terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nem uma coisa, nem outra-Vania Vieira.Fev. de 2009.

Ao contrário de tudo que me dizes ser...
Nem Mulher Maravilha, nem mulher vítima.
Eu sou...HUMANA!
Nervos em flor,
Desabrochando agudos ao alvoroço das estações.
Estampido seco rompendo a tez desgastada.
Eu sou...sim...
Cheiro de alma cansada,
Cheiro de terra molhada ontem,
Com urgência de sementes hoje.
Sou a ausência do meu filho que não veio
E de todas vocês que vieram me completar...
Eu sou apenas...sou...
Tentando equilibrar-me a solavancos repentes
Mas que em suspiros direi quando cair...
"Sou Amor".
Eu sou todas aquelas coisas que ninguém entende
A resposta do que não perguntou.
Disparidade?
O meio inviolável do que o secreto teima.
Eu sou uma continuidade de reticências
Nãos pausados
E entrega.
Eu sou entrega...
De todo o meu espaço externo e interno prá vocês, três...
A necessidade absurda de jamais ter sabido,
E não ter provado,
Ou tocada,
sem dar a Partida.
Sou ensaio de perfeição falido.
Sou vôo gauche,
hoje tristeza por não ter tido coragem da ausência.
Eu sou espera,
E quando tudo em mim mais cala,
Quando então tudo que você diz
for inversamente provado,
Eu terei sido...ido...partido...
sem ter sido entendida...jamais...