvimento o homem sabe diferenciar de forma bem competente o que é um ato do mal e um ato do bem. Nessa etapa o ser humano já está provido de um grande conhecimento intelectual e seus sentimentos já estão mais evoluídos, mas não são necessariamente bons. Todo ser tem o livre arbítrio, mas apenas com a evolução em todos os sentidos ele estará verdadeiramente apto para escolher um caminho ou o outro. Se nessa etapa ele escolher praticar um ato do mal ele estará escolhendo por vontade própria e estará praticando um ato verdadeiramente mau. Note que o que definirá se um ato é do mal ou do bem será a concepção que o praticante tenha dele. Se alguém pratica o mal, mas por algum motivo não tem capacidade para perceber que o ato é errado ele é, não poderá ser classificado como um ser mau, mas será classificado como uma criatura ignorante em relação ao bem e o mal. Isso tanto é verdade que alguns assassinos em série acham que estão fazendo uma coisa boa quando estão matando algumas pessoas, eles acham que será um ato bom matar uma pessoa má, isso não quer dizer que a vítima era má, mas que o assassino devido a uma deficiência mental sua achava que a vítima era má. O mesmo não poderá ser dito em relação a alguém que mata diversas vezes pelo simples prazer de praticar o mal e sabe perfeitamente que o que está fazendo é errado.O bem é o caminho para chegar a Deus e a sua prática pelo simples gosto de faze-lo sem esperar nada em troca é uma forma de se aproximar do Criador. Logo o espírito só poderá ser chamado de bom espírito ou mau espírito quando ele tiver condição de entender os seu atos podendo exercer o livre arbítrio. Se o espírito nessas condições escolher fazer o mal ele ainda poderá estar evoluindo, pois a mesma acontece em diversas áreas do espírito. Ele poderá estar adquirindo conhecimentos se tornando entendido sobre os mistérios da existência, mas se ele não aprender a fazer o bem pelo prazer de ver a alegria do próximo ele irá se estacionar. Mesmo esses espíritos, com o tempo e o aperfeiçoamento dos sentimentos irão perceber que o maior prazer está no bem do próximo, no sorriso de uma criança, no muito obrigado de um idoso, nas lagrimas de agradecimento do necessitado e em várias outras situações. Aqui o espírito começará a desenvolver a caridade que é a prova da existência do amor. Os homens em várias religiões dizem que deus é amor. Esse amor que é diferente do amor material, mas é um sentimento de unidade com Deus e com o próximo se manifesta na forma de caridade. A caridade verdadeira é feita sem esperar reconhecimento pelo que ato, mas para fazer o próximo se sentir melhor. Esse então é o caminho para a evolução verdadeira do espírito. Muitos praticam a caridade como um ato forçado, porque assim acham que estarão se salvando de alguma punição futura. Esses atos não são verdadeiros atos de caridade, mas simples exploração das necessidades e anseios do necessitado. O verdadeiro ato de caridade surge do coração que se sente triste pelo sofrimento de todos os sofredores. A verdadeira caridade nos dá uma sensação que não podemos explicar, maior que qualquer prazer terreno que possamos experimentar. Ela abranda momentaneamente a tristeza que sentimos devido ao sofrimento do próximos, mas a tristeza voltará, pois o sofrimento não irá se extinguir será apenas amenizado naquele momento. A verdadeira libertação do sofrimento se dará quando toda a infinidade de seres estiverem evoluídos a tal ponto que não haja mais nenhuma forma de injustiça ou maldade nos mundos existentes.