quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Contrato entre Pais e Filhos Antes de uma alma encarnar na Terra ela seleciona um local e a família que preencherá as suas necessidades espirituais de crescimento e evolução. Vocês podem estar certos que as vossas crianças os selecionaram por uma razão que as conduzirá ao crescimento delas assim como também ao vosso, pois estes contratos de alma são sempre de natureza mútua. Os pais se responsabilizam por criar a alma que chega a seu corpo jovem assim como protegê-la e dar-lhe tudo o que necessita para sobreviver no plano material. Os pais também se responsabilizam por ajudar no desenvolvimento de quaisquer habilidades e talentos que possam fazer parte da missão espiritual da criança neste planeta. A criança, por sua vez, responsabiliza-se em ajudar os pais a elevarem a sua consciência através da convivência com uma alma de vibração superior e de mais profunda sabedoria. Este é o caminho natural da evolução, onde a alma da criança está sempre numa espiral superior de evolução e podendo, portanto, auxiliar os pais a também evoluírem. Mas os pais necessitam estar conscientes desta dádiva. Tantos pais adormecidos vêem suas crianças como seres vulneráveis, que necessitam ser controladas e moldadas, que são incapazes de ver a sabedoria e a dádiva que vem com cada criança. Na futura Nova Terra, cada criança que nascer será reconhecida por sua sabedoria como alma. E os pais estarão conscientes de seu contrato com a criança, e buscarão cumpri-lo juntamente com suas obrigações materiais para o bem estar físico da criança. Criança Índigo: Os pais que aceitam apoiar e criar uma criança da vibração Índigo concordaram em ser os zeladores de uma alma que traz uma nova forma de energia para o Planeta. Crianças Índigo são almas pioneiras e seus pais acordaram em juntarem-se a eles para serem os pioneiros de novas formas de vida familiar e comunitária. A missão da alma da criança é questionar e desafiar velhas formas e criar o caminho para a manifestação de novas formas. Uma criança Índigo é também sensível, amorosa, talentosa e intuitiva. Os pais responsabilizam-se em encontrar formas de estimular esta sensível e bela energia e ajudar no desenvolvimento dos dons e talentos da criança até ao ponto que puderem. A criança, por sua vez, se compromete a ser a instrutora de novos caminhos. Mas para fazer isto precisa desafiar e questionar os velhos caminhos. A criança Índigo faz isto de duas maneiras. Primeiramente, ele ou ela questiona ou desafia todos os sistemas de crenças e “regras” que vocês ou qualquer outra pessoa tente impor a elas. Desta forma elas lhes mostrarão o que funciona para elas e o que não, e dependerá de vocês, como pais, ouvirem e aprenderem,e não tentarem impor a vossa vontade a elas. O segundo método de ensinamento é a criança prover um “espelho” para os pais. A criança aceita os padrões disfuncionais que os pais estão a fazer prevalecer nas suas vidas. Estes padrões têm geralmente a ver com a baixa auto-estima e a não aceitação do eu. É por isto que tantos Índigos entram em padrões auto-destrutivos de abuso de drogas e promiscuidade sexual. Eles estão refletindo de volta à suas famílias e comunidades os padrões auto-destrutivos que eles aprenderam. É também por isto que muitos pais de Indigos lutam com os padrões de comportamento aparentemente destrutivos dos adolescentes Índigos. Os pais precisam compreender que necessitam examinar os seus próprios padrões destrutivos e começar a vivenciar padrões mais amorosos e revigorantes que auxiliem a si e à suas crianças. Quantos pais preenchem suas mentes e corpos com pensamentos e substâncias tóxicas e gastam seu tempo com trabalhos que não gostam, anulando os seus verdadeiros sentimentos? A vossa criança Índigo o alertará disto e será o vosso guia para libertá-los destas formas de ser aprendidas e herdadas. Elas vos ajudarão a despertarem para quem e o que vocês são e para o que vocês são capazes quando são verdadeiros consigo mesmos. Crianças Cristal: A criança da vibração Cristal traz um tipo diferente de contrato com os pais. Pode-se dizer que onde as Índigo são a equipe de demolição, as Cristal são os construtores. É por isto que Índigos e Cristais encarnam com tanta freqüência na mesma família. Isto permite que sejam removidas as velhas estruturas e as novas sejam construídas. Mas uma criança Cristal é um ser de vibração muito alta e a missão de sua alma inclui trabalhar na Rede Planetária Cristal e manter a energia para facilitar a mudança global. Assim sendo, o contrato com a criança Cristal é ainda mais desafiador para os pais que precisam compreender que esta pequena criança é também uma alma sábia e poderosa cujo trabalho se estende além dos estreitos perímetros da família. É por isto que as crianças Cristal estão frequentemente estressadas e superenergizadas. Elas estão trabalhando com as energias daqueles à sua volta, não apenas ao nível familiar, mas também ao amplo nível comunitário. O desafio é dos pais em compreenderem a natureza do trabalho do ser e alma da criança Cristal e tentarem apoiá-los de acordo. Em retorno, a criança Cristal auxiliará no crescimento espiritual dos pais. A criança Cristal é capaz de “atrair” para a vida dos pais as pessoas e eventos que os pais necessitam para seu desenvolvimento. Isto é porque a consciência da criança Cristal frequentemente se estende de forma muito ampla e pode localizar e atrair aqueles seres que poderão ser mais benéficos naquele momento para a família. Portanto, pais de crianças Cristal frequentemente se encontram numa trilha de acelerado crescimento e desenvolvimento que é a dádiva de sua criança. O crescimento espiritual irá auxiliar mais frequentemente a criar um nível superior de consciência dentro da família e também a criar novas formas de interação familiar e respeito. O ensinamento mais poderoso aqui é o da “Igualdade do ser”. A criança Cristal presenteia a família com energias poderosas, amorosas e criativas. É o “equivalente” dos pais e precisa ser tratada com exatamente o mesmo amor, respeito e honra. No futuro, as crianças serão consideradas como iguais e com “direitos” iguais na família e não apenas como dependentes. As crianças serão consultadas nos assuntos familiares que as afete e lhes serão dadas opções e escolhas. Este é o ensinamento delas e seu contrato com vocês, como pais – honra, respeito, apoio e amor, que é mutuo e mutuamente benéfico.
Lembra-te de Deus para que saibas agradecer os talentos da vida. Se fatigado, pensa Nele, o Eterno Pai que jamais desfalece na Criação. Se triste, eleva-Lhe os sentimentos, meditando na alegria solar com que toda manhã, Sua Infinita Bondade dissolve das trevas. Se doente, centraliza-te no perfeito equilíbrio com que sua compaixão reajusta os quadros da Natureza, ainda mesmo quando a tempestade haja destruído todos os recursos que os milênios acumularam. Se incompreendido, volta-te para Ele, o Eterno Doador de todas as bênçãos, quantas vezes escarnecido por nossas próprias fraquezas, sem que se Lhe desanime a paciência incomensurável, quanto aos arrastamentos de nossas imperfeições animalizantes. Se humilhado, entrega-Lhe as dores da sensibilidade ferida ou do brio menosprezado, refletindo no celeste anonimato em que se Lhe esconde a inconcebível grandeza, para que nos creiamos autores do bem que a Ele pertence, em todas as circunstâncias. Se sozinho, busca-Lhe a companhia sublime na pessoa daqueles que te seguem na retaguarda, cambaleantes de sofrimento, mais solitários que tu mesmo, na provação e na miséria que lhes vergastam as horas e lhes crucificam as esperanças. Se aflito, confia-Lhe as ansiedades, compreendendo que Nele, o Imperecível Amor, todas as tormentas se apaziguam. Seja qual for a dificuldade, recorda o Todo-misericordioso que não nos esquece. E, abraçando o próprio dever como sendo expressão de Sua Divina Vontade para os teus passos de cada dia, encontrarás na oração a força verdadeira de tua fé, a erguer-te das obscuridades e problemas da Terra para a rota de luz que te aponta as sendas do céu. EMMANUELl
O PODER DA ORAÇÃO - HO'OPONOPONO Oração ao Criador HO'OPONOPONO Oração ao Criador
Divino Criador Pai, Mãe, Filho, todos em Um, Se eu, minha família, meus parentes e antepassados Ofendemos tua família, parentes e antepassados Em pensamentos, palavras, fatos ou ações Desde o inicio de nossa criação até o presente; Nós pedimos teu perdão Deixe que isto se limpe, purifique, libere E corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas Transmuta essas energias indesejáveis em pura luz. E assim é. Para limpar meu subconsciente De toda a carga emocional armazenado nele, Digo uma e outra vez durante meu dia As palavras chaves do Hooponopono Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Me declaro em paz com todas as pessoas da Terra E com quem tenho dívidas pendentes Por esse instante em seu tempo Por tudo o que não me agrada de minha presente vida Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Eu libero todos aqueles de quem acredito Estar recebendo danos e mal tratos Porque simplesmente me devolvem O que eu os fiz antes Em alguma vida passada Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Ainda que me seja difícil perdoar alguém Eu sou quem pede perdão a esse alguém agora Por esse instante em todo tempo Por tudo o que não me agrada de minha vida presente Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Por este espaço sagrado que habito dia a dia E com o qual não me sinto confortável com isto Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Pelas difíceis relações das quais guardo somente lembranças ruins Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Por tudo o que não me agrada na minha vida presente De minha vida passada, de meu trabalho Ou o que está ao meu redor Divindade, limpa em mim o que está contribuindo com minha escassez Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Se meu corpo físico experimenta Ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor... Pronuncio e penso: minhas memórias, eu te amo Estou agradecida pela oportunidade de libertá-los a voces e a mim Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. Neste momento afirmo que ...eu te amo. Penso em minha saúde emocional E na de todos os meus seres amados...te amo Para minhas necessidades e para aprender a esperar sem ansiedade, sem medo Reconheço as memórias aqui.....sinto muito, te amo. Minha contribuição para a cura da Terra Amada Mãe Terra, que és quem Eu sou Se eu, minha família, meus parentes e antepassados Te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações Desde o inicio de nossa Criação até o presente Eu peço teu perdão Deixa que isto se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmuta estas energias indesejáveis em pura luz. E assim é. Para concluir, faço de teu conhecimento Que este áudio é minha contribuição À tua saúde emocional Que é a mesma minha Então esteja bem. E na medida que tu vais te curando, eu te digo que Eu sinto muito pelas memórias de dor que comparto contigo. Te peço perdão por unir meu caminho a ti para curar Te dou as graças porque estás aqui por mim E eu te amo por ser quem és. Postado por Jose Carlos Medeiros de Araujo
A dor que dói mais sábado, setembro 10, 2005 By Vanessa Lampert Nem Verissimo, nem Jabor, muito menos Miguel Falabella. A autora do texto abaixo é a escritora gaúcha Martha Medeiros. Foi publicada originalmente no dia 20 de Julho de 1998 na coluna que ela mantinha no site “Almas Gêmeas”. Posteriormente algum espírito de porco acrescentou alguns itens ao final do texto e creditou-o ao Falabella. Daí a virar Verissimo e Jabor foi um passo. Aliás, é só um texto dar uma voltinha pela net que já vira Verissimo e Jabor quase que automaticamente. Incrível. Como quase todos os textos surrupiados, este também foi mutilado e distorcido, tendo mais de uma versão em circulação (o que me leva a crer que nem tudo acontece tão “sem querer” quanto a gente prefere acreditar). Abaixo a original, assinada pela autora no Almas Gêmeas. A DOR QUE DÓI MAIS Martha Medeiros Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Dóem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o escritório e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua pintando o cabelo de vermelho. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango assado, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua surfando, se ela continua lhe amando. Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A LEI DA AFINIDADE TODOS AQUELES QUE ESTUDARAM AS RELAÇÕES ENTRE O SER HUMANO E O COSMOS DESCOBRIRAM QUE EXISTE ENTRE ELES UMA CORRESPONDÊNCIA ABSOLUTA. CADA VIBRAÇÃO TENDE A ENCONTRAR UMA OUTRA VIBRAÇÃO SEMELHANTE PARA SE FUNDIR COM ELA; TODAS AS CRIATURAS, ATRAVÉS DAS SUAS VIBRAÇÕES E DOS SEUS COMPRIMENTOS DE ONDA, ENTRAM EM RELAÇÃO COM OUTROS SERES, OUTRAS ENTIDADES E OUTRAS FORÇAS DO UNIVERSO QUE POSSUEM OS MESMOS COMPRIMENTOS DE ONDA, AS MESMAS VIBRAÇÕES. PORTANTO, ATRAVÉS DOS SEUS PENSAMENTOS, DOS SEUS SENTIMENTOS E DOS SEUS ATOS, O HOMEM ENTRA EM AFINIDADE COM REGIÕES, COM CRIATURAS VISÍVEIS OU INVISÍVEIS QUE POSSUEM OS MESMOS COMPRIMENTOS DE ONDA, E ATRAI-AS. MAS OS HUMANOS, COMO IGNORAM ESTAS VERDADES, FAZEM SEJA O QUE FOR E DEPOIS ADMIRAM-SE QUANDO SE VEEM EM SITUAÇÕES TERRÍVEIS. IMAGINAI QUE TEMOS SOBRE UMA MESA VÁRIOS DIAPASÕES DOS QUAIS APENAS DOIS TÊM IGUAL COMPRIMENTO. SE FIZERMOS VIBRAR CADA UM DOS DIAPASÕES, ELES DARÃO UM SOM DIFERENTE, MAS QUANDO FIZERMOS VIBRAR UM DOS DOIS QUE POSSUEM O MESMO COMPRIMENTO, O SEGUNDO, SEM SE LHE TOCAR, RESPONDERÁ À VIBRAÇÃO DO PRIMEIRO EMITINDO EXATAMENTE O MESMO SOM. TODOS VÓS CONHECEIS ESTE FENÔMENO, NÃO CONHECEIS É A IMPORTÂNCIA DESTA LEI, POIS, NA REALIDADE, PASSA-SE EXATAMENTE A MESMA COISA ENTRE O SER HUMANO E TUDO O QUE EXISTE NO UNIVERSO. SE VOS ESFORÇARDES POR TER APENAS PENSAMENTOS LUMINOSOS, DESINTERESSADOS, E SENTIMENTOS PUROS, GENEROSOS, ATRAIREIS DO ESPAÇO AS ENTIDADES, OS ELEMENTOS QUE ESTÃO EM AFINIDADE COM OS VOSSOS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS, E DESTE MODO SEREIS CADA VEZ MAIS AUXILIADOS, MAIS APOIADOS. A LUZ DA CIÊNCIA INICIÁTICA DÁ-NOS TODOS OS PODERES PARA CRIAR O FUTURO QUE DESEJAMOS. E SE SOUBERMOS ALIMENTAR EM NÓS CERTOS ESTADOS INTERIORES ELEVADOS, NADA MAIS PODERÁ IMPEDIR-NOS DE NOS JUNTARMOS AOS SERES BELOS, LUMINOSOS E NOBRES QUE DESEJAMOS ENCONTRAR. QUANTAS VEZES VOS SENTIS DESORIENTADOS, INFELIZES! NÃO SABEIS O QUE FAZER PARA SAIR DESSE ESTADO E FICAIS A ATORMENTAR-VOS. POR QUE NÃO TENTAIS IR PARA JUNTO DE SERES QUE PODEM AJUDAR-VOS? ESSES SERES EXISTEM POR TODA A PARTE, PERTO DE VÓS, E SE NADA FAZEM PARA VOS AJUDAR É PORQUE VÓS NÃO SABEIS COMO CHAMÁ-LOS. PARA OS FAZER OUVIR A VOSSA VOZ É NECESSÁRIO, PELO MENOS, TENTAR TER UM BOM PENSAMENTO, UM BOM SENTIMENTO, REALIZAR UM ATO DESINTERESSADO; ENTÃO, ESSES SERES, SENTINDO QUE VÓS VIBRAIS NO MESMO DIAPASÃO QUE ELES, SERÃO OBRIGADOS A APROXIMAR-SE DE VÓS PARA VIR EM VOSSO AUXÍLIO. SÃO OS VOSSOS PENSAMENTOS, OS VOSSOS SENTIMENTOS E OS VOSSOS ATOS QUE DETERMINAM ABSOLUTAMENTE A NATUREZA DOS ELEMENTOS, DAS FORÇAS E DOS SERES QUE SERÃO DESPERTOS ALGURES NO ESPAÇO E QUE, MAIS TARDE OU MAIS CEDO, VIRÃO ATÉ VÓS.Exatamente por isso também, que pessoas que mexem com magia negra, tem para elas mesmas os resultados deletérios que desejam aos outros! ESTA LEI DA AFINIDADE É UMA DAS MAIORES LEIS MÁGICAS E É ELA QUE DEVE DIRIGIR TODA A VOSSA VIDA. TODOS OS DIAS, QUANDO SENTIRDES QUE CERTOS PENSAMENTOS OU CERTOS SENTIMENTOS VOS ATRAVESSAM, DIZEI PARA CONVOSCO: “BEM, ESTE PENSAMENTO OU ESTE SENTIMENTO, ESTÁ OBRIGATORIAMENTE EM AFINIDADE COM ELEMENTOS, COM REGIÕES DO ESPAÇO DE UMA DETERMINADA NATUREZA. SE ENTRAR EM RELAÇÃO COM ELES, ATRAIREI ALGO DE BOM OU ALGO DE MAL?”. SE VIRDES QUE É BOM, AVANÇAI; SE NÃO, CUIDADO! JÁ VOS DISSE MUITAS VEZES QUE NÓS SOMOS COMO PEIXES NO OCEANO CÓSMICO. OS PEIXES VIVEM NO MAR, NOS OCEANOS, E CADA UM ATRAI A SI OS ELEMENTOS QUE CORRESPONDEM À SUA NATUREZA DE MODO A FORMAR O SEU CORPO: TAL TAMANHO, TAL CABEÇA - LARGA OU ALONGADA -, TAL CAUDA, TAIS ESCAMAS - BRILHANTES E COLORIDAS OU ENTÃO OPACAS E CINZENTAS. O MESMO SE PASSA CONOSCO: SOMOS PEIXES MERGULHADOS NO OCEANO DA VIDA E TORNAMO-NOS DE UM MODO OU DE OUTRO, CONFORME OS ELEMENTOS QUE ATRAÍMOS PARA FORMAR OS NOSSOS DIFERENTES CORPOS: FÍSICO, ASTRAL, MENTAL, ETC. ENCONTRAIS, POR EXEMPLO, UM SER DEFICIENTE EM TODOS OS DOMÍNIOS: ISSO PROVÉM DAS SUAS ENCARNAÇÕES ANTERIORES NAS QUAIS, DEVIDO À SUA IGNORÂNCIA OU À SUA MÁ VONTADE, ELE ATRAIU ENTIDADES E CORRENTES NEGATIVAS QUE AGORA O ATORMENTAM E O MANTÉM PRISIONEIRO. OUTROS, PELO CONTRÁRIO, ATRAÍRAM NAS SUAS ENCARNAÇÕES PRECEDENTES TODOS OS ELEMENTOS QUE AGORA FAZEM DELES SERES INTELIGENTES, CAPAZES, BELOS, QUE TODOS AMAM E ADMIRAM. COMO VEDES, É IMPORTANTE CONHECERDES ESTA LEI DA AFINIDADE E PORDES-VOS IMEDIATAMENTE A TRABALHAR PARA ATRAIR PARTÍCULAS TÃO LUMINOSAS, QUE TUDO EM VÓS COMEÇARÁ A MELHORAR. OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV Enviado via iPad

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ser transparente -Vania Vieira Bsb,2013. Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que sente. Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar. Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo do nosso ser. Preferimos perder-nos numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente entregar-nos e admitir que não sabemos, que temos medo! Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim, manter uma imagem que nos dê a sensação de protecção. E, assim, vamos afogando-nos mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos. Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está a nossa brandura, o nosso amor mais intenso e não contaminado. Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro faz-nos perceber que já não sabemos dar -nem pedir- o que de mais precioso temos a compartilhar: doçura, compaixão, a compreensão de que todos nós sofremos, sentimo-nos sós, imensamente tristes e choramos (baixinho) antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos a coragem de mostrar àqueles que mais amamos! Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor vingar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: está a deixar-me triste, Pode parar, por favor? Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor. Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível. Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto que consigamos docemente viver, sentir, amar. E que seja não só razão mas também coração, não só um escudo, mas também sentimento.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Palácio Flutuante do Graal-Vânia Vieira.Sintra, 2010. Quando se chega a Sintra assaltam-nos memórias do passado. Jardins, palácios, o perfil da serra a abraçar o Castelo dos Mouros, o Palácio da Pena, majestoso, flutuando no Monte da Lua. É, ainda, Monserrate (o sonho e a obra de Byron e Cook), rendilhado, orientalista, exótico, colorido, circundado por jardins que só por um caprichoso lapso dos deuses ainda não foi descoberto por pesquisadores do passado e, por isso, não desmaiaram já de emoção ao sentirem-se dentro do Éden Terreno. São as chaminés ímpares do Palácio da Vila, visitado por largos milhares de turistas que vindos de todos os cantos do Mundo, durante o ano, se rendem totalmente à beleza desta paisagem que se espraia até ao Atlântico. É tanto azul, tanto verde, que embriaga nossos sentidos. Quando o comboio bamboleia na curva da Portela e lá em cima, no cume da Serra, surge o perfil do antigo mosteiro dos monges de S. Jerónimo, Nossa Senhora da Pena, fundado por D.Manuel (quase destruído no terramoto de 1755), não imagina que lá de cima, um dia, o Rei espreitou a frota de Vasco da Gama, no seu regresso da India. Mais tarde seria D.Fernando II que, ao adquirir em hasta pública as ruínas do mosteiro, o mandou restaurar a um engenheiro militar, o alemão Eschwege, em 1839, construindo um castelo que ainda hoje mostra as magníficas linhas arquitetônicas das construções árabes, o estilo mudéjar de Espanha e o romantismo alemão. Enquanto o comboio continua a serpentear pela linha e o fim dela se aproxima, instala-se no passageiro uma espécie de ansiedade. Ele sabe que está a entrar num reino especial ao qual em 1848, o conde Raczynski, famoso critico de arte, dizia: os arqueólogos do ano 2245 quebrarão a cabeça quando quiserem fixar a época das diferentes construções da Pena. Talvez seja por isso mesmo, por essa miscelânea de concepções que o Palácio Flutuante do Graal, continua a deslumbrar. E, curioso, com o passar dos anos consegue ir a espaços secretos (por certo) arrebatar uma vitalidade que o torna cada vez mais esplendoroso. Subir a rampa de acesso e olhá-lo cá de baixo, cuidado, a emoção é muita. É mágico. Quando chega ao pátio e se aproxima do belíssimo muro debruçado para o Infinito, não dá para descrever. É estonteante. A paisagem matizada emociona, virada para qualquer que seja o lado. É encanto puro a salpicá-la naquele espaço, diz-se com espólio dos Templários, imortalizado por pintores, reis, escritores, artistas. Sintra é um império de sonhos. Seja qual for o capricho dos seus dias. Há nevoeiros intensos, brumas enigmáticas, brisas acariciadoras. Há miragens quando Sintra se envolve em neblinas e ostenta altiva e sensual mantos que flutuam ao sabor da imaginação porque, em Sintra, a realidade é invenção! O diferente, são os cânticos que ecoam pelos palácios, pelas ladeiras que lembram São Luís, pelos recantos da memória e reanimam vidas que se projetam noutras dimensões do espaço e descem, mansamente, as escadas do tempo e chegam aos locais de saudade. Em Sintra há sopros de ventos, embalando a sabedoria dos deuses: silenciosos, sublimes e supremos. As vibrações são poderosas porque Sintra é um Império de sonhos unido-se ao respirar dos céus.

sábado, 18 de janeiro de 2014

A vida não é fácil, nem sempre é justa e, raramente, é pacífica: em sentimentos, em esperanças, em certezas, em metas, em ambições. Viver tem o seu custo e a fatura frequentemente é alta. Demasiado alta, mas, é vida! Tem o borbulhar oxigenado da respiração que nos alimenta, que nos invade e nos glorifica. Por vezes a vida assemelha-se a uma longa pista de obstáculos que têm de ser ultrapassados (de preferência vencidos) com roupa de gala e sapatos de pelica, não há tempo para o conforto e a informalidade, mesmo que a transpiração seja excessiva, o coração assuma o ritmo de tambor e a respiração seja luxo de audazes. Portanto, a vida é pródiga em tirar-nos o sono e em provocar voltas e reviravoltas na nossa existência. E, por vezes, a sufocação é tão intensa que para respirar bem há que fazer a travessia no deserto. Há que alargar o espaço que nos envolve e procurar distâncias para pensar, para respirar, para readquirir a boa forma ameaçada. Pode ser nas areias abrasadoras ou nos oásis refrescantes. Pode ser onde quisermos, se quisermos querer. Por lá andamos a encher-nos de luz, aquela que nos abre o espírito e amacia o coração, que nos devolve o sorriso e a confiança guardado no bolso direito de um casaco muitas vezes esquecido. Por lá enterramos nas areias frescas de um oásis verdejante as humilhações silenciosas ou públicas que engolimos como sapos em noites de Verão. Enterramos enganos e desenganos, enterramos raivas e decepções, enterramos mentiras, mistificações, enjoos, heroicidades e desmotivações. E, enterramos, principalmente, traições, incompreensões, batalhas perdidas e visões renegadas. No deserto ou na cosmopolitidade de uma qualquer cidade turbilhante, reergemo-nos, lenta e sofridamente, dia após dia até, ao dia decisivo de voltar às pistas longas, de obstáculos caprichosos, armadilhados. Mas aí, nesse regresso, volta-se qual Adónis feito homem, não pela beleza mas pelo conjunto de visões lúcidas que é necessário partilhar. E quando o desejo rasga as improbalidades ressurge-se com a boa forma que causa admiração e perplexidade. Aí, acaba-se por marcar o primeiro ponto positivo num jogo que não se programou jogar...Vania Vieira , 2013. "O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos". (Lao-Tse)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Chegou o momento de agir Declaração Budista sobre alterações Climáticas- Vivemos hoje numa época de grave crise, confrontados com os desafios mais sérios que a humanidade alguma vez experimentou: consequências ecológicas do nosso karma colectivo. A constatação unânime dos cientistas é esmagadora: as atividades humanas estão em vias de provocar um desastre ecológico à escala planetária. O aquecimento global, em particular, está a acelerar-se a um ritmo mais rápido do que se previa, sendo hoje patente no Pólo Norte. Durante centenas de milhares de anos, o Oceano Ártico esteve coberto por uma camada de gelo tão vasta como a Austrália que se encontra atualmente em rápido desaparecimento. Em 2007, o Grupo Intergovernamental de Especialistas em Evolução Climática (GIEC) previu que, por volta de 2100, o derretimento estival dos gelos seria total, mas é hoje evidente que corremos o risco de isso vir a suceder dentro de uma ou duas décadas. A vasta extensão de gelo da Gronelândia está também a derreter mais rapidamente do que se previra. O nível do mar vai aumentar pelo menos um metro ao longo deste século, o que provocará a inundação de inúmeras zonas costeiras, assim como de importantes áreas cultivadas de rizicultura de vital importância como o Delta do Mekong, no Vietnã. Por todo o mundo, os glaciares diminuem velozmente. Se as políticas econômicas atuais não mudarem, os glaciares do planalto tibetano, que alimentam os grandes rios que fornecem água a milhões de pessoas na Ásia, desaparecerão nos próximos trinta anos. A Austrália e o Norte da China sofrem neste momento graves períodos de seca e uma diminuição das colheitas. Importantes relatórios, como o do GIEC, das Nações Unidas, da União Europeia e da União Internacional para a Conservação da Natureza, concordam em afirmar que, sem uma mudança de orientação colectiva, a diminuição das reservas de água e dos recursos alimentares, poderá provocar, entre outras consequências, situações de fome, conflitos motivados pela disputa dos recursos, assim como migrações maciças até meados do século – porventura, mesmo, até 2030, segundo o primeiro conselheiro científico do governo britânico.O aquecimento global desempenha um papel essencial em outras crises ecológicas, como o desaparecimento de numerosas espécies vegetais e animais que partilham a Terra connosco. Os oceanógrafos assinalam que metade das emissões de carbono devidas à utilização de combustíveis fósseis já terá sido absorvida pelos oceanos, o que aumentou a sua taxa de atividade em cerca de 30%. Esta acidificação perturba a calcificação das conchas e dos recifes de coral, ameaçando o desenvolvimento do plâncton, base da cadeia alimentar da maioria das espécies que povoam os oceanos.Os relatórios das Nações Unidas concordam com as tomadas de posição de eminentes biólogos que afirmam que a continuação da atual política de cegueira voluntária levará à extinção de cerca de metade das espécies terrestres atualmente existentes. Estamos a transgredir, colectivamente, o primeiro dos preceitos: “Não prejudicar os seres vivos”, e estamos a fazê-lo na maior escala possível. Somos incapazes de antecipar o impacto biológico sobre a vida humana que será provocado pelo desaparecimento desta infinidade de espécies que, imperceptivelmente, também contribuem para o nosso próprio bem-estar. Muitos cientistas chegaram já à conclusão de que está hoje em causa a sobrevivência da própria civilização humana. Atingimos um momento crucial da nossa evolução biológica e social. Nunca na história a necessidade do contributo do budismo para o bem de todos os seres se impôs com tamanha urgência. Por intermédio das quatro nobres verdades dispomos de um quadro que permite traçar um diagnóstico sobre a nossa situação atual e, assim, definir as grandes linhas de uma solução: as ameaças e catástrofes que nos assombram provêm em última instância do espírito humano, pelo que exigem uma fundamental mutação do nosso espírito. Se o sofrimento individual nasce da sede e da ignorância (dos três venenos: a avidez, o ódio e a ilusão), o mesmo sucede quanto ao sofrimento que experimentamos à escala colectiva. A urgência ecológica atual confronta-nos com o eterno sofrimento humano, de uma forma desmultiplicada. Nós sofremos como indivíduos mas também como gênero, de um si que se vê como separado não só dos outros mas também da própria Terra. Como diz Thich Nhat Hanh: “Nós estamos aqui para despertar da ilusão da nossa separação”. Devemos acordar e compreender que a Terra é tanto nossa mãe como nossa casa. Desde logo, o cordão umbilical que a ela nos liga não pode ser cortado. Se a terra adoece, nós também adoecemos porque somos parte integrante dela. As nossas atuais relações econômicas e tecnológicas com a biosfera não são viáveis. A fim de sobreviver às duras transformações que se avizinham, os nossos modos de vida e as nossas expectativas devem mudar. Isto supõe não só novos comportamentos, mas também novos valores. O ensinamento budista segundo o qual a saúde global das pessoas e da sociedade depende do bem-estar interior, e não apenas de indicadores econômicos, permite-nos definir as transformações pessoais e sociais que devemos empreender. No plano individual, devemos adotar comportamentos que manifestem a nossa consciência ecológica no quotidiano, reduzindo assim a nossa pegada de carbono. Para aqueles que vivem em economias desenvolvidas, isto implica modernizar e isolar as casas e os lugares de trabalho para obter um melhor rendimento energético; reduzir o aquecimento no Inverno e o ar condicionado no Verão; utilizar lâmpadas e electrodomésticos de baixo consumo; desligar os aparelhos eléctricos que não estão em uso; conduzir viaturas que consumam o menos possível; diminuir o consumo de carne, favorecendo uma alimentação vegetariana, mais saudável e mais respeitadora do ambiente. Estas iniciativas individuais, todavia, por si sós, não são suficientes para evitar futuras catástrofes. Devemos igualmente empreender transformações institucionais, no plano tecnológico e no plano econômico. Logo que possível, devemos “descarbonizar” as nossas produções energéticas, substituindo as energias fosseis por fontes de energia renováveis que são ilimitadas, inofensivas e que estão em harmonia com a natureza. Devemos particularmente parar com a construção de novas centrais a carvão, uma vez que esta é, de longe, a fonte mais poluente e mais perigosa de emissões de carbono na atmosfera. Inteligentemente exploradas, as energias eólica, solar, das marés e geotérmica poderiam fornecer toda a eletricidade de que necessitamos sem prejudicar a biosfera. Cerca de um quarto das emissões de carbono mundiais são devidas à desflorestação, pelo que deveremos inverter o processo de destruição das florestas, em particular a faixa das florestas tropicais onde vive a maior parte das espécies animais e vegetais. Torna-se hoje evidente que é igualmente necessário proceder a alterações significativas na organização do nosso sistema econômico. O aquecimento global encontra-se estreitamente ligado às monstruosas quantidades de energia que as nossas indústrias devoram a fim de dar resposta aos níveis de consumo que correspondem às expectativas de tantos de entre nós. De um ponto de vista budista, uma economia sã e duradoura deve reger-se pelo princípio da suficiência: a chave da felicidade encontra-se na satisfação e não numa multiplicação crescente de bens e produtos. O comportamento compulsivo que leva a um consumo crescente é expressão de sede, aquela disposição que o Buda identificou como sendo a principal causa do sofrimento. No lugar de uma economia submetida à lei do lucro que requer um crescimento ilimitado para não falhar, devíamos fazer evoluir o mundo em direção a uma economia que promovesse um nível de vida satisfatório para todos, permitindo-nos assim desenvolver as nossas plenas potencialidades (incluindo as espirituais) em harmonia com a biosfera, que sustenta e nutre todos os seres, onde se incluem também as gerações futuras. Se os dirigentes políticos não são capazes de reconhecer a urgência desta crise mundial ou se ele não estão dispostos a considerar o bem estar a longo prazo da humanidade acima dos benefícios de curto prazo das companhias que exploram os combustíveis fosseis, talvez seja necessário que os contestemos mediante o desencadear de campanhas persistentes de ação cívica. Diversos climatologistas, como o Dr. James Hansen, da NASA, definiram recentemente objetivos precisos a fim de evitar que o aquecimento global atinja um limiar crítico catastrófico. Para que a civilização humana seja viável, a taxa aceitável de dióxido de carbono na atmosfera deve ser inferior a 350 ppm (partes por milhão). O cumprimento deste objectivo é recomendado e apoiado pelo Dalai Lama, assim como por outras personalidades agraciadas com o Prêmio Nobel e por prestigiados cientistas. Na situação atual encontramo-nos nos 387 ppm, nível que aumenta ao valor de 2 ppm por ano. É assim necessário não só reduzir as emissões de carbono mas também eliminar a excessiva quantidade de dióxido de carbono já presente na atmosfera. Enquanto signatários desta declaração de princípios budista, nós reconhecemos o desafio urgente que o aquecimento global coloca. Juntamo-nos ao Dalai Lama para apoiar o objectivo dos 350 ppm. De acordo com os ensinamentos budistas, e conscientes da nossa responsabilidade individual e colectiva, comprometemo-nos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para atingir esse objetivo, nomeadamente (mas não só) através das ações individuais e sociais aqui sucintamente indicadas. Dispomos apenas de um curto espaço de tempo para agir, para preservar a humanidade de uma catástrofe iminente e para assegurar a sobrevivência das diversas e belas formas de vida terrestres. As futuras gerações e as outras espécies que partilham a nossa biosfera, não têm voz para nos pedir que demonstremos a nossa compaixão, sabedoria e poder de cisão. Devemos escutar o seu silêncio. E devemos também ser a sua voz e agir em seu nome.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sob o peso dos amores que ficam...ou que se foram!!! Vânia Vieira. A gente nunca sabe como será o grande encontro. Pode ser que chova fininho e os cabelos levemente molhados desencadeiem uma troca de sorrisos embaixo de um mesmo guarda-chuva naquela esquina movimentada da cidade. Pode ser que o sol ardente queime as bochechas bem devagar, que é pra esconder o rubor do olho no olho. Talvez seja carnaval, dia santo ou um fim de semana aparentemente perdido num ano qualquer. Às vezes já se sabe no primeiro sorriso. Outras vezes a empatia demora um pouquinho pra se manifestar e só sai da toca depois dos primeiros indícios de reciprocidade. Pode ser que o metrô atrase, o carro quebre ou simplesmente você esteja 10 minutos adiantado para tudo que decidiu fazer naquele dia. Quem sabe seja pra sempre, ou talvez, só talvez, dure o infinito de um breve segundo. Era ele. Era ela. Eram ambos. A verdade é que a gente nunca sabe o instante em que vai cruzar o caminho daquele (a) que vai marcar a nossa vida pra sempre. A pessoa que vai prevalecer na alma, mais do que na presença concreta. A referência emocional mais sólida ao longo de toda a nossa travessia. Sim, este é mais um texto sobre o maior clichê da humanidade: o amor. E se você não gosta de estar no lugar-comum, aconselho a deixar esta leitura de lado por aqui. É que na vida a gente se apaixona milhares de vezes, revira os olhos outras tantas, perde o fôlego, o ar, o par em diversas ocasiões. Mas amor, amor mesmo, aquele de fazer doer o fundo do peito, esse não passa todo dia na janela de casa. Acho até que ele faz uma dança pelo salão, te tira para dançar e, se a melodia acaba junto com o compasso, ele sai pela portinha que entrou, deixando um vazio que só o tempo é capaz de preencher. Não estou falando de paixonites ou pequenos embaraços, mas sim daquela pessoa que vai modificar todo o seu conceito de amor e relacionamentos. O protagonista das lágrimas abafadas no travesseiro durante a noite que fazem a gente esmorecer feito o bicho mais acuado. A peça principal de um quebra-cabeça que muitas vezes perdeu diversos encaixes ao longo do caminho, restando apenas uma moldura abstrata de um quadro que tinha de tudo para ser perfeito. Gente que simplesmente fica. Fica na alma, na calma, na paz e no desassossego. Gente que se faz presente mesmo na mais absoluta ausência. Ninguém passa pelas nossas vidas à toa. Algum objetivo maior o universo tem com essa bifurcação de caminhos. Não acredito em acaso. Acredito em troca, parceria, cumplicidade, merecimento. Sentimentos que criam vínculos, fundamentam histórias. Muitas vezes a lição é contínua e perdura por anos, em outras, a caminhada a dois chega ao fim muito antes do previsto, e o adeus deixa de ser despedida para se tornar recomeço. Recomeço de um amor que finda seu ciclo conjunto para se tornar morada de uma saudade. Essa pra mim é a real definição de amor dentre tantas que já foram feitas ao longo dos séculos. Amor é o que fica daquilo que não ficou. O que é verdadeiro dificilmente se vai – pelo contrário, vai relembrar sua permanência de forma nada discreta naquela manhã de segunda-feira, após uma visita até a padaria, onde aqueles olhares cheios de cumplicidade se cruzarão novamente. No melhor estilo filme mudo, em que se conhecem as falas independente da cena, tudo aquilo que estava adormecido despertará. O coração aperta, o silêncio ensurdece, mas cedo ou tarde as emoções retornam para suas respectivas “caixinhas”. Acreditem ou não, é a forma que o amor encontra de encerrar ciclos e se acomodar no coração de forma a não ser mais espinho, mas sim uma delicada flor. A verdade inconveniente é que todo mundo tem um alguém particularmente especial que vai levar para sempre dentro do coração. Seja pela história, parceria, entrega ou até mesmo pela vírgula deixada no final de um parágrafo que merecia um ponto final. Amor mesmo, no grosso do sentimento, permanece enraizado nem que seja escondido debaixo de um monte de sentimento mal resolvido. Felizmente, a maior dádiva da vida é que ela continua. Você se depara com outros grandes encontros, pessoas, novas histórias e com outras facetas do amor que talvez você nunca chegasse a conhecer se não fosse toda a experiência transformadora que viver este sentimento proporciona. Não existe nada sobre o amor que já não tenha sido dito, escrito, cantado, cifrado ou assinado em lágrimas. Acho até que se existisse um manual sobre isso, sobre tudo que aconteceria no decorrer e após a passagem do furacão, talvez fossem poucos os tripulantes desta embarcação sem rumo. Poucos os que conseguiriam suportar a calmaria após a doce tempestade. O segredo para continuar navegando? Aprender a conviver de forma saudável com esse pedacinho de memória que pulsa no coração da gente. Se permitir vivenciar todas as fases desse sentimento para que a transição “passado-futuro” seja bem confortável. E amar sempre e muito, porque amor correspondido é o laço de fita que enfeita o presente, desata os nós, traz o sonho de um amanhã mais doce e guarda lembranças tão gostosas que terminam sempre na ponta solta de um sorriso sincero.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Leonardo Boff- Uma frente avançada das ciências, hoje, é constituída pelo estudo do cérebro e de suas múltiplas inteligências. Alcançaram-se resultados relevantes, também para a religião e a espiritualidade. Enfatizam-se três tipos de inteligência. A primeira é a inteligência intelectual, o famoso QI (Quociente de Inteligência), ao qual se deu tanta importância em todo o século XX. É a inteligência analítica pela qual elaboramos conceitos e fazemos ciência. Com ela organizamos o mundo e solucionamos problemas objetivos. A segunda é a inteligência emocional, popularizada especialmente pelo psicólogo e neurocientista de Harvard David Goleman, com seu conhecido livro A Inteligência emocional (QE = Quociente Emocional). Empiricamente mostrou o que era convicção de toda uma tradição de pensadores, desde Platão, passando por Santo Agostinho e culminando em Freud: a estrutura de base do ser humano não é razão (logos) mas é emoção (pathos). Somos, primariamente, seres de paixão, empatia e compaixão, e só em seguida, de razão. Quando combinamos QI com QE conseguimos nos mobilizar a nós e a outros. A terceira é a inteligência espiritual. A prova empírica de sua existência deriva de pesquisas muito recentes, dos últimos 10 anos, feitas por neurólogos, neuropsicólogos, neurolingüistas e técnicos em magnetoencefalografia (que estudam os campos magnéticos e elétricos do cérebro). Segundo esses cientistas, existe em nós, cientificamente verificável, um outro tipo de inteligência, pela qual não só captamos fatos, idéias e emoções, mas percebemos os contextos maiores de nossa vida, totalidades significativas, e nos faz sentir inseridos no Todo. Ela nos torna sensíveis a valores, a questões ligadas a Deus e à transcendência. É chamada de inteligência espiritual (QEs = Quociente espiritual), porque é próprio da espiritualidade captar totalidades e se orientar por visões transcendentais. Sua base empírica reside na biologia dos neurônios. Verificou-se cientificamente que a experiência unificadora se origina de oscilações neurais a 40 herz, especialmente localizada nos lobos temporais. Desencadeia-se, então, uma experiência de exaltação e de intensa alegria como se estivéssemos diante de uma Presença viva. Ou inversamente, sempre que se abordam temas religiosos, Deus ou valores que concernem o sentido profundo das coisas, não superficialmente mas num envolvimento sincero, produz-se igual excitação de 40 herz. Por essa razão, neurobiólogos como Persinger, Ramachandran e a física quântica Danah Zohar batizaram essa região dos lobos temporais de ''o ponto Deus''. Se assim é, podemos dizer em termos do processo evolucionário: o universo evoluiu, em bilhões de anos, até produzir no cérebro o instrumento que capacita o ser humano perceber a Presença de Deus, que sempre esteve lá embora não perceptível conscientemente. A existência desse ''ponto Deus'' representa uma vantagem evolutiva de nossa espécie humana. Ela constitui uma referência de sentido para a nossa vida. A espiritualidade pertence ao humano e não é monopólio das religiões. Antes, as religiões são uma das expressões desse ''ponto Deus''.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Rubem Alves-ESCUTATÓRIA Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma”. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma”. Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos… Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, abrindo vazios de silêncio, expulsando todas as idéias estranhas.). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado”. Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou”. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou”. E assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.
Uma amiga me enviou este texto - amiga, aliás, de quem só recebo coisa boa e bonita. Quem gosta de uma boa leitura, vai se deliciar. Uma excelente crônica, atribuída a Rubem Alves. Não posso confirmar a autoria, mas que o texto é sábio não é possível negar. Vou levá-lo ao pé da letra. TAÇA INTEIRA Por Rubem Alves Você que trabalhou, batalhou, criou os filhos, envelheceu... Os filhos cresceram, saíram de casa, você se aposentou... E agora o tempo se estende vazio à sua frente, pouco importa levantar-se cedo ou tarde, não faz diferença, os dias ficaram todos iguais, não há batalhas a travar, ninguém precisa de você... Cada dia é um peso, é preciso matar o tempo, descobrir um jeito de não pensar, pois o pensamento dói, e vem uma vontade de beber, uma vontade de esquecer, uma vontade de morrer... Chegou o momento da inutilidade, e é isso que você não suporta, pois lhe ensinaram (e você acreditou) que os homens e as mulheres são como as ferramentas, que só valem enquanto forem úteis. Ensinaram- lhe que você é uma ferramenta que merece viver enquanto puder fazer. E agora que o seu fazer não faz mais diferença, você se coloca ao lado dos objetos sem uso. À espera de que a morte venha colocá-lo no devido lugar, pois nada mais há que esperar. Você está sem esperança. Mas lhe ensinaram mal, muito mal. Pois nós não somos ferramentas. Não vivemos para ser úteis. Dizem os textos sagrados que Deus trabalhou seis dias para plantar um jardim. Terminado o trabalho, já não havia nada mais para ser feito. E foi justamente então que Deus sentiu a maior alegria. Terminado o tempo do trabalho, chegara o tempo do desfrute. E o Criador se transformou em amante: entregou-se ao gozo de tudo o que fizera. Com as mãos pendidas (pois tudo o que devia ser feito já havia sido feito), seus olhos se abriram mais. Olhou para tudo e viu que era lindo. Pôs-se a passear pelo jardim, gozando as delícias do vento fresco da tarde. E, embora os poemas nada digam a respeito, imagino que o Criador tenha também se deleitado com o gosto bom dos frutos e com o perfume das flores - pois que razões teria ele para criar coisas tão boas se não sentisse nelas prazer? Se há uma lição a ser aprendida desses textos, lição que é que não somos como serrotes, enxadas, alicates, fósforos e lâmpadas que, uma vez sem o que fazer, são jogados fora. A nossa vida começa justamente com o advento da inutilidade. Pois o momento da inutilidade marca o início da vida de gozo. Nada mais preciso fazer. Travei as batalhas que tinha de travar. Nada devo a ninguém. Estou livre agora para me entregar ao deleite. Todas as escolas só nos ensinam a ser ferramentas. Será preciso que você procure mestres que ainda não foram enfeitiçados por elas. Você deve procurar as crianças. Somente elas têm o poder para quebrar o feitiço que o está matando ainda em vida. As almas dos velhos e das crianças brincam no mesmo tempo. As crianças ainda sabem aquilo que os velhos esqueceram e têm de aprender de novo: que a vida é brinquedo que para nada serve, a não ser para a alegria! Desde os seis anos tenho mania de desenhar a forma das coisas. Aos cinquenta anos publiquei uma infinidade de desenhos. Mas tudo o que produzi antes dos setenta não é digno de ser levado em conta. Aos 73 anos aprendi um pouco sobre a verdadeira estrutura da natureza dos animais, plantas, pássaros, peixes e insetos. Com certeza, quando tiver oitenta anos, terei realizado mais progressos, aos noventa penetrarei no mistério das coisas, aos cem, por certo, terei atingido uma fase maravilhosa e, quando tiver 110 anos, qualquer coisa que fizer, seja um ponto, seja uma linha, terá vida. Vamos! A vida é bela. Pare de namorar a morte! Beba a taça até o fim!
Desapegar-se é um exercício tão difícil quanto necessário em alguns momentos da nossa vida: de antigos conceitos; de objetos, roupas e coisas que já não utilizamos; de relacionamentos -- profissionais ou pessoais -- que já não nos satisfazem; de planos que já não têm mais nada a ver com a realidade atual; de idéias ultrapassadas; de sentimentos que já não encontram eco no outro. E esta é a lição que nos foi transmitida na última semana pela série de postagens "Uma história de vida e de amor", um depoimento, ao mesmo tempo, comovente, triste, romântico e maduro sobre o amor, assinado pela leitora Raquel. Quando nos escreveu pela primeira vez, em junho, ela dizia que desejava um espaço para contar sua história de "amor de almas", mas pedia um espaço que, a princípio, somente ela sabia justificável para a grandiosidade de sua experiência. Mas quando finalmente recebemos seu texto (que foi apenas corrigido para se adaptar à formatação do blog), percebemos que era uma pedra preciosa de experiência de vida. Algo reconhecido por toda a redação e pelos inúmeros comentários recebidos ao longo dos dias de publicação. Agora, nos resta assimilar. Neste sentido, há uma lenda budista que poderia nos ajudar e que conta a trajetória de um mestre e seu discípulo. Os dois estavam a caminho da aldeia vizinha quando chegaram a um rio caudaloso e viram na margem, uma bela moça tentando atravessá-lo. O mestre zen ofereceu-lhe ajuda e, erguendo-a nos braços, levou-a até a outra margem. E depois cada qual seguiu seu caminho. Mas o discípulo ficou bastante perturbado, pois o mestre sempre lhe ensinara que um monge nunca deve se aproximar de uma mulher, nunca deve tocar uma mulher. O discípulo pensou e repensou o assunto; por fim, ao voltarem para o templo, não conseguiu mais se conter e disse ao mestre: — Mestre, o senhor me ensina dia após dia a nunca tocar uma mulher e, apesar disso, o senhor pegou aquela bela moça nos braços e atravessou o rio com ela. — Tolo – respondeu o mestre – Eu deixei a moça na outra margem do rio. Você ainda a está carregando. Desapego não é desinteresse, indiferença ou fuga. Não devemos nos tornar indiferentes aos problemas da vida. Não devemos fugir da vida; não se pode fugir dela quando somos sinceros. Muitos dos problemas da vida são causados pelo apego. Ficamos com raiva, preocupados, tornamo-nos ávidos, fazemos queixas infundadas e temos todos os tipos de complexos. Todas estas causas de infelicidade, tensão, teimosia e tristeza são devidas ao apego. Se você tem algum problema ou preocupação, examine a si mesmo e descobrirá que a causa é o apego. A vida e seus problemas devem ser encarados e lidados de frente, mas não são coisas às quais devamos nos apegar. É verdade que o dinheiro tem sua importância, mas a pessoa que se apega a ele torna-se avarenta e escrava do dinheiro. É muito fácil nos apegarmos à nossa beleza, às nossas aptidões ou às nossas posses, e assim nos sentirmos superiores aos outros. É igualmente fácil nos apegarmos à nossa feiúra, à nossa falta de aptidões ou à nossa pobreza, e assim nos sentirmos inferiores aos outros. O apego às condições favoráveis leva à avidez e ao falso otimismo, enquanto que o apego às condições desfavoráveis leva ao ressentimento e ao pessimismo. Quando adoecemos, chegamos até mesmo a nos apegar à doença. Quando você estiver doente, aceite a doença e faça o possível para se recuperar. Aceite a doença e a transcenda… ou melhor, aceite-transcendendo. A vida é mutável; todas as coisas são mutáveis; todas as condições são mutáveis. Por isso, “deixe ir” as coisas. Para mim, a lição de Raquel é nos ensinar que a busca por se sentir feliz passa pelo caminho, algumas vezes doloroso, de abrir mão do que se ama para dividir com quem necessita -- ou, como no caso dela, por seu próprio sentimento de evolução -- e poder tocar adiante, em paz.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Quem ajuda os outros é ajudado, talvez amanhã, talvez daqui a mil anos, mas será ajudado. A natureza precisa saldar a dívida. É uma lei matemática e toda a vida é matemática. G. L. Gurdjieff A Lei da Compensação é a lei que nos ajuda a compreender a abundância e a lidar com questões financeiras. A Lei da Compensação é a Lei de Causa e Efeito aplicada às bênçãos que nos são concedidas. Enquanto a Lei de Causa e Efeito trata basicamente de acontecimentos, a Lei da Compensação trata dos ganhos materiais e espirituais que temos na vida. É na manifestação dessa lei que vemos os efeitos visíveis de nossos atos, em forma de dádivas, dinheiro, heranças, amizades e bênçãos. Muitos de nós não recebem essas bênçãos por causa das crenças conscientes e subconscientes que dirigem os acontecimentos da vida de cada um. Para atingir a mestria em relação a essa lei e receber a abundância, é preciso interromper a consciência de pobreza que vem do condicionamento desta vida e de programações de vidas passadas. É preciso abandonar as gravações dessas experiências e começar a ver o mundo como um lugar de abundância, onde há o bastante para todos. É necessário superar a programação do passado, que era alimentada por afirmações como: O dinheiro é a raiz de todos os males. Os ricos não podem ser espirituais. Ser espiritual significa renunciar ao dinheiro e às coisas da vida que nos dão prazer e conforto. Para interromper a consciência de pobreza, é preciso reprogramar a maneira de pensar, para que a mente consciente e a subconsciente não sabotem o que nos é devido. Neste caso, as afirmações são uma ajuda valiosa. Algumas pessoas são bem-sucedidas na vida porque fazem mais pelos outros e porque têm uma atitude que favorece o sucesso. Quem quer mais da vida deve dar mais e ter sempre as emoções, as palavras e os pensamentos corretos a esse respeito. A aplicação dessa lei nem sempre significa que você vai receber exatamente o que deu. Às vezes, você dá de uma forma (como dinheiro) e recebe a compensação de outra forma, como um belo presente ou um almoço pago por um amigo. Além disso, a lei é ampliada pela Lei do Retorno Décuplo. O que você dá, volta em formas que têm dez vezes o valor de sua dádiva. Há casos de acordos que modificam o uso dessa lei. Se você acha que deu mais do que recebeu, é possível que esteja pagando dívidas kármicas ou usando a lei como um plano de poupança. Neste caso, é possível que tenha feito um acordo no sentido de receber bem depois — até mesmo em outra vida. Talvez você esteja começando um plano de poupança de karma bom que vai lhe valer no futuro. Nunca perca a esperança em relação a essa lei, independentemente de como se sente. Mantenha a fé e saiba que ela é justa e verdadeira. Não confunda a aplicação desta lei com os Testes de Iniciação. Às vezes, o que nos acontece parece ser uma punição, mas na realidade não é. Trata-se de um teste para fortalecer alguma fraqueza interior. O discernimento nos ensina a diferença entre essas duas coisas. Observe: às vezes, o que parece ser o oposto de uma recompensa acaba se revelando como um incrível benefício, depois que a pessoa passa no teste e se torna melhor com a experiência. Paciência é a chave. Espere, e as dádivas serão reveladas. A Lei da Compensação é uma extensão da Lei de Causa e Efeito, na medida em que reflete as “recompensas justas” ou “punições” que as pessoas recebem pelas sementes que semearam. É uma lei precisa, com as próprias variações, que atua para dar a cada um mais do que se pode imaginar Isso ocorre quando a alma se alinha com o Eu Superior a serviço dos outros. A Lei da Compensação envolve os atos de dar e receber É a lei que garante que cada vontade seja atendida por Deus. É a manifestação da Ordem Divina em todas as coisas e a lei que concede liberdade às mentes que trabalham para dissolver a consciência de pobreza e as necessidades insaciáveis. A lei é perfeita em seu desígnio. Diz, basicamente, que para tudo o que se dá haverá um retorno. Mas há uma particularidade dessa lei que nem todo mundo conhece. Essa particularidade é a Lei do Retorno Décuplo, segundo a qual, quando uma pessoa aprende a dar de coração, o universo retribui com uma dádiva dez vezes maior Isso apóia a premissa de que “é melhor dar do que receber”. Eu transmito este conhecimento de coração, Meus Caros. E é de coração que pergunto: “O que mais posso oferecer a vocês neste momento?” Feito isso, como minha atitude, minha motivação e meu coração estão alinhados com a verdade, revelo a vocês agora que serei recompensado dez vezes por esse oferecimento. Geralmente, a Lei do Retorno Décuplo só começa a funcionar quando a pessoa libera medos que enviam mensagens do tipo “o que tem não vai dar”. Outra condição que facilita a atualização dessa lei é a sintonia do campo áurico com as vibrações superiores de Luz. Atingir uma frequência mais alta na Luz eleva automaticamente o corpo, a mente e o Espírito a uma dimensão superior liberando assim a antiga programação que aprisiona a pessoa. Não dá para separar as leis de sua influência num universo de Unidade, em que tudo é Um. Assim, é bom enfatizar que a compensação é também o reflexo do pensamento multidimensional de cada um. É o que diz o Mais Radiante, ao explicar que o homem se transforma naquilo que pensa. Essa norma afirma que o que é colhido é ajusta consequência de tudo que é semeado. A Lei da compensação garante que tudo é justo e está em alinhamento com o Divino, pois as leis não têm preconceitos, tratando de maneira imparcial e indiferente todas as almas. Cada alma é o próprio juiz no plano terreno, pois o livre-arbítrio estabelece as dádivas que serão concedidas a cada uma. Outro fator que entra em justa compensação é o cumprimento de promessas e contratos feitos entre as vidas. Cada alma que vem à Terra recebeu uma missão de Deus, mesmo que não saiba disso. Os contratos são firmados no etérico e revistos periodicamente em estados de sonho, estabelecendo padrões e medidas de desempenho para a pessoa encarnada. Quando as promessas são cumpridas, a alma é recompensada dez vezes. É essa a marca dos que possuem o “Toque de Midas”. Quando a palavra não é honrada, a frequência vibracional tende a diminuir favorecendo os chamados “desapontamentos” e “frustrações”, que não são prontamente entendidos no plano da Terra. Quando se entra em contato com a complexidade de todas as realidades dimensionais e frequências vibracionais que impactam a alma, é possível perceber que o alinhamento com a Luz do Eu Superior é a única maneira de sair da sujeição. Tudo deve estar na verdade e na vibração mais alta para controlar o destino individual. A ligação com o Eu Superior e com a vontade de Deus garante paz, harmonia e uma vida realizada. O livre-arbítrio é a dádiva de Deus à humanidade. Permite que todos escolham as próprias recompensas, com base na aplicação da integridade. A integridade é a chave que concede às almas que fazem a jornada espiritual as maiores dádivas e recompensas, tanto espirituais quanto materiais. Quando a alma se sente incapaz de modificar os acontecimentos, evocar a Lei da Perpétua Transmutação de Energia Radiante (em cooperação com o Eu Superior) é a maneira de sanar a situação. Aplique essa lei e aguarde o retorno. Sua aplicação cria Ordem Divina, e a compensação que dai vem ultrapassa a compreensão. Falando em compensação, outro aspecto importante dessa lei é o pagamento a si mesmo. Geralmente as pessoas dão aos outros e não a si mesmas, o que demonstra falta de amor por si mesmas e cria um desequilíbrio nos campos que sustentam o fluxo natural de energia. Todos devem aprender PRIMEIRO a se amar e desse estado mental todo o resto flui. Quanto mais você amar a si mesmo, mais amor terá para dar aos outros: será como uma taça sempre cheia. A taça que transborda é a taça do amor divino que se derrama no universo, tocando as vestes de todos os outros. Quem não trata a si mesmo com a mesma benevolência concedida aos outros, vai criar um ciclo de privação. Para manter constante o fluxo de energia, são necessários atitudes, palavras, ações e pensamentos positivos. Os bloqueios criam iniquidades, embora da perspectiva universal as iniqüidades não sejam reais: são meras percepções. Todavia, tudo deve ser mantido em alinhamento com a harmonia e o amor e isso inclui o amor ao eu, contido no interior de cada um. Compensar demais os outros é outro obstáculo ao delicado funcionamento desta lei. A psique humana é esperta e às vezes faz com que a pessoa acredite que quem dá mais tem mais valor Assim, dar passa a ser uma coisa boa e nobre na medida em que corrobora o autovalor. Como já foi dito, dar, dar de coração, É uma coisa nobre e é A ação que garante a liberdade. Mas quando alguém dá pelo motivo errado, para compensar a falta de amor por exemplo, então as energias ficam bloqueadas. Para manter a energia equilibrada é preciso dar proporcionalmente a si mesmo e aos outros. Equilíbrio! Equilíbrio! Equilíbrio! Esse é o único acesso para a mestria. Se é o equilíbrio é mantido em todos os momentos, juntamente com a verdade e a integridade, então a Lei da Compensação será realizada. Em honra do Deus interior Eu, El Morya, termino esta transmissão para o Divino. Vão em paz. Resumo A Lei da Compensação é a Lei de Causa e Efeito aplicada a ganhos materiais e espirituais na vida. Seguem-se algumas características de sua aplicação: Não percebemos a abundância por causa de crenças e programações segundo as quais não é possível ser espiritual e gozar da abundância. Isso muda quando passamos a dimensões mais altas da mente. Recebemos dádivas e bênçãos de acordo com o grau de nossa capacidade de dar aos outros. As dádivas aos outros são recompensadas com um retorno décuplo, desde que tenham sido feitas de coração. É preciso amar a si mesmo para conseguir dar aos outros.
PEDRINHAS: A CONTA SEMPRE CHEGA! Uma verdade, uma análise lúcida e perfeita!!! Ney Bello Professor, escritor e desembargador federal Dizem que o filósofo alemão Jüngen Habermas, em visita ao Rio de Janeiro, olhou para aquele mundo de favelas sobre os morros, repletas de excluídos do asfalto, dominadas por traficantes e carentes de quaisquer atuações do Estado e murmurou para o cicerone ao lado: - “A minha teoria da ação comunicativa, que se baseia na igualdade dos sujeitos do discurso racional, teria sido outra se eu tivesse vindo aqui antes.” A tradução corrente para este diálogo é que é impossível falar em racionalidade, direitos e igualdades frente a desigualdades tão profundas. Há quem conte que o francês Michel Miaille, perdido nas bordas de uma grande cidade do Brasil, e diante da miséria clarividente perguntou a um aluno: - “O que vocês vão fazer quando todas estas pessoas da periferia resolverem invadir os vossos quintais?” Não há como saber se tais diálogos existiram, mas ‘se non é vero, é bene trovato’, e ambas as falas servem como alegorias, sem muito rigor, para a análise que pretendo fazer dos acontecimentos na ilha de São Luís. O passado cobrou seu preço! O presente tem a responsabilidade do futuro! Somos uma sociedade ilhéu minoritariamente de classe media baixa, comprimida entre bairros bem próximos uns dos outros e cercados pela mesma massa de excluídos citada pelo alemão. E a conta – a invasão das praias e dos quintais – a que aludia o francês, virou primeira página do nosso jornal do dia. O Maranhão é o Estado mais pobre da Federação. Tem o pior IDH do país. Em nenhum outro lugar morrem tantas crianças na primeira infância. Não há onde exista tanto analfabetismo, desemprego, desamparo e miséria em solo brasileiro. Vejamos os dados do Pisa - Programme for International Student Assessment - e descubramos que a Atenas brasileira virou apenas brasileira. O Brasil está no terceiro mundo. Estamos no terceiro mundo do Brasil. O Brasil tem padrões sul-americanos de educação, saúde e emprego – todos muito ruins - e nós temos padrões africanos – todos deploráveis. Estamos qualitativamente mais próximos da Tanzânia e de Uganda do que do Chile ou da Argentina. E isto é estatístico e está disponível para quem desejar ver. São dados técnicos, e não mera figura de retórica. Na penitenciária de Pedrinhas, esta massa de excluídos, condenados e miseráveis, chega desde este universo em que o Estado lhe nega tudo, e onde é impossível viver sem violência. Ali, ela mergulha num processo maior ainda de desumanização, que reduz o homem a uma sobra do que é ser humano. A família do preso é obrigada a trabalhar para os chefes do crime, sob pena de morte; os detentos são obrigados a permitirem que suas esposas mantenham relações sexuais com outros – numa espécie de estupro consentido – em troca de sobrevivência. E o que dizer destas mulheres que para não morrerem, têm de suportar tamanha barbárie? É fácil traficar armas, drogas, celulares e o que mais de necessário for, vez que a administração penitenciária ou é refém da criminalidade ou conivente com ela. Olhar nos olhos de alguém pode significar decapitação; querer alguma humanidade pode significar a morte. Neste estado d’arte, de completa ausência de humanidade, de falência do Estado, de descontrole da administração do espaço, o que nos assegura que nossos quintais não sejam invadidos e as espoletas estourem os nossos miolos, na primeira oportunidade? O que têm a perder os excluídos da cidade - reduzidos à essência animal - que os fazem não invadir todos os quintais do mundo? E que defesa é acessível aos inocentes pobres do asfalto que não possuem hipótese alguma de resistência? Que morrem carbonizados nos ônibus numa cidade onde não há sequer unidade médica para queimados? Há quem defenda para Pedrinhas a Solução Final. Propositadamente eu uso o mesmo termo do nazismo alemão para demonstrar o tamanho da absurdez e da desumanização que isto também representa. Cercados de tanta miséria e violência muitos de nós pensam violentamente. Ao considerarmos fazer com a penitenciária o mesmo que foi feito no Carandiru, estamos nos igualando aos mesmos sub-homens que ordenam decapitações, que queimam crianças nos ônibus, e que se responsabilizam por 65 assassinatos em um ano, bem ao nosso lado. Este dado, por si só, já representa metade de um Carandiru de Homicídios. O complexo de Pedrinhas não é mais uma penitenciária. É uma trincheira do crime. É uma escola de delinquência que somente existe por que criamos uma fábrica de exclusão social, fabricamos uma usina de miséria, nos afogamos num mar de corrupção, envoltos numa ausência também criminosa. Vamos eternamente nos prender ao círculo vicioso de prender, desumanizar e matar? Vamos criminalizar a exclusão, punir a miséria, mergulhar num genocídio dos miseráveis e criminosos – embora degradantes e degradados – e manter intacta a máquina que constrói esses perfis? Recebemos a conta! Estupefatos como se não fosse crível que a lama que rodeia a ilha pudesse em fim invadir as areias das praias, a Jerônimo de Albuquerque, a Colares Moreira e a Holandeses. Atônitos, perguntamos nas esquinas o que deve ser feito. Por incompetência e egocentrismos seus e meus não percebemos através dos anos o que se passava a nossa volta. Você que me lê e eu que escrevo somos a minoria na nossa terra pelo simples fato de sermos alfabetizados para além de sabermos desenhar o nome; e somos mais minoria ainda por que podemos escrever em um computador e comprar um jornal para ler. Quem são os culpados e o que podemos fazer? Nossa origem portuguesa e cristã europeia sente necessidade de procurar culpados. Ouso dizer que culpados somos todos nós. Por omissão ou por ação, permitimos que tudo chegasse aonde chegou. Uns de nós bem mais - outros um tanto menos - fechamos os olhos para a violência e a degradação que invadiu os quintais do nosso mundo. Precisamos urgentemente de menos dinheiro gasto em campanhas eleitorais; menos corrupção; mais investimentos em saúde, educação, mobilidade urbana, moradia e tudo o mais que pode fazer do bicho que existe dentro de cada ser, um verdadeiro homem. Menos egocentrismo elitista e mais humanismo, talvez ajudassem. É certo que mais policiamento, mais segurança, mais presídios e uma urgente desconstrução da Trincheira Criminal de Pedrinhas são metas prementes, porém incapazes de resolver o problema que se instaurou. Sobre o que me propus a dizer neste artigo, lembro-me de um adesivo colado nos carros de Buenos Aires, pela junta militar, acusada internacionalmente de matar diversos dissidentes e ofender aos direitos humanos do povo argentino: Os argentinos são direitos e humanos! O discurso do poder era transformar a observação dos erros em meras ofensas externas, ditas por quem não amava a própria pátria. Vamos nos lembrar que deixar de reconhecer os problemas de quem se ama é o primeiro passo para perder o objeto amado. Como dirá outra vez o eterno José Chagas, e dele lembro pensando na minha São Luís, no meu lugar… "Palavra quando acesa não queima em vão, deixa uma beleza posta em seu carvão. E se não lhe atinge como uma espada. Peço não me condene oh minha amada. Pois as palavras foram pra ti amada.”

domingo, 5 de janeiro de 2014

A Civilidade nas relações interpessoais e familiares-vaniavieiradelevi.blogspot.com Bsb, janeiro de 2013. São muitos os processos obsessivos que envolvem as relações interfamiliares. Obsessivo no sentido psíquico-espiritual que gera um ciclo vicioso no qual os sentimentos negativos afloram com a força desarmonizadora do remoto passado. Conflitos entre pai e mãe, pais e filhos ou entre irmãos, que disputam, estimulados pela energia da cólera, do ciúme, da inveja e do orgulho, bens materiais ou posses que os tornam "visíveis" no mundo das "aparências".Imagine no mundo atual, onde "novas famílias "estão a se formar, ambos trazendo filhos não comuns ao casal e à família de origem, a anterior... Como fizeram no pretérito, são capazes de repetir as mesmas doses de trapaça, indiferença e prepotência para levarem vantagens uns sobre os outros. Quadros em que a ganância , a disparidade de educação e falta dela, superam valores humanos de civilidade, honestidade e igualdade nas relações interpessoais. Estabelecida a discórdia no grupo familiar, os valores tendem a girar em torno da "lei dos mais forte e mais esperto". É quando a frieza, que é filha legítima do vazio de amor, articula com os seus invisíveis tentáculos, interesses escusos que substituem a paz de espírito e o convívio saudável entre seres que se reuniram para mais um tentativa de aprendizado e crescimento mútuo. Diante da nova oportunidade concedida, a encarnação, ao invés de processar a libertação do espírito, torna-se um fardo cumulativo de energias deletérias. O livre arbítrio, por submeter-se a processos obsessivos de origem psíquico-espiritual, reproduz o traço comportamental do passado, levando os indivíduos que reorganizaram-se para processar o amor nas relações familiares, resgatarem a energia do desequilíbrio que muitos males gerou no passado. Com a desarmonia nas relações, surgem as velhas conhecidas da Humanidade: as enfermidades psíquicas de origem espiritual, que envolvem, inapelavelmente, mentes e corações, subjugando os envolvidos na energia da violência explícita ou implícita, geradora dos dramas e das tragédias que são amigas íntimas da dor e do sofrimento humano. Na mídia e fora dela, estamos cansados de tantos exemplos disso. Desconectados da essência e perdidos no labirinto de si mesmos, pais e filhos, irmãos e irmãs perambulam às escuras, subjugados pelas sinistras presenças que os acompanham na escuridão da existência. O que era para ser um grupo familiar em processo de mútuo aprendizado e crescimento, vira -pelo livre-arbítrio- um grupo de indivíduos que novamente elege o egoísmo e a inveja como orientadores de suas caminhadas. Caminhos em que, mais uma vez, terão de carregar os seus pesados fardos. Contudo, por mais longa que seja a jornada, nunca é tarde para que o indivíduo dotado de inteligência pare, reflita e visualize na imensidão de si mesmo, atalhos que levem ao encontro da essência e seus inestimáveis tesouros. Por mais pesado que seja o fardo, este não representa uma condenação perpétua e, sim, a projeção acumulada pela energia do livre-arbítrio. Basta, portanto, que o indivíduo desperte e reverta -através da depuração espiritual- este processo gerador dos desequilíbrios bio-psíquico-espirituais que tantos transtornos causam ao coletivo familiar. As psicoterapias que lidam com a natureza interdimensional do homem, associadas ao fortalecimento da fé raciocinada (sem dogma ou fanatismo religioso), são opções de auxílio para que o indivíduo encontre o seu próprio caminho, ou seja, o rumo que o leve ao encontro da essência, a sua legítima e intransferível identidade terrena e universal. O indivíduo somente estabelecerá relações estáveis e maduras consigo mesmo, com o outrem e com o mundo à sua volta, quando pacificar o seu coração, após ter se libertado de sentimentos negativos que o mantinham preso ao passado. A conquista -ou recuperação- da lucidez, é o primeiro passo do processo de libertação que leva o ser inteligente a um nível de percepção mais abrangente sobre os significados da vida. Patamar consciencial que abre a janela do autoconhecimento simbolizado pela Mãe-Terra, o Pai-Universo e os seres inteligentes irmanados em uma grande e única família universal. A compreensão de que as relações familiares vão do micro ao macro universo, é imprescindível para que despertemos para a importância da maternidade e paternidade conscientes relacionadas à educação dos filhos e à harmonia dos lares! A consciência -ou a falta desta- é fator determinante para que se estabeleça no futuro da família, o nível das relações interpessoais como desejamos, qualquer que sejam as nossas crenças...nosso sonho , mesmo utópico deve ser Sempre " o Paraíso na Terra"! Enviado via iPad

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Que possamos hoje, todos nós, meditar no significado do AMOR e, em introspecção, perdoar, percebendo que a mágoa apenas aprisiona a nós mesmos. Amor, o caminho e a meta. Apenas amar incondicionalmente dissolve as separações, integra e reúne as partes em um todo completo e vibrante. Amar é colocar-se na mais elevada das realidades, aonde aqui já é o Éden. É manter o foco na verdade superior, sendo capaz de sustentar esta verdade aonde quer que se vá. Desafios surgem para testar a força do seu compromisso com o amor, onde somente uma decisão consciente e enérgica é capaz de sustentar-se através das tempestades da vida. Somente a clareza de intenção é capaz de criar uma vida de superação, propósito e satisfação. Mas aonde está esse amor? O que é este amor? Pensar já é deixar de amar. O Eu Real, Superior, já sabe qual direção seguir, sendo o trabalho do ego apenas permitir, deixar-se SER suavemente e silenciosamente conduzido a Ele. Amar revela a verdade de que seres humanos são criaturas especiais e altamente estimadas, capazes de reconhecer dentro de si o amor, e desta experiência, realizar a própria grandeza e valor. Deixe de lado um pouco os pensamentos, as preocupações e os problemas.deixe de pensar só em você . Foque sua atenção no amor, deixe-se levar, e testemunhe a Verdade e a Vida. E que hoje você possa mudar as lentes de sua percepção para apreciar a perfeição da Vida. Os problemas percebidos são fruto da ignorância de nossa própria visão. Quando a consciência expande-se, o coração abre-se, e a intenção é pura, nossos pensamentos alinham-se com o pensamento do Criador, trazendo a límpida compreensão de que tudo é criado por amor, mantido por amor e consumido por amor. Tudo a ti será dado porque o Criador ama suas criaturas, nada lhe será tomado se você abrir o seu coração para receber a verdade. A vida desenrola-se no seu próprio tempo. Querer prejudicar o próximo em benefício próprio vai gerar devolução mais cedo ou mais tarde.pensar em controlar esses seus detalhes é motivo para desgastar-se desnecessariamente. Planos nascidos da alegria do presente são construtivos. Planos nascidos da preocupação com o apego, o egoísmo, nos separam da fonte onisciente existente dentro de nós. Aprender a esperar a fruta madurar é uma qualidade necessária para saborear o doce da vida. Se desenvolvemos confiança em cada instante de existência, podemos adentrar uma dimensão de contínuo desfrute. Simplesmente respirar tornar-se gratificante. Simplesmente SER é motivo para amar sem amarras, incondicionalmente. Deixe a vida levar suas resistências. Surfe as ondas da incerteza e testemunhe o balanço do mar com alegria. Seja feliz! A distância entre a felicidade e a tristeza é de apenas uma decisão.