terça-feira, 1 de maio de 2012
Somos movidos por desejos. Isto Freud já dizia há mais de 100 anos e seguimos assim.
Processo natural que nos nos convida a ação e o caminhar na vida. Agora é importante perceber até que ponto este desejo é pautado em uma lógica de querer algo que nos beneficie efetivamente ou simplesmente, um desejo pautado na busca da satisfação de um ego vaidoso.
Na segunda hipótese, o resultado é sempre a frustração, pois na verdade o desejo não é pela realização em si, mas sim, para nos colocarmos diante do olhar do outro de forma a satisfazer nossa vaidade. Simplesmente se quer aquilo sem ao menos, ter condição de realizá-lo. Quer algo sem ao menos ter feito por onde merecer e por vezes, nem merecemos o que queremos. Mas o ego é cego para a sensatez, ele quer e pronto, é uma verdade só sua assim como será a frustração de não conseguir.
Toda realização requer planejamento antes da ação, sendo que esta ação deve vir acompanhada pelo senso de competência e merecimento em realizá-la.
Ser adulto é saber de seus limites. Traçar planos claros e possíveis, e não querer os céus por achar que somos os melhores do mundo ou escolhidos por uma força divina.
Como dizem no popular: “menos”. O céu é o limite sim, mas faça por onde e não apenas deseje e querendo que o universo conspire a seu favor sem que você tenha feito nada para que isto acontecesse.
Isto é sensatez e pé no chão. E é partindo do chão que se alça vôo, mas primeiro, prepare suas asas. Are a terra, semeie e depois sim, aguarde a colheita.
Fernando Martins-STUM
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