Grandeza e Miséria do Homem
por
Professor Rubens Costa Romanelli
livro "O Primado do Espírito"
Que extraordinário poder tem o homem! Que revolução profunda não operou ele à face da Terra e que prodigiosa transformação não imprimiu à fisionomia das coisas!
Ele abriu caminhos ao progresso, na Terra, nos mares e nos ares. Modificou o curso dos rios, arrasou montes, conquistou territórios ao mar, drenou pântanos, fecundou o solo, criou novos espécimes vegetais e animais, apropriou-se da energia atômica, edificou suntuosas cidades, arrancou as riquezas ocultas nas entranhas da terra e dominou o raio nas altitudes do céu.
Por toda parte, deparam-se-nos os vestígios de seu construtivo e perseverante labor. Da mísera choupana passou ao majestoso arranha-céu; do frágil e minúsculo veleiro passou ao luxuoso e gigantesco transatlântico; do lento carro-de-boi passou ao célere avião; das estreitas e tortuosas picadas passou às estradas amplas e pavimentadas: das pequenas indústrias manuais passou às grandes indústrias mecânicas.
Observe-se, todavia, que esse mesmo homem que operou tamanhas maravilhas detem-se impotente diante de si mesmo! A tudo ele tem podido transformar. Só ainda não pode transformar aquilo que é o agente de todas as transformações: o seu próprio ser! Sua fisionomia moral é ainda a mesma de seus antepassados da caverna.
Que belo não será o mundo quando o homem, introvertendo-se, se dispuser a transformar-se a si mesmo!
Paz a todos
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