sábado, 8 de janeiro de 2011

Matrix

Uma das coisas mais complicadas de se entender quando ainda não se alcança um despertar mais avançado é a natureza da ilusão deste mundo. Isso porque, condicionados por uma vida inteira, ou várias vidas passadas, as pessoas têm a atual realidade aceita, totalmente absorvida em cada faísca de pensamento, conceito e compreensão. Torna-se então difícil de entender como algo tão complexo, tão cheio de vida própria pode ser uma ilusão criada para propósitos nada altruístas para com a humanidade. As respostas são até singelas para explicar o porquê deste mundo, mas funcionam corretamente, exercendo bem seus papéis.


Antes de mais nada é preciso compreender exatamente do que estamos falando. Não falamos da realidade 3D, deste conceito que temos da matéria densa na qual vivemos. Essa é outra história, primordial e sem a malícia que muitos teimam em dar a ela. Esta é Maya. Sua criação fora unicamente para propósitos experenciais e cumpriu bem seu papel até agora. Todavia não é dela que falamos, e sim, da ilusão deste orbe terrestre, que mais do que um amontoado de mentiras e situações inúteis, é um grande véu que impede a consciência humana de encontrar a si mesma e as grandes maravilhas da existência transcendental.



Não podemos atestar um início absoluto para a criação desta ilusão, seria leviandade, mas podemos nos situar em seu contexto mais amplo e compreender o porquê de si mesma.


Sabemos que o conhecimento é poder, e que o poder quando mal administrado corrompe. Durante grande parte da história da humanidade, desde seus primórdios racionais, estivemos seguindo junto com a correnteza, fluindo com a vida e experenciando suas peculiaridades. Mas por causa de intervenções ímpares em nossas construções biológicas, acabamos estancados em diversas áreas do conhecimento e experiência universal. Uma delas é a espiritualidade, que molda nosso avanço e entendimento do mundo e de nós mesmos.


Essas intervenções a princípio não tinham características sórdidas, era algo fruto de certa irresponsabilidade e que acabou acarretando uma série de acontecimentos que deram início à verdadeira manipulação. Então, querido leitor, não devemos condenar esta ou aquela atitude, não podemos dar nomes aos culpados simplesmente por suas atitudes impensadas. Lembremos que a inteligência não é sinal de sabedoria e que todos são passíveis de erros.


Mas então o que acontece quando alguns indivíduos, dotados de conhecimento e entendimento privilegiado, além de uma espiritualidade mais latente, acabam provando do poder e adorando? Eles querem mais. E essa sede por mais foi a faísca da criação do mundo de mentiras que presenciamos nos dias atuais, mas que está prestes a cair por terra.


A Criação


A complexidade que vemos no mundo não foi criada da noite para o dia. Como qualquer obra de arte, começou com os preparativos, depois o esboço e as primeiras pinceladas. É necessário muita paciência, e uma mente privilegiada e transcendente para manter o controle sobre a obra. Uma consciência, ou consciências, que não estão limitadas pelas barreiras temporais. Quando se diz que algo dessa magnitude, que perdura há milhares de anos, não pode ter sido criada por uma mente humana, é uma constatação inteligente e racional.





A primeira fase é a criação do cenário. Aqui temos a base da ilusão, para que as mentes fiquem presas e encantadas pelos olhos e pela interpretação óbvia. O cenário contém os conhecimentos básicos relativos à matéria: vida, morte, nascimento, reprodução, mente, coração, órgãos internos, cérebro, pensamentos, ideias, sentimentos, emoções, conhecimento, desenhos, escrita, matemática, equações, soluções, respostas complexas, respostas ambíguas, mistérios, segredos, etc. Todos manipulados previamente para um entendimento errôneo.


Quando os materiais estão todos prontos a serem usados, então são criados os pilares do cenário: Religião, Política, Educação, Ciência, Entretenimento e Guerra.



A humanidade então vai evoluindo sobre estes pilares, construídos com materiais de qualidade duvidosa, que acabam iludindo e criando falsas convicções filosóficas e científicas a respeito do mundo e de si mesma. O interno recebe grande atenção da Religião. Mas seus materiais também estão corrompidos e o interno acaba sendo desconstruído para adaptar-se às imperfeições de seus dogmas e conceitos.


A Ciência, ainda tímida, uma vez que o externo para ser atestado verdadeiro, necessita de mais do que palavras e intuições, e sim de provas físicas, começa então a ganhar força e trazer o homem para seu exterior, criando um contraponto com o interno e um conflito ideológico, perdurando por tempo indeterminado no psiquismo humano.


A Educação à princípio vem para trazer algumas respostas para os questionamentos naturais do ser humano, recebendo-as todavia de fontes obtusas e filtradas. Assim é ensinado o básico e verdadeiro sobre a realidade física através da Matemática, idioma universal e que para os fins da própria criação da Matriz necessita ser passada isenta de conflitos e inconstâncias. Todavia, a mesma Educação exerce um papel de dupla personalidade ao ministrar falsos eventos históricos como maneira de moldar o pensamento presente e, por conseguinte, a consciência futura. Então temos as criações de mitos e de mentiras históricas. A verdadeira história se perde, limitando e obstruindo a consciência humana de entender a si mesma, que além disso, com a intervenção da ciência, ainda tem uma referência totalmente insconstante de sua verdadeira natureza.



A Política surge como uma maneira piramidal de exercer o poder direta e indiretamente, além de servir de falso farol de delegações de poderes, responsabilidades e lideranças, fazendo com que o ser humano se sinta seguro por ter alguém no controle da situação para seu próprio bem e a de seus familiares. Todavia, a Política nunca, em momento algum de sua história, teve a intenção de servir a população, apenas a de continuar de forma perene no controle de todo o andamento social e econômico, servindo em maior escala aos propósitos ilusórios de seus controladores. Nada mais que a perpetuação de ícones.


A Guerra surge única e exclusivamente para criar estados mentais de medo, o alimento máximo da Matriz. Nunca teve a ver com disputas territoriais, ideológicas ou religiosas; essas são disposições inferiores nas mentes de manipulados e manipuláveis. Por cima de tudo e de todos, apenas o medo é que realmente fundamentou a instituição de todas as guerras já criadas ao longo da história da humanidade. E com o advento das modernizações da Matriz, como o sistema financeiro, por exemplo, acabou servindo também para auxiliar o andamento da máquina ilusória como um todo.



O Entretenimento vem justamente para impedir o questionamento e a busca pela verdade, uma vez que prende a mente numa gaiola fictícia e paliativa para as dores e tristezas mais fundamentais do vazio existencial nativo do ser humano. Então são criados os esportes de competição. E com o passar dos séculos, a necessidade de ampliar sua capacidade hipnótica, o entretenimento acaba expandindo-se em novas vertentes, corrompendo inclusive a arte, e também se estabelecendo no reino das comunicações fundamentais. Todavia, sua única razão de existir é justamente o de colocar véus em frente dos olhos da humanidade.

A Segunda Fase

O próximo passo da implantação da ilusão é a expansão de seus fractais manipulatórios, de acordo com o avanço da própria humanidade. Aqui há o estabelecimento de 2 subpilares fundamentais: o Sistema Monetário e a Mídia, além do fortalecimento da Ciência. Nesta fase, a capacidade questionadora e ideológica do ser humano está em seu nível mais baixo, tornando-o robótico, desprovido de verdadeiras características humanas.



O Sistema Monetário veio como forma de limitar as experiências humanas, colocando grilhões em seus calcanhares para impedir o homem de continuar em sua liberdade existencial. A cobrança e o preço para manter-se vivo e fundamentado junto ao seu grupo veio para limitar os pensamentos e a maneira livre de encarar o mundo ao redor. Assim sendo, o trabalho como meio de contribuir para o bem estar de todos tornou-se uma maneira de sobrevivência, obrigatório para se tornar um cidadão. Sem ele, a exclusão do grupo torna-se iminente.

As jornadas de trabalho, os falsos benefícios, as contas a pagar, os tributos, a ato de pagar para se divertir, tudo isso são distrações mentais; limitações indutórias à involução espiritual e, por conseguinte, mentais e biológicas. Pagar para viver no mundo em que nasceu. Esta é a realidade do homem.

E juntando-se ao Entretenimento, veio o consumismo, efeito anestésico e sem nenhum fundamento; juntando-se à Política, veio os tributos e impostos; juntando-se á Religião vieram os dízimos e doações; juntando-se à Educação, veio a busca pelo sucesso financeiro; juntando-se à Guerra, veio o mercado bélico e tráfico de armas e, por conseguinte, tráfico de drogas e entorpecentes; e juntando-se à Ciência, veio o advento das indústrias farmacêuticas. Tudo formando um grande fractal manipulatório.



A Mídia ganhou força total nas últimas décadas devido ao seu grau elevado de aderência e aceitação, servindo então como grande estandarte da Matriz. As comunicações são filtradas para favorecer determinada ideia a ser implantada, e aliando-se ao Entretenimento, temos então a máquina perfeita para mudar o comportamento social e filosófico da humanidade como um todo. Cinema, Música, Internet, Videogames, Livros, Revistas, Jornais e Tevês. Tudo servindo a um mesmo propósito. E compreendendo o papel fundamental que o sexo tem no afrouxamento da capacidade ideológica do ser humano, foi criada a indústria pornográfica. Tudo encaixado, tudo planejado.

A razão de tudo isso? Impedir que alcancemos nossa verdadeira natureza, nossa divindade e, por ventura, liberdade espiritual. Impedir que saibamos que há um mundo por trás do mundo, que há muita vida além do que os olhos podem ver; que não estamos sós no universo e que temos a fagulha de Deus dentro de nossos âmagos. Controle, é disso que se trata.

Transição Planetária



Pois bem, querido leitor, compreendendo que a sociedade e todos os seus braços são o que de fato queremos dizer por Matriz, fica muito mais fácil de compreender como oferecer boas respostas quando a hora chegar. Pois perguntas serão feitas, é preciso saber respondê-las da maneira mais adequada para um verdadeiro entendimento.

"Se o mundo vai sofrer uma grande chacoalhada, por que então ainda existe tantos planos? Por que tantos investimentos financeiros, Copa do Mundo, Olimpíadas do Rio, missões da NASA, construções de plataformas de Petróleo, etc?"

Esta pergunta foi feita por meu irmão. Ele não é um desperto, mas também não dorme mais. Ele está na fase sonâmbula. Já assistiu "Zeitgeist", "Endgame" e "Quem Somos Nós?", já sabe sobre a existência de extraterrestres, tem uma noção de espiritualidade, mas mesmo assim, ainda está estancado e preso nas inconstâncias da dúvida. Portanto, só vai realmente compreender, quando algo grande acontecer, algo que traumatize. Muitas pessoas se encontram nesta posição, a maioria nem sequer é sonâmbula. E elas irão fazer perguntas, grande parte ainda antes dos principais acontecimentos, pois os véus estão caindo de maneira aguda e isso está abrindo espaço nas mentes das pessoas.