domingo, 12 de julho de 2009

Procura-se um astrólogo...um Eduardo Teixeira...

De Carlos Hollanda-
Desde tempos imemoriais, a Astrologia tem sido usada como uma forma de orientação para os seres humanos. Não são poucos os que sabem disso, mas também não são poucos os que a relegaram a segundo, terceiro, quarto plano (até chegar à total desconsideração de sua importância) na escala de valores e serviços prestados à sociedade. Há alguns anos os astrólogos vêm se perguntando como oferecer um perfil da Astrologia que ressalte sua necessidade e utilidade, mas isso tem se tornado cada vez mais difícil, tanto por causa da péssima imagem divulgada acerca dos profissionais, quanto devido à desinformação geral e até graças a necessidade de muitos astrólogos manterem-se em dia com suas contas a pagar, o que força muitos a trabalhar com outras atividades melhor remuneradas. Não. O Astrólogo não é sempre aquela figura toda fantasiada (alguns com turbante e tudo), coberto de jóias e com ar de “sabe-tudo” cheio da grana. Existem alguns sim, mas a grande maioria é de trabalhadores incansáveis, negando diversas vezes o próprio conforto, ao atender clientes que ligam fora de horário, pesquisar muito, procurar aperfeiçoamento constante, reciclagem e esclarecer aos que combatem esta arte-ciência, ao falarem sem que saibam do que estão falando. Os verdadeiros astrólogos estão preocupados com o desenrolar da vida cotidiana, com a situação política da sociedade a que pertencem e do mundo em geral, pois sabem que o que afeta um afeta a todos. Aquele que é, de fato, um profissional e estudioso dedicado preza pela harmonia e pelas soluções mais diretas dos percalços que o ser humano enfrenta em seu caminho. O esforço de esclarecimento nos remete às origens da civilização, ainda quando os povos nômades, cujos antepassados não se sabe ao certo de onde vieram, traziam em suas tradições a arte de identificar a si mesmos com o universo à sua volta, em especial com as estrelas e com as cifras (números, geometria) dos estudos metafísicos que influenciaram posteriormente a outras tradições (a pitagórica, entre elas). Desde o princípio (Mesopotâmia e até bem antes disso), o astrólogo é aquele que, profundamente consciente dos problemas e dos recursos de sua comunidade, procura e encontra soluções, auxilia no planejamento da vida de cada membro do grupo, leva o auto-conhecimento aos que o procuram e, de quebra, funciona como uma espécie de sacerdote, religando as consciências à Divindade inerente a cada um. Ora, o astrólogo, de praxe, era o mago da tribo, o hierofante, o conhecedor das Leis Divinas, aquele que trazia as “notícias” dos deuses para a vida mundana, informações vitais para a sobrevivência da tribo e das cercanias. Era (e ainda é) preciso uma afinidade toda especial com a coletividade, um misto de compreensão das motivações humanas, da consciência das necessidades práticas de toda a engrenagem social com uma capacidade de ver tudo isso numa escala ampla o suficiente para associar eventos, pessoas, ciclos e coisas a uma Fonte Única. A presença de um astrólogo (ou mago, sacerdote, sacerdotisa e correlatos todos os que, de algum modo, compreendiam as leis divinas atuando na natureza através do vínculo com a Tradição) era tão fundamental nessas sociedades que muito pouca coisa se fazia sem sua orientação. Se o assunto era agricultura, era o astrólogo (astrônomo, economista, geógrafo) quem melhor sabia definir a época correta (ou mais propícia) para plantio, não só pelo conhecimento exato das estações do ano, mas, pelas características celestes da época da semeadura e da colheita, podia fornecer dados detalhados das circunstâncias a serem vivenciadas em todos os períodos (antes, durante e depois da colheita se esta iria ser farta ou não, o que precisaria para melhorar, etc). Nos casamentos era o astrólogo (sacerdote) quem demonstrava os prós e contras, para que se pudesse ter uma idéia da índole dos envolvidos (o casal, os pais, a família). Havia sociedades em que essa “pré-visão” era solicitada muitos anos antes do provável casal chegar à idade propícia (falo de uma época bem anterior à dos casamentos forjados e forçados que a História relata). Se era necessário fazer alianças com outras tribos ou comunidades, eram os astrólogos os consultados. Se havia guerra, os estrategistas, se não eram eles mesmos astrólogos, os consultavam. Para melhores resultados em decisões individuais (ou em conselhos coletivos), num determinado dia, lá estava alguém de olho nos céus, medindo e calculando posições dos planetas, estrelas, percebendo os sinais da Terra e do Céu e entendendo o desenrolar potencial dos atos antes que tudo fosse acionado. Se alguém adoecia, quem era o médico? Não outro senão o sacerdote, o mago, o sábio (inclui-se aqui a mulher com os mesmos atributos), que via na natureza (e no céu) as correspondências que curavam ou que restabeleciam o equilíbrio. Mais uma tarefa para os astrólogos antigos. Na Idade Média, reservado à nobreza, o serviço astrológico tornou-se mais “mitológico” do que já costumava ser para a maior parte das pessoas, desprovida de conhecimentos mínimos sobre qualquer assunto. Como as doutrinas religiosas começavam a se firmar, tudo o que não estivesse dentro do escopo de sua forma externa, isto é, qualquer forma de compreender esse vínculo dom a Divindade (e a Criação-Humanidade), costumava ser vista como algo prejudicial (exceto nas comunidades pagãs, posteriormente invadidas pelos ditos “civilizados”). Na Idade Moderna, a fundamental contribuição às Grandes Descobertas, com as cartas de navegação, a eleição dos dias propícios ao zarpar dos navios e as orientações aos reis e nobres na competição das potências marítimas. A Escola de Sagres contava com sábios provenientes de escolas iniciáticas, dos Templários e outras linhas da Tradição, que detinham os mesmos conhecimentos dos antigos, mas, então, auxiliados por instrumentos mais sofisticados e pelo acúmulo de documentos-fonte. Até nisso os astrólogos eram imprescindíveis, pois muitos foram escalados como médicos de frota, navegadores, pilotos e construtores (navios, fortalezas, igrejas, etc conheciam geometria como ninguém). Entretanto, em todas as épocas, esses magos astrólogos não eram procurados por falarem coisas difíceis de entender, mas pelos resultados concretos que seu trabalho revelava. Charlatães sempre existiram e sempre existirão em toda e qualquer atividade humana da qual a comunidade dependa em algum grau. Não importa quantas nem quais leis sejam feitas, isso é um problema humano, não é exclusivo de um sistema político, de religião, de uma raça, de uma região ou de um tipo qualquer de criação familiar. Acontece que a Astrologia começou a perder seu crédito a partir do momento em que muitos inescrupulosos se aperceberam que as indicações dadas pelos magos-sacerdotes-astrólogos eram respeitadas a tal ponto que estes ganhavam um certo poder. Apesar disso, eles (os astrólogos honestos) não se importavam com o poder, mas com a possibilidade de ver o circuito cósmico em andamento e funcionar como canais para o mesmo fluxo cósmico que os antigos liberavam em seus trabalhos. É muito fácil se fazer passar por alguma coisa, quando não se tem informações precisas a respeito dela. Assim, também era (e ainda é) fácil enganar o povo com imitações baratas de algo sagrado e de grande valor. Com isso, o acúmulo de erros cometidos pelos falsos astrólogos foi provocando a descrença naqueles que, com um mínimo de discernimento, percebiam suas falcatruas.Após a Revolução Industrial piorou ainda mais a situação da Astrologia, já que o número crescente de pessoas em condição de exercer certo domínio sobre a natureza afastava a idéia de encontro e comunhão com uma divindade que, pelos padrões de pensamento da época (materialista e darwinista social) estava cada vez mais distante ou indiferente. Entretanto, os ciclos sempre retornam ao início e estamos agora sendo beneficiados pela mesma tecnologia que nos relegou injustamente à categoria de pseudo profissionais. Agora temos computadores potentes, Internet, aviões, telescópios, sondas espaciais, tudo isso conspirando para confirmar que este saber milenar sempre foi correto. As analogias de cada planeta real com seu correspondente simbólico são surpreendentemente idênticas. Saturno ou Cronos, senhor do tempo, mas também das alianças, dos acordos, das muralhas protetoras que circundam uma fortaleza é conhecido pelos belíssimos anéis ao seu redor. Coincidência? Essa palavra ainda será banida dos dicionários. Após tantos milênios, a Astrologia continua desempenhando seu papel orientador, apesar de ofuscada pelas luzes artificiais das novas ciências. Teoricamente, a Geografia, a Agronomia, a Meteorologia, a Química, e a Engenharia Mecânica dominaram a agricultura, dispensando o trabalho do astrólogo nesse campo. Eu disse teoricamente. A Medicina moderna substituiu (na cabeça das pessoas) muito do trabalho de curador astrólogo, os serviços de encontros de casais fornecem uma espécie de análise de perfil para um relacionamento, os modernos psicólogos abrem as portas para o auto-conhecimento e a Estatística prediz tendências para alguns meses ou anos. O astrônomo define os calendários, o físico projeta telescópios cada vez mais potentes e os engenheiros calculam cada vez mais exatamente o modo como chegar a outros planetas que antes só se via a olho nu. Sim, o saber astrológico foi posto de lado pela sociedade comum, mas de forma alguma se tornou obsoleto. Estas ciências são bastante complexas, enquanto que a Astrologia, a despeito dos anos necessários para um bom aprendizado, é simples, pelo simples fato de estar contida em nosso inconsciente coletivo. Hoje em dia, mais do que nunca, a Astrologia é fundamental, seja como síntese de todas as ciências citadas acima, seja como vínculo, como ponte de ligação entre elas e como origem da maioria. É uma base multidisciplinar, e, por que não dizer, transdisciplinar, que reúne todos os outros atributos e mais um que tais especializações não têm: a lógica do universo, a ordem que existe sobre o caos aparente e um contato com os ritmos que nos compõem a todos. A Astrologia nos permite ver a maravilha sem fim que é a Existência, dando-nos a certeza disso. Não, a Arte não é desnecessária, pelo contrário. Está cada vez mais firmando seu valor e sua característica de prestação de serviço a Grande Família Humana na Terra. Ela ainda é uma base de apoio ao médico, se este assim o deixar, abrindo seus horizontes a esse conhecimento cíclico. É um método de harmonização numa comunidade aparentemente desagregada, se assim os dirigentes o deixarem. É uma técnica de planejamento confiável para famílias, empresas, empreendedores individuais, sistemas científicos, casamentos, educação, e tantas outras atividades humanas, tantas quantas puderem ser criadas, uma vez que a Astrologia é um saber holístico e, por isso mesmo, presente em tudo o que o ser humano possa criar. Ela ainda é um meio de fazer com que as forças cósmicas conspirem a nosso favor, caso saibamos quais são os ritmos naturais, possíveis de ser identificados apenas por quem detém tal conhecimento. A Astrologia é um serviço à comunidade, feito por puro amor ao próximo, muito antes de ter se tornado uma arte exclusiva de uns poucos privilegiados. O legado é vastíssimo e a verdadeira vocação do astrólogo ser o ponto de apoio da comunidade não pode, de forma alguma, ser perdida de vista. Por que o astrólogo cobra pelos serviços hoje em dia? Não é de hoje que o astrólogo é pago. SEMPRE foi assim, mesmo quando ainda éramos errantes e pouco organizados socialmente pelo mundo. A diferença é que o pagamento nessa época remota era feito pelo retorno em benefícios que a sociedade obtinha (colheita, abrigo, crescimento, conforto), mantendo o astrólogo sempre com recursos que captava indiretamente da sociedade. Muitos trabalhavam em outras atividades como forma adicional de movimentação da economia coletiva. Outros eram mantidos no estudo, para que pudessem estar sempre prontos a fazer um bom trabalho. Por que dizer que é por puro amor ao próximo? Por que não dizer que é apenas para proveito próprio, ganhando dinheiro com um saber tão hermético a ponto de apenas uma parcela da humanidade ter tido acesso a ele? A resposta reside no fato do praticante dessa arte-ciência ser um abnegado estudante em tempo integral, de estar enraizado em sua cultura, sem, contudo, estar preso a ela, de perceber que toda ação tem uma reação de igual força na direção contrária e que isso constitui a Lei do Retorno. Não é algo fácil de explicar, esse sentimento. Como fazer com que acreditem que alguém assim ama, com toda a intensidade, ao Ser Humano, por se tratar da própria imagem de Deus? Como entender que, apesar de ser tão imperfeito quanto qualquer outro irmão seu, o astrólogo (o verdadeiro) só quer o bem-estar daqueles que ama, ou seja, todos? Se assim era no passado, isso não deixou de ser verdadeiro agora. O que muda é a evolução da consciência de cada um. Ser astrólogo não é, como muita gente pensa, ficar conjecturando, olhando para o céu e babando pelas estrelas sem um sentido de utilidade e dizendo termos incompreensíveis a cada vez que um cliente vai ao seu encontro em busca de ajuda. Ao contrário, é função do astrólogo mostrar vias alternativas inteligíveis para que cada um possa viver melhor, da maneira que lhe convier e isso não se trata somente de auto-conhecimento, que, por si só, já uma ajuda enorme. Trata-se de ampliar os horizontes das pessoas, de adquirir experiência com o contato com elas, assimilando-as em si, encontrando-as dentro de si mesmo, desejando que possam encontrar o melhor caminho a seguir e mostrando, com a devida clareza para a época e lugar, as correlações que os símbolos mostram para um bom desempenho em todas as áreas da vida. Numa cidade pequena (onde a religiosidade ou o conservadorismo não interfiram muito) pode-se encontrar um astrólogo que seja respeitado, atuando como apoiador e incentivador comunitário ou como aquele que ajuda a decidir questões diversas. Muitos costumam atuar em áreas culturais e educacionais, pois isso garante maior abrangência. Numa cidade grande, onde existem muitos astrólogos atuantes, é importante haver uma setorização por bairros ou regiões, fazendo com que cada um possa fazer esse serviço de alavancagem social. Sendo assim, a forma de relacionamento entre cada um desses profissionais pode vir a ser bastante harmônica, alternando atendimentos em áreas diferentes, ensino, trocas de experiências com os alunos de todos os setores, colaborações de uns nos espaços dos outros, mantendo o circuito em funcionamento. Se pudermos definir qual é a verdadeira função do astrólogo nos dias de hoje, qual será ela? Dar esperanças? Também. Falar da psicologia das pessoas (como elas são)? Sim, mas isso é muito pouco para o que é possível fazer. Muita gente acha que uma consulta de astrologia é garantir que vai ouvir o que já sabe sobre si mesmo, quando a maior parte do que ouve é sobre o que não sabia. E quanto a predizer o futuro? Impossível. O futuro é variável e moldável segundo nossa vontade, especialmente quando sabemos usá-la. Obviamente os ciclos astrológicos podem definir as circunstâncias de uma época do porvir, mas os eventos quem faz somos nós, nosso arbítrio. Como definir para que serve um astrólogo? Um colega de profissão e amigo costuma dizer que se você sente dor de dente, vai ao dentista. Se está com dores no corpo, vai ao médico. Se está confuso e deprimido, vai ao psicólogo. Mas qual é o momento de se procurar um astrólogo? A resposta é: num momento crucial, nas horas de dúvida, nas tentativas de planejamento, na busca por uma ordem para o caos da vida, na hora da morte, na hora do nascimento de um filho, nas festividades, nos encontros coletivos, na expectativa, na busca de cultura ou de um sentido para a própria existência, talvez uma filosofia de vida. O astrólogo é o amigo, é o irmão, é aquele que se deleita com a felicidade alheia. Procura-se o astrólogo quando muitos já falharam. Procura-se um astrólogo, quando se precisa de incentivo, mesmo quando as circunstâncias estão contra. Procura-se um astrólogo para saber quando ter cautela numa empreitada. Procura-se um astrólogo para saber o desenrolar de uma atitude, as características de algo que se pretende começar e onde se inserir nesse contexto. Posso enumerar tantos motivos para uma consulta astrológica que não vale mais a pena continuar. Além de todos eles, ainda temos a funcionalidade do apoio às profissões que, supostamente, substituíram a função do astrólogo. Supostamente sim, porque o astrólogo é insubstituível.

Que belas são, as mulheres da minha geração-Traduzido por Luís Augusto Michelazzo..

Hoje têm quarenta e poucos, inclusive cinquenta, e são belas, muito belas, porém também serenas, compreensivas, sensatas e sobretudo diabolicamente sedutoras, isto, apesar dos seus incipientes pés-de-galinha ou desta afetuosa celulite que capitaneiam suas coxas, mas que as fazem tão humanas, tão reais. Formosamente reais.Quase todas, hoje, estão casadas ou divorciadas, ou divorciados e recasadas, com a intenção de não se equivocar no segundo intento, que às vezes é um modo de acercar-se do terceiro e do quarta intento. Que importa?Outras, ainda que poucas, mantém um pertinaz celibatarismo e o protegem como a uma fortaleza sitiada que, de qualquer modo, de vez em quando abre suas portas a algum visitante.Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração! Nascidas sob a era de Aquário, com a influência da música dos Beatles, de Bob Dylan, de Lou Reed, do melhor cinema de Kubrick e do início do boom latino-americano, são seres excepcionais. Herdeiras da revolução sexual da década de 60 e das correntes feministas, que entretanto receberam passadas por vários filtros, elas souberam combinar liberdade com coqueteria, emancipação com paixão, reivindicação com sedução.Jamais viram no homem um inimigo, apesar de que lhe cantaram umas quantas verdades, pois compreenderam que se emancipar era algo mais que colocar o homem para esfregar o banheiro ou trocar o rolo de papel higiênico, quando este tragicamente se acaba, e decidiram pactuar para viver em dupla, essa forma de convivência que tanto se critica, porém, que com o tempo, resulta ser a única possível, ou a melhor, ao menos neste mundo e nesta vida.São maravilhosas e têm estilo, mesmo quando nos fazem sofrer, quando nos enganam ou nos deixam.Usaram saias indianas aos 18 anos, enfeitaram-se com colares andinos, cobriram-se com suéteres de lã e perderam sua parecença com Maria, a Virgem, em uma noite louca de sexta-feira ou de sábado, depois de dançar "El raton", de Cheo Feliciano, na Teja Corrida ou em Quebracanto, com algum amigo que lhes falou de Kafka, de Gurdjieff e do cinema de Bergman.No fundo de suas mochilas havia pacotes de Pielroja, livros de Simone de Beauvoir e fitas de Victor Jara, e ao deixar-nos, quando não havia mais remédio senão deixar-nos, dedicavam-nos aquela canção de Héctor Lavoe, que é ao mesmo tempo um clássico do jornalismo e do despeito, e que se chama "Teu amor é um jornal de ontem".Falaram com paixão de política e quiseram mudar o mundo, beberam rum cubano e aprenderam de cor canções de Silvio Rodriguez e Pablo Milanez, conheceram os sítios arqueológicos, foram com seus namorados às praias, dormindo em barracas e deixando-se picar pelos pernilongos, porque adoravam a liberdade e, sobretudo, juraram amar-nos por toda a vida, algo que sem dúvida fizeram e que hoje continuam fazendo na sua formosa e sedutora madureza.Souberam ser, apesar da sua beleza, rainhas bem educadas, pouco caprichosas ou egoístas. Deusas com sangue humano.O tipo de mulher que, quando lhe abrem a porta do carro para que suba, se inclina sobre o assento e, por sua vez, abre a do seu acompanhante por dentro.A que recebe um amigo que sofre às quatro da manhã, ainda que seja seu ex-noivo, porque são maravilhosas e têm estilo, ainda quando nos façam sofrer, quando nos enganam ou nos deixam, pois seu sangue não é tão gelado o suficiente para não nos escutar nessa salvadora e última noite, na qual estão dispostas a servir-nos o oitavo uísque e a colocar, pela sexta vez, aquela melodia do Santana.Por isso, para os que nascemos entre as décadas de 40 e 60, o dia da mulher é, na verdade, todos os dias do ano, cada um dos dias com suas noites e seus amanheceres, que são mais belos, como diz o bolero, quando está você.Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração!A tradução é atribuída ao jornalista Luiz Augusto Michelazzo. Quem consegue comprovar?Existe um arquivo em pdf com o que parece ser o texto original de Las mujeres de mi generación, arquivado pelo Ceme, um centro de documentação chileno, sob a rubrica "movimentos femininos". Vai saber...
Texto supostamente escrito por Santiago Gamboa, escritor colombiano, é autor de vários livros, incluindo "A Síndrome de Ulisses", traduzido para o português e de "Perder es cuestión de método", que virou filme de Sergio Cabrera. Li artigos dele no Babelia, suplemento literário do jornal espanhol El Pais e sei que publicou um último livro Hotel Pekin, em 2008. Vi sua foto no site da editora e compartilhei de inúmeros elogios à sua narrativa, ágil, cinematográfica...

Não se faça de VÏTIMA!!!!

Não se faça de vítima!:: Graziella Marraccini ::
Na semana passada, escrevi um artigo analisando sucintamente o mapa de Michael Jackson, esse astro da musica que como um cometa se foi rapidamente pela Terra, deixando um rastro brilhante atrás de si. Os acontecimentos dessa semana me fizeram refletir sobre nossa missão de vida, sobre o rastro que cada um de nós irá deixar atrás de si após a partida. Nem todas as pessoas deixam rastros tão brilhantes, porém todos nós vamos deixar rastros, ou pelo menos, a meu ver, é para isso que estamos aqui. Viemos não somente para nossa evolução espiritual individual, mas para que, com nossa passagem, possamos deixar uma marca, um sinal de nossa existência. A vida seria muito vazia se não deixássemos algo atrás de nós. Por essa razão, precisamos conhecer nossa missão. A meu ver, não existem missões grandes ou pequenas, pois cada um de nós está num estagio diferente de evolução e por isso sua tarefa será diferente a cada encarnação. No entanto, eu percebo que muitas pessoas procuram enveredar no caminho espiritual, mas o fazem de maneira egoísta, não se preocupando com aquilo que estão deixando em volta de si. Pensam, mas estão enganados, que basta estudar, ler livros, frequentar cursos, frequentar centros espiritualistas e com isso estarão fazendo sua evolução. Não, meus caros, evoluir espiritualmente é muito mais do que isso! Muitas vezes eu recebo em meu consultório pessoas que me dizem: "Eu conheço meu mapa, conheço minha missão, sei o que devo fazer, mas encontro muitos obstáculos no meu caminho, por isso não consigo evoluir". E muitas vezes acrescentam: "A culpa é dos outros que não me deixam evoluir", ou ainda "Não consigo meditar, por causa disso, por causa daquilo" e lá se vão muitas desculpas sempre focadas 'nos outros' que acabam levando a culpa pelos nossos fracassos! Continuamos focados em nosso próprio umbigo! O problema não está nos outros mas em nós que não damos ouvido à voz do nosso Mestre, ocupados que estamos a invejar, odiar, detestar ou maldizer os outros! Evoluir espiritualmente é muito mais do que isso, meus caros leitores. E percebo isso todos os dias. A autopiedade, a retaliação, a frustração, a vingança, são sentimentos que precisam ser banidos de nossos corações, pois são eles os verdadeiros 'culpados' por nossos fracassos. Se conseguirmos substituir esses pensamentos negativos e essas reações emocionais ditadas por nosso ego ferido e os substituirmos por sentimentos positivos, de amor, de perdão, de compaixão, de generosidade, estaremos abrindo as portas ao fluxo de energia necessário para chegar no fim de nossa passagem sobre a Terra e ter feito a diferença, tendo deixado um rastro de luz atrás de nós. Se perdemos tempo e energia focalizando a vida dos outros, tendo inveja ou raiva, como podemos ter energia suficiente para trilhar nosso próprio caminho? Nossa vida é uma senda pela qual levamos nosso 'carro' para alcançar um objetivo. Cada um de nós escolhe sua própria 'lenda pessoal' antes de encarnar. Nosso espírito escolhe o momento exato do seu nascimento, a família, o local onde nascerá para que essa lenda se cumpra totalmente. È por essa razão que o mapa do nascimento é tão importante para decifrar essa lenda pessoal. Eu gosto de fazer uma comparação: Nós somos como passageiros de uma carruagem, puxada por quatro cavalos. Os cavalos correspondem aos nossos instintos vegeto-animais, (já escrevi um artigo a respeito) aqueles que nos servem para a sobrevivência do nosso físico. Procurar prazer, nos comunicar, nos reproduzir, nos sociabilizar, faz parte do homem vegeto-animal. A meu ver a carruagem corresponderia ao nosso corpo físico, ou seja, ao invólucro usado pelo espírito que é passageiro da carruagem. Esse passageiro, porém, não sabe onde ele irá levar sua carruagem, e pode percorrer o caminho levado pelos seus impulsos de sobrevivência. Por essa razão, se ele não conhecer profundamente as necessidades de cada cavalo, acabará cansando-os ou esgotando suas energias e a carruagem irá parar. E, se o passageiro não prestar atenção às valetas, aos obstáculos ou às pedras do caminho, acabará quebrando a carruagem, avariando-a e precisará parar antes de chegar ao seu destino. O passageiro tem, no entanto, dentro de si, uma voz, a voz do Mestre Interior que se conecta diretamente com a Luz. O Mestre Interior conhece a senda, conhece os obstáculos e conhece o destino final, ou seja, a missão individual. Ele procura ajudar o passageiro a dirigir a carruagem, dando-lhe conselhos, dirigindo suas escolhas. Eu costumo comparar o Mestre Interior como o Guia ou Anjo da Guarda que nos protege e nos indica o caminho. Só que nem sempre o passageiro escuta seus conselhos, distraído que está a olhar a paisagem ou as outras carruagens que o ultrapassam e que muitas vezes são mais bonitas que a sua. Então, neste momento, ele cai num buraco, não vê a valeta, e perde de vista seu destino, pois sua energia estará sendo desperdiçada em emoções descontroladas, sentimentos de inveja, de rancor ou de raiva. Alguns outros passageiros levam sua carruagem nas trilhas já traçadas por outras carruagens que passaram anteriormente e não fazem suas próprias escolhas. Eles repetem condicionamentos traçados pelos ancestrais, pela sociedade em que vivem, pelos pais que os criaram e não ouvem a voz do Mestre e tampouco sabem conduzir sua própria carruagem, deixando que os cavalos a dirijam. No entanto, aqueles que enveredam no caminho da espiritualidade e procuram realmente conhecer sua missão, podem canalizar suas energias na direção de sua meta, escutando os conselhos do Mestre, conselhos esses que todos podem ouvir. No entanto, quando perdemos alguma oportunidade de crescimento espiritual, e não compreendemos a razão do obstáculo que enfrentamos, a Voz do Mestre se faz ouvir e nos envia um aviso. Um obstáculo, uma valeta, um desvio, uma curva fechada na estrada da vida: esses são os avisos do Mestre. Porém, se nosso coração estiver preenchido com ódio e rancor, como escutá-lo, como compreendê-lo? Essa semana podemos começar a abrir nossos ouvidos aos conselhos do Mestre Interior, fazendo uma pequena meditação diária com o auxilio do nome do Gênio Cabalístico de nº 66, MANAKEL. Seu nome significa Deus que secunda e mantém tudo sobre o mundo. Seu Salmo de oração é o de nº 37. Meditem nas três letras que compõem seu nome e peçam para afastar de sua mente o 'sentimento de vitima' e para poder ouvir a voz do Mestre interior.KAUF NUM MEMLer da direita para a esquerda. 66. RESPONSABILIDADEUma semana cheia de Luz e de sentimentos de Amor!