sexta-feira, 5 de dezembro de 2014



Com este texto de um filósofo e articulista português, desejo a todos um bom dia.
A Razão da Minha Esperança
Meu bom amigo, 
Sei que tens sofrido bastante.
Não posso esquecer que um dia me ensinaste: que leal é quem não abandona; que devemos procurar ser pessoas dignas de confiança, mais do que tentar encontrar alguém assim; e, que a vontade de amar já é, em si mesma, amor. 
Permite-me que partilhe contigo, hoje, algumas ideias a respeito dos momentos difíceis... 
São muitas as provas que na vida servem para testar quem somos, a força que temos em nós e o nosso valor. Algumas vezes uma pedra gigante vem cair mesmo diante de nós... outras vezes são séries infindáveis de pequenos obstáculos no caminho... longas etapas que nos obrigam a seguir adiante sem descansar, em percursos onde quase nunca se vê o horizonte. 
A agitação permanente em que vivemos leva muitos a desistir de encontrar referências mais adiante, mas é preciso que nos afastemos do tempo para assim encontrarmos a posição mais segura, elevando-nos acima dos momentos passageiros para os compreender melhor. No meio da confusão é preciso ver para além do que se pode olhar... estabelecer os alicerces sobre o que é sólido, ainda que seja preciso escavar muito mais fundo do que o normal... confiar sempre que há mais vida para lá desta. Que a nossa existência, tal como a conhecemos, é apenas um pedaço. 
Lembra-te que não há tantas verdades quantas pessoas, há uma só verdade... e imensas mentiras, erros e imprecisões. Confia na verdade, ainda que não a possas ver ou compreender. 
Não vás onde te levam as emoções. Nem vás para onde vão os outros. Constrói o teu plano com base na verdade que és, constrói-te... e sê feliz. Apesar de tudo. 
Não penses nunca que, por te escrever estas coisas, saberei mais ou estarei mais adiantado na viagem... não. Sou teu companheiro de caminho e procuro em ti, e através da tua luta, inspiração para a minha. Escrever é algo fácil e vulgar. Importante e determinante é cumprir um projeto de vida, com gestos concretos, sorrindo sempre apesar da vontade de chorar. Chorando, quando assim tem de ser, mas nunca desistindo de acreditar. 
Há uma esperança essencial à vida: a fé. Importa cuidar bem desta certeza. O sentido da nossa existência depende dela. 
Não desperdices energia a tentar eliminar o sofrimento. Podemos combatê-lo e limitá-lo através da fé, mas o sofrimento faz parte da vida. Fugir dele é escolher não viver. Lembra-te que Deus não está apenas no topo da alegria, está também no fundo da tristeza. Não estás só. Nunca. 
Não deixes que o pedregulho diante de ti te impeça de acreditar no horizonte que há para além dele... lembra-te que os obstáculos que encontramos no caminho tantas vezes nos conduzem para alegrias que doutra forma não iríamos abraçar. Não permitas que os longos tempos cheios de pequenos nadas te afastem da certeza da fé no que é pleno, bom e infinito. 
Eis a razão da minha esperança: olho para trás e vejo que na vida sempre me foi dado mais do que eu sonhei, que os meus desejos foram pequenos face às maravilhas que se realizaram diante de mim, para mim e em mim... aprendi com tudo isto a esperar pelo melhor, sem saber sequer o que isso significa... Acredito que contigo não será diferente. 
O futuro é um reino bem distinto de todos os que podemos imaginar. A única coisa certa é que estamos num caminho que não tem fim. 
Não permitas que nada perturbe a tua lealdade ao amor. 
Confio em ti e rezo por ti.
José Luís Nunes Martins, in 'Amor, Silêncios e Tempestades'

sábado, 22 de novembro de 2014

Eterna corda bamba!!! Vania Vieira, novembro de 2014.
Ausente ou inoportuna?
Vale decidir o que ser melhor ser...mas muitas vezes somos surpreendidas em nossas "boas intenções ", que nem sempre são avaliadas assim...
SE somos ausentes, somos tachadas de omissas e nos falta a vontade de ajudar quando necessário em muitas ocasiões....será a posição mais correta?
SE somos inoportunas por termos nosso jeito de pensar, nosso modo de cooperar, nossa opção espiritual e maneiras diferentes de ver a vida, aí somos invasivas , desrespeitosas...inoportunas , por não respeitarmos o "outro"...
Vidinha difícil  essa nossa....ou...somos nós que a tornamos difícil ?
quer saber mais???Lembrei-me agora de um ensinamento budista:" Viemos a este planeta, neste momento, com esta oportunidade de sermos nós...nada de ser, ter, ou possuir "o outro", seja ele quem for..."
Fica a dica!...
...tente discordar, concordando ou...concordar, discordando!
Nem que seja internamente...
Loucura, loucura, loucura!
"Sim, sinto saudades de momentos que não vivenciei...
Sinto saudades das pessoas que eu não conheci, dos lugares que ainda não visitei, das músicas que eu ainda não ouvi, das coisas que eu não sei...de amores que eu não viví, de romances que não escrevi, de desenhos que eu não tracei...
Saudades dos amigos que eu não fiz, das festas que não frequentei, das pessoas que deixei de conhecer e das coisas que eu não fiz...
Saudades dos sonhos que eu não tive, das oportunidades que não surgiram, das coisas que eu ainda não aproveitei, dos sabores e aromas que não senti, nem provei...
Sinto saudades da minha normalidade contida, da minha loucura reprimida...e do que mais?Saudades de mim!!!
Apenas sinto saudades...saudades do que não fui...do que não fiz...do que não viví...
saudades em mim!"
Vania Vieira, agosto de 2014.

sábado, 20 de setembro de 2014

Quem inventou o campo magnético que arrasta, de forma irresistível, uma alma para outra alma?
Companheiras eternas, não se perderão jamais... elas sentem, elas sabem, sorriem por trás do véu da separação, e, nada, nem ninguém, poderá destruir o amor que as uniu para sempre...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014


Acredito que tudo em nossa vida é um aprendizado e não importa o tempo e nem a idade, mas o que importa é continuar e ir passo a passo conquistando nossos sonhos, realizando nossos projetos, enriquecendo nosso conhecimento. Enfrento sempre os obstáculos com obstinação e coragem e é a força de vontade que te faz levantar e seguir em frente...aprendí...se cair, levanta; se chorar, sorria; se perder, ganhe novamente, mas nunca desista sem antes tentar, sem antes reagir e recomeçar...
Aprendemos a andar, caindo... era um levanta e cai, segurava em tudo, e por fim veio o primeiro, o segundo passo e ninguém mais o segurava...não foi assim? E ...
É, assim é a vida, um dia após o outro. Aprendemos a viver com as alegrias e tristezas, com as vitórias e derrotas, com nossos acertos e erros, com as realizações e decepções e vamos !!!
aprendamos a levantar e andar novamente...
POEMA DO MENINO JESUS-
Fernando Pessoa /Alberto Caieiro.
Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.

Depois fugiu para o Sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.

Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Que levam as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as cores que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos os dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos às cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um perigo muito grande
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios

Depois ele adormece e eu
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o na minha cama,
despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sonho.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
E deita-me na tua cama.
Despe o meu ser cansado e humano
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar...


Enviada do meu iPad
Eu os amei...assim...amor lunar...
Vânia Vieira ,
(o amor tem tempo indeterminado...)
E u amei cada barriga,
dos bebês redondos,
com cheiro bom,
de lavanda
feita por mim mesma.
E guardei essas meninas,
no meio dos meus seios.
como quem esconde tesouros...
Rindo, cantei
cantigas de amar...
de entoar...
cantigas de ninar..
cantigas de relembrar...

No calmo aconchego de tardes chuvosas,
estava lá...
ciosa do meu lar,
contente de ficar, ostra, uterina,
no enrodilhado dos dias banais...
Eu não amava a rotina,
mas estava lá...
pretenciosa no meu calar,
estava lá...
ouvindo muito,
dias passando...a esperar...
Eu, alma judia, canceriana, mulher lunar!!!
Num enroladinho de linho e seda me trouxeram as meninas. Cada uma delas apresentada num embrulho que eu caprichei: eram mantas macias, com cheiro bom, do perfume de lavanda feita por mim mesma para cada uma ...Enrolei-as em mim, depois de cada parto, no quente dos meus seios, na minha carne agora descansada.
Veio a primeira, olhos negros atentos, fitos em mim, o choro estancado apenas por me ver. Aninhei-a em meus braços. Veio a segunda, chorinho manso, clarinha, serena, aninhou-se. Veio a terceira, rosa branca, pele aveludada, na manta branca, uma princesa...mais uma princesa!!!
Eu me contentava em alimentar cada uma delas, cantarolar canções inaudíveis, apenas murmuradas; para cada qual um som, uma poesia diferente...
Minhas meninas se fizeram mulheres e já não posso prendê-las aos meus seios, tampouco calar-lhes as mágoas com cantigas de ninar. Cada uma traz a dor indizível, de menina, de mulher, porque todas as mulheres foram feitas para suportar as dores do mundo e sofrem de alguma maneira. Um mar se derrama por elas, ao menor descuido.
E eu, me surpreendo estupefata, as palavras fogem, e silêncio profundo se interpõe entre os nós, de nós quatro. Quatro mulheres que se amam e se buscam no barulho da casa, onde também vive uma coruja. Quatro mulheres mais uma: uma coruja , de uma rua cheia delas nos acompanha, essa que eu descubro ser a mais frágil, simbolizada pela criança que há em mim e que precisa se sentir forte para cuidar das outras três. Vou descobrindo entre um susto e outro, entre uma alegria e uma dor, o quanto amo cada uma delas, essas lindas meninas que parecem muitas vezes ter chegado de uma vez só. Um amor que às vezes se expressa em horas eternas, quando ficamos juntas, na concha-casa, sem querer arredar o pé porta afora. Eu sinto que preciso protegê-las...Ficamos horas enroladas em nossos mistérios íntimos, pairamos imunes aos aplausos ou críticas, no entreato de cada manhã e cada anoitecer, intercalando-se...
Padeço de ser mulher, padeço de ser mãe, padeço de uma alegria doída e mágica por cada uma das minhas filhas, geradas, amadas, retidas no meu coração.
Padeço de ser filha (e neta) de grandes mulheres, guerreiras como eu, mas também felinas da floresta, aguerridas lutadoras, feras da tragédia cotidiana, dum palco sem plateia, no anonimato dos dias, costurados com retalhos dos sonhos que permanecem. Padeço de ser avó...
Rendo-me ao zelo permanente, e curvo-me à rotina da caverna: este é meu rito e minha iniciação.
Vânia Vieira- dezembro de 1977.
Enviada do meu iPad
A SEMENTE E A LUZ
Quando vamos plantar algo no campo, temos que retirar as ervas daninhas que competem com a semente em seu crescimento. E também, por acréscimo, fertilizamos a terra para que a semente cresça com mais força. Temos que fazer estas coisas: Retirar o que não serve... e colocar o que é preciso para fortalecer a semente.
Assim também é nossa vida no dia a dia. Nós somos como sementes que estamos crescendo em consciência espiritual no solo desse planeta. De modo que muitas coisas, que são negativas na nossa vida... que são como ervas daninhas... devem ser arrancadas... sem medo... sem apegos.. sem consideração emocional. Porque... aqui estamos falando do crescimento da semente... da evolução das coisas em nós que são as mais importantes da nossa existência. Isto não significa rejeitar as coisas... mas arrancá-las mesmo.. quando não nos servem ao propósito superior da nossa vida.
Você não pode concordar com nada neste mundo que atrase o seu propósito evolucionário... porque é exatamente por isso que você está aqui neste planeta, neste Universo... neste exato momento. Sua vida só tem significado verdadeiro no caminho interno da evolução. Mas por apego e por sentimentos fracos... nós continuamos aceitando certas situações que não são concernentes ao nosso avanço de consciência... e assim continuamos como sementes sem crescimento... debaixo da terra escura... sufocadas... agoniadas... e todo o alimento da terra passa a ir para as ervas daninhas... que... com o nosso coração ignorante e penalizado por tudo que nos rodeia... acabam roubando toda a energia que o Universo nos destinou para avançarmos... ou progredirmos neste mundo enquanto almas a despertar em experiências neste planeta.
Olha! Sempre que você começa a querer se desenvolver consciencialmente neste mundo... sempre quando a semente começa a querer desabrochar... para se tornar uma grande e linda árvore... vão vir condições sinistras que vão tentar atrapalhar seu crescimento.... ou competir energeticamente com a sua semente. Elas, estas condições competitivas, sempre virão... e muitos, muitos, acabam desistindo do caminho. E é isto que se chama "as tentações". Por isso devemos ser determinados, no dia a dia.... a não nos associarmos com as ervas daninhas... e arrancá-las do nosso desenvolvimento a todo custo. Não se penalize nesta situação. A maioria das pessoas não está nem um pouco interessada em evoluir neste planeta.... Apenas brincam com a espiritualidade... assumindo alguma religião ou não religião para dar uma satisfação à sociedade. E por fim... te atrapalham a evoluir também... com suas opiniões e conselhos insensatos.
Além disso... devemos adubar a nossa terra interna com o estudo, com a meditação, com a oração, com a busca sincera e focada, com a centralização em nosso ser, com o sangue da nossa alma... para descobrir esta Realidade que está por trás de tudo... e que Se manifesta em nosso coração como Algo Supremo... e que é mais simples do que imaginamos. É desta forma, resolutos em nosso propósito interno... que nossa semente vai começar a virar um broto... e depois lançar folhas para absorver os maravilhosos raios do Sol... que representa a Vida, a Vitalidade Suprema. Neste momento... quando a nossa planta estiver mais desenvolvida... poderemos conviver com algumas ervas daninhas... porque estaremos fortes para não ser sucumbidos por sua influência energética... e também por sua negatividade evolutiva. Porém, isto é só depois de um tempo... quando você realmente está exposto diretamente aos raios do Sol... mas também numa quantidade moderada e saudável... de acordo com o quanto você pode se expor... em seu amor e receptividade de realização.
Assim, os tempos são curtos... e a vida é breve. Você é sempre uma semente eterna... mas tem que se plantar no solo do seu interno o quanto antes nesta vida material em que está atualmente. Você tem que se perguntar sempre: Porque estou aqui? Não deixe para depois. O solo desta forma humana é muito rico... e não devemos perder esta excelente oportunidade de realizar o mistério da existência... a conexão com o Supremo.. a felicidade em nosso coração... o êxtase de entender o que é esta Vida e a razão de tudo o que nos cerca. Você pode entender isto com profundidade, a real importância do tempo que você ainda tem por aqui?
Não vamos morrer, ou abandonar nosso corpo material, como sementes tristes e presas à terra do nosso corpo físico e mental... cheio de medos e lamentações. Levante-se agora mesmo... não importa a condição em que você esteja... e comece a adubar diariamente o solo do seu coração com sabedoria, devoção, entendimento, e amor! Comece hoje... da forma que você puder! O solo da existência, em todos os sentidos, vai fornecer tudo o que você precisa para sua semente crescer. E no fim você se tornará uma árvore de luz... assim como são os grandes mestres... árvores prontas tentando levar sua própria luz às sementes que estão dormindo em seus corações inférteis...no profundo da ignorância.... da escuridão.
E essa luz... a luz que você tem e realizou... será a própria Luz do Sol... que dá vida e consciência a todas as coisas dentro deste Universo. E nesta luz consciente... você um dia irá voltar feliz para o Reino do Supremo... muito além desta pequenina Terra. Ou poderá escolher ficar por aqui... por mais um tempo... a serviço superior... dando a sua luz para algumas sementes enquanto estão embaixo da terra... até que elas cresçam... e possam receber diretamente a Luz do próprio Sol em seus corações.

Todos os dias eu me sento aqui num pequeno canto de mim mesmo e me conecto com a dimensão interna. É ali que está o famoso "Reino de Deus". Entendam.. que esse Reino é uma manifestação luminosa da sua consciência, uma condição consciencial. Ela sempre esteve em nós... aqui e agora... além do tempo e do espaço. Se você não acessá-la diariamente e não puder mantê-la o máximo possível em seu coração... pode ter certeza que sua continuidade será no Vale de Lágrimas, no Reino da Ilusão, da lamentação, na insegurança.... no acúmulo constante de mais e mais ansiedades. É difícil eu sei...ás vezes pensamos ter atingido isso, outras mergulhamos em noites negras... Porém, quando mergulhamos diariamente em nós e conseguimos manter esta consciência... vamos além das dualidades deste mundo de matéria temporária.Confio!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Manifesto pela ocupação amorosa dos corações vazios

E de agora em diante, fica estabelecido que todos os corações vazios, mal amados, partidos, abandonados ou tão somente subutilizados serão pacífica e amorosamente invadidos e ocupados pelo amor em todas as suas formas.
Sem paus e pedras e enxadas, mas com flores e música e presentes e simples declarações de apreço e cuidado, o amor tomará posse irrevogável de todo e qualquer coração devoluto. Banqueiros e bancários, construtores e operários, empresários, professores, artistas de rua, profissionais de toda sorte, adultos e crianças e velhinhos, todas as almas solitárias deste mundo! Preparem-se para ceder sem luta à chegada implacável do amor às terras férteis de seus corações.
Abram seus portões, escancarem as portas, liberem as janelas, prendam os cachorros e preparem a casa à visita permanente do amor operário, trabalhador, corajoso e simples. Ele vai chegar sem slogans ou passeatas, sem discursos, gritos de guerra ou enfrentamentos com a polícia. Vai surgir na hora mais silenciosa da noite, deitar ao seu lado e acordar com você na hora de ir ao trabalho, como se ali estivesse desde sempre.
O amor vai chegar assim, de manso, mas com o passo forte e a potência de um jato varrendo a craca dos rancores, a sujeira grossa dos maus pensamentos, a gordura acumulada das chateações diárias, da burrice, da inveja, da grosseria. Virá com a força mesma da vida, desobstruindo os canais da memória entupidos de morte. Virá alegre como o cão que reencontra o dono depois da eternidade de um dia inteiro sozinho em casa, à espera.
E então as preocupações ordinárias e mesquinhas farão as malas e deixarão os corações livres para viver em absoluto estado de ocupação plena pelas intenções e ações de um amor generoso, diário e vital.
Esse amor que acorda cedo e faz ginástica, que parece tão mais jovem do que de fato é, esse amor vai pintar as paredes da casa, mudar a posição dos móveis, vai matar a sede e a fome que restam, soltar os passarinhos de suas gaiolas ridículas, vai cuidar da horta no quintal e presentear os vizinhos com as verduras frescas. Esse amor vai florescer e perdurar e se esparramar pelas redondezas. Vai levar ao passeio diário os cachorros que vivem dentro de cada um de nós. Esse amor vai invadir em paz a nossa vida tão talhada para a guerra.
E quando as forças armadas de um coração já machucado se levantarem em defesa natural de sua estrutura, em puro e simples movimento de autopreservação, o amor estenderá sua mão pequena e linda, de unhas roídas e sem nenhum esmalte, e todas as armas cairão em silêncio. Então esse coração abrirá suas fronteiras à chegada irrefreável do encantamento amoroso e total, explosão de energia que nos leva ao encontro de quem somos, nos resgata da morte e nos devolve, sãos e salvos, à vida que é hoje, amanhã e depois um longo e eterno agora.
Ilustração:  Elena Romanova

terça-feira, 17 de junho de 2014

Paulo Roberto Gaefke
Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão de ser da sua vida é você mesmo. A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si. Pare de procurar a sua felicidade cada dia mais longe. Não tenha objetivos longe demais das suas mãos, abrace aqueles que estão ao seu alcance hoje. Se está desesperado devido a problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque no seu interior a resposta para se acalmar, você é reflexo do que pensa diariamente. Pare de pensar mal de si mesmo, e seja o seu próprio melhor amigo, sempre. Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso de aprovação para o mundo, que tem o melhor para lhe oferecer. Com um sorriso, as pessoas terão melhor impressão sua, e você estará afirmando para si mesmo, que está "pronto"para ser feliz. Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar que a felicidade chegue sem trabalho. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda. Agradeça tudo aquilo que está na sua vida, neste momento, incluindo nessa gratidão, a dor. A nossa compreensão do universo ainda é muito pequena, para julgarmos o que quer que seja na nossa vida.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Você com certeza já deve ter conhecido alguém assim: basta chegar perto para se envolver numa maravilhosa onda de luz e paz. Sua energia é tão positiva e contagiante que poderia até ser tocada.

Outras pessoas, ao contrário, provocam uma desagradável sensação de cansaço, como se roubassem nossa energia. Esta capacidade de apagar ou iluminar o ambiente reflete o poder da nossa aura.

Uma pessoa altamente emotiva com um chakra do plexo solar desenvolvido e descontrolado, pode causar destruição.

Por outro lado uma pessoa que use corretamente o centro do coração, leva a inspiração a centenas de pessoas, expandindo sua Aura e tornando seu campo energético mais amplo, mais forte, mais protegido e mais resistente aos ataques das energias telúricas e de energias negativas.

Através dela pode-se detectar visualmente que todo ser humano representa um gerador de energia que produz um campo energético.

1) Aura da saúde física;
2) Aura astral ou emocional;
3) Aura mental;
4) Aura do corpo etérico.

 


A aura é constituída por quatro campos, quatro camadas:

Existe uma correlação entre o estado geral de corpo-mente-alma de uma pessoa e seu corpo vibratório.

Danos à alma, tensão e fraquezas físicas tornam-se perceptíveis, antes mesmo de se manifestarem em você, tais como depressões, fadigas e doenças.

Quem passa por uma perda de um parente querido, por exemplo, terá chances de se recuperar mais rapidamente se seu campo energético estiver equilibrado.

Uma das maneiras para deixá-la em perfeito estado é tomar o banho de água com sal.

Antes de tudo, devemos esclarecer a essência da aura.

Todos os pensamentos e atos humanos pertencem ao bem e ao mal. A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus. Internamente, quando uma pessoa pratica o bem, sente uma satisfação na consciência.

Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual. Quando, ao contrário, os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.

Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz.

Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam a luz desta. Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja, suas nuvens aumentam.

Por isso, é preciso praticar o bem e proporcionar alegria aos outros, evitando provocar pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes.

Para assegurar a boa luminosidade de sua aura todo cuidado é pouco. Ciúme, raiva, ódio ou inveja podem atuar negativamente sobre o equilíbrio dos campos energéticos. O primeiro passo é combater as situações de estresse com constantes exercícios de relaxamento, caminhar todos os dias pela manhã (se possível por vinte minutos), e viver situações que salientem o seu lado alegre. 

sexta-feira, 14 de março de 2014


Ninguém está livre da desorganização. A bagunça forma-se sem que se perceba e nem sempre é visível. A sala parece em ordem , a cozinha também, mas basta abrir os armários para ver que estão cheios de inutilidades. De acordo com o Feng Shui Interior, bagunça provoca cansaço e imobilidade, faz as pessoas viverem no passado, engorda, confunde, deprime, tira o foco de coisas importantes, atrasa a vida e atrapalha relacionamentos.

Para evitar tudo isso fique atento às REGRAS PARA DOMAR A BAGUNÇA :

1. Jogue fora o jornal de anteontem.
2. Somente coloque uma coisa nova em casa quando se livrar de uma velha.
3. Tenha latas de lixo espalhadas nos ambientes, use-as e limpe-as diariamente.
4. Guarde coisas semelhantes juntas; arrume roupas no armário de acordo com a cor e fique só com as que utiliza mesmo.
5. Toda sexta-feira é dia de jogar papel fora.
6. Todo dia 30, por exemplo, faça limpeza geral e use caixas de papelão marcadas: lixo, consertos, reciclagem, em dúvida, presentes, doação. Após enchê-las, dê o destino apropriado.
7. Organize devagar, comece por gavetas e armários e depois escolha um cômodo, faça tudo no seu ritmo e observe as mudanças acontecendo na sua vida.
Veja uma lista de atitudes pessoais capazes de esgotar as nossas energias. Conheça cada uma dessas ações para evitar a “crise energética pessoal”. 

- ATITUDES QUE DRENAM ENERGIA:

1. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo – Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

2. Pensamentos obsessivos – Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

3. Sentimentos tóxicos – Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

4. Fugir do presente – As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão – Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica “energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal – Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro – Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados – A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do autoconhecimento, da disciplina e da terminação, farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza – A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

Posicionar os móveis de maneira correta, usar espelhos para proteger a entrada da casa, colocar sinos de vento para elevar a energia ou ter fontes d’água para acalmar o ambiente são medidas que se tornarão ineficientes se quem vive neste espaço não cuidar da própria energia. Portanto, os efeitos positivos da aplicação do Feng Shui nos ambientes estão diretamente relacionados à contenção da perda de energia das pessoas que moram ou trabalham no local. O ambiente faz a pessoa, e vice-versa.

A perda de energia pessoal pode ser manifestada de várias formas, tais como: a falha de memória (o famoso “branco”); o cansaço físico, o sono deixa se ser reparador; ocorrência de doenças degenerativas e psicossomáticas. Para economizar energia, o crescimento pessoal, a prosperidade e a satisfação diminuem, os talentos não se manifestam mais por falta de energia, o magnetismo pessoal desaparece, medo constante de que o outro o prejudique, aumentando a competição, o individualismo e a agressividade, falta proteção contra as energias negativas e aumenta o risco de sofrer com o “vampiro energético”.

Divulgue essas dicas para o maior número de pessoas possível e mentalize que, quando todos colocarem essas regras em prática, o mundo será mais justo e mais belo. Vamos tentar melhorar nossa energia pessoal. Atitudes erradas jogam energia pessoal no lixo.

Que se Faça Luz!

terça-feira, 4 de março de 2014

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso e a dois,que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho ou uma xícara de chá!" Sentir-se amado é ver que ele lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é ver como ele fica triste mesmo distante, quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato,coloca seu chinelo!" Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. E disso temos certeza, lá no fundo...mas pensamos que Nunca esse personagem qdo não verdadeiro, pode ser descartado... Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta... Pactos são eternos...NUNCA passageiros!!!Vania Vieira,,dezembro de 2013.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O SANTO GRAAL Santo Graal - será uma lenda ou é um mito, o que poderia ser o mesmo? Os escritores e historiadores se debatem em torno do assunto e não chegam a nenhuma conclusão lógica. O grande mitólogo Joseph Campbell escrevendo sobre o mesmo dizia: “O rei que inicialmente cuidava do Graal era jovem adorável, mas por ser ainda muito jovem e cheio de anseios de vida, acabou por tomar atitudes que não se coadunavam com a posição de rei do Graal. Ele então abandonou o castelo bradando o grito de guerra “Amor”, o que é próprio da juventude, mas que não se coaduna com a condição de rei do Graal. Ele partiu do castelo e, quando cavalgava, um muçulmano, um não-cristão, surgiu da floresta. Ambos erguem as lanças e se atiram um contra o outro. A lança do rei mata o pagão, mas a lança do pagão castra o rei do Graal.” “O que isso quer dizer é que a separação que os padres da Igreja fizeram entre matéria e espírito, entre o dinamismo da vida e o reino do espírito, entre a graça natural e a graça sobrenatural, na verdade, castrou a natureza”. Podemos também interpretar como uma alusão a Sir Lancelot, cavaleiro do rei Arthur e pertencente a “Távola Redonda” que encontrou o Graal, no entanto não pode tocá-lo, pois sua pureza fora manchada pelo adultério (simbolizado pela castração pelo muçulmano) que cometera com a rainha Guinevére esposa do rei Arthur. Por mais intensas e profundas que fossem as nossas pesquisas, nos encontramos em completa escuridão com um desconhecimento do que seria o verdadeiro Graal. Ninguém consegue informar ou explicar o significado real de todos os eventos estranhos nas histórias do Graal. A força duradoura e generalizada desse mito em particular é descrita por Malcolm Godwin: “A LENDA DO GRAAL, mais que qualquer outro mito ocidental, manteve a magia vital que a caracteriza como uma lenda viva capaz de emocionar a imaginação e o espírito. Nenhum outro mito é tão rico em simbolismo, tão diverso e muitas vezes de sentido tão contraditório. E em seu âmago existe um segredo que manteve o apelo místico do Graal durante os últimos novecentos anos, enquanto outros mitos e lendas caíram no olvido e foram esquecidos”. A origem da palavra Graal não é muito precisa, mas geralmente se atribui a ela o sentido de ‘cálice’ – do latim gradalis. Ela nasceu na era medieval, junto com a literatura arthuriana, que narra as aventuras do Rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda. Mas a amplitude desta lenda é muito maior, não se restringindo apenas a esta. O Santo Graal é um dos mais antigos e enigmáticos mitos da humanidade. Sob uma análise superficial, é o cálice usado por Jesus Cristo no episódio da Última Ceia e que contém seu sangue, que havia sido recolhido no momento da crucificação. O termo Graal, no francês arcaico, significa bandeja. Por outro lado, pode ter origem latina, no vocábulo Gradalis, que significa cálice. Já o termo Sangraal seria uma variação etimológica de Sangue Real. Ele está presente nas Lendas Arturianas, sendo o objetivo da busca dos Cavaleiros da Távola Redonda, único objeto com capacidade para devolver a paz ao reino de Arthur. No entanto, em outra interpretação, ele designa a descendência de Jesus segundo a lenda, ligada à Dinastia Merovíngia. Nesta versão, o Santo Graal significaria Sangreal ou seja Sangue Real. Finalmente, também há uma interpretação em que ele é a representação do corpo de Maria Madalena, uma seguidora de Jesus. A Igreja Católica não dá ao cálice mais do que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval, apesar de reconhecer que alguns personagens possam realmente haver existido. Nas representações de José de Arimatéia em vitrais de igrejas, ele aparece segurando não um cálice, mas dois frascos ou galheteiros". Origens Celtas A origem do mito pode ser analisada sob um ponto de vista pré-cristão. Sabe-se que entre os celtas, recipientes utilizados para armazenar alimentos, eram considerados objetos sagrados. Este conceito estende-se ao caldeirão mágico (representando o útero da Deusa) referencial de ritos pagãos, capaz de renovar e ressuscitar. Portanto, partindo do princípio que os celtas instalaram-se em diversas regiões da Europa, inclusive onde atualmente é o Reino Unido, e as primeiras citações históricas do Graal referem-se às lendas arthurianas, que, por sua vez, surgiram nesta região, é possível que o mito do Cálice Sagrado tenha apenas se transportado através dos séculos e sido adaptado ao Graal; desta vez, através de uma releitura cristã. Porém, mesmo entre os celtas, já havia uma lenda semelhante de um valoroso líder que saía em busca de um caldeirão sagrado. Origens Cristãs Há, pelo menos, duas versões para justificar a origem e o desenvolvimento histórico do mito. Numa primeira análise, a lenda conta que José de Arimatéia recolheu no cálice utilizado na Última Ceia, o sangue de Jesus, no momento em que este era crucificado, após o último golpe de lança aplicado pelo soldado romano conhecido por Longinus. José, que era membro do Sinédrio (tribunal judeu) e um homem de posses, solicitou ao imperador Poncio Pilatos o corpo de Cristo como uma "recompensa" por seus préstimos ao império. Pilatos atendeu ao pedido e José enterrou o corpo de Cristo em suas terras. Após este fato, José de Arimatéia, que secretamente era seguidor de Cristo, teria sido feito prisioneiro pelos judeus por ocasião do sumiço do corpo de Cristo. José ficou muito tempo como prisioneiro numa cela sem janelas, alimentando-se apenas de uma hóstia diária, entregue por uma pomba que se materializava. Certa vez, o próprio Cristo surgiu diante de José entregou-lhe o Graal com a missão de protegê-lo. Após conquistar a liberdade, utilizou-se de uma conhecida rota comercial e viajou para Inglaterra, levando consigo o Cálice Sagrado. Ao chegar, reuniu alguns discípulos de Cristo e fundou uma pequena Igreja, onde atualmente há as ruínas da Abadia de Glastonbury. Porém, não é possível afirmar onde o Graal teria sido ocultado a partir deste momento. Após o Cálice Sagrado chegar em terras européias, através de José de Arimatéia, segue diversas rotas entre os alguns países deste continente e confunde-se entre a história e a literatura medieval. Trajetória do Graal na história A continuidade mais conhecida sobre o destino do Graal, atesta que este teria ficado sob a tutela dos Templários. Assim, os Cavaleiros teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Sob outra narrativa, o Graal teria sido levado para a cidade de Constantinopla e em seguida para Troyes, onde no período da Revolução Francesa (a partir de 1789), teria desaparecido misteriosamente. Uma outra versão atesta que os cátaros, um grupo cristão que vivia isolado na fortaleza de Montsegur e pregava uma fé simples, oposta às imposições clericais, ocultavam uma relíquia religiosa de valor muito alto. Mas, em meados do século XIII, os cátaros foram vítimas de uma invasão de cruzados ordenada pelo Papa. Mais de duzentos membros da doutrina foram queimados sob a acusação de heresia e a misteriosa relíquia desapareceu durante a investida dos soldados. Mas não há nenhuma evidência confiável indicando que fosse o Graal. Neste mesmo período, surgem boatos de que os cruzados que regressavam de Jerusalém traziam consigo uma âmbula contendo o sangue de Cristo; contradizendo e confundindo ainda mais a rota histórica do Santo Graal. Entretanto, através de estudos arqueológicos e investigações profundas, tomando como base também os primeiros registros literários, foi possível traçar uma linha mais próxima da realidade sobre a trajetória do Graal na Europa e na história. Inicialmente, nos primeiros três séculos após chegar em solo europeu, o cálice teria ficado na Itália. Por volta do século III, o monge São Lourenço o levou para a região dos Pirineus Orientais, na Espanha. Noutra versão, seria um ermitão de nome Juan de Atares. Ainda, seguindo a rota sugerida nas obras literárias medievais, principalmente em Parzifal (Wolfram von Eschenbach), o cálice teria sido ocultado no monastério de San Juan de La Penha, na cadeia montanhosa dos Pirineus. Neste ponto há uma conexão real entre a obra de Eschenbach e o relato histórico do monge São Lourenço que conduziu o cálice até os Pirineus. Ainda tomando por base a obra Parzifal, porém, havendo neste ponto um "vácuo histórico", o Santo Graal passa por Zaragoza e surge, desta vez, na Catedral de Valência, na qual há uma pequena capela, construída no século XIV, conhecida como Capela do Santo Cálice. Neste local, aos olhos dos visitantes mas protegido por um sacrário à prova de balas, encontra-se um cálice ostentado há mais de seiscentos anos como o legítimo Santo Graal. As evidências científicas atestam que esta relíquia foi produzida entre a segunda metade do primeiro século antes de Cristo e a primeira metade do primeiro século da era Cristã. Ainda, esta peça foi produzida em ágata roxa na região de Alexandria ou Antioquia; mas, posterior-mente, já na Espanha, no século XIII, recebeu adornos de ouro e de pedras preciosas como esmeraldas e rubis, tendo o conjunto uma altura de aproximadamente 17 centímetros. Portanto, é cientificamente comprovado que o Cálice da Catedral de Valência foi produzido no período e região correspondente à versão cristã do Santo Graal. Mas a Igreja não o aceita como uma relíquia religiosa e também não é possível atestar que seja este o cálice que comportou o sangue de Cristo. Literatura e Simbolismo Entre tantos aspectos simbólicos atribuídos ao Graal, muitos nasceram na interpretação dos artistas que, ao longo dos séculos, recondicionaram a lenda de diversas formas, principalmente na literatura medieval. Por volta do ano 1190, o romance de Chrétien de Troyes intitulado Le Conte du Graal, narra a busca pelo cálice. Trata-se de um poema inacabado contendo nove mil versos que abordam a busca pelo Santo Graal. Interessante é que o lendário Rei Arthur não participa diretamente da epopéia, que finaliza sem que o objeto almejado seja encontrado. Esta obra foi o ponto de partida para as obras futuras abordando o tema. Entre 1200 e 1210, o francês Robert de Boron, publicou Roman de L'Estoire du Graal; o que popularizou ainda mais o tema e inseriu os elementos históricos não muito diferentes dos que são conhecidos atualmente. Outra obra de Boron, Joseph d'Arimathie, traça conexões simbólicas interessantes ao citar que José de Arimatéia foi ferido na coxa por uma lança. Em outra versão, o ferimento é nos órgãos genitais. Percebe-se, portanto, uma associação entre a lança, arma utilizada pelos soldados romanos, e a espada, principal arma e uma das maiores referências das lendas arthurianas (como a mítica Excalibur). Assim, o ferimento nos genitais sofrido por José em virtude de sua quebra do voto de castidade, associa-se à traição de Lancelot, um dos componentes da Távola Redonda e homem de confiança de Arthur, que tornou-se amante de Guinevere, esposa do Rei. Nesta mesma época, a obra Parzifal do autor alemão Wolfram von Eschenbach associa o Graal a uma esmeralda também chamada Exillis, Lapis exillis ou Lapis ex coelis (pedra caída do céu). Esta esmeralda seria parte do terceiro olho de Lúcifer, que se partiu quando o anjo se rebelou contra o Reino Divino. Uma das partes desta esmeralda teria sido entregue aos templários para que ficasse protegida de intenções malignas. Deste modo, pode-se entender também que a esmeralda (que neste caso é o Santo Graal) faz alusão à mítica Pedra Filosofal dos alquimistas. Ainda, seja sob a ótica cristã ou pagã, muitos dos aspectos do Graal estão relacionados com a busca da perfeição. Por exemplo, quando Arthur e os cavaleiros partem em busca do Cálice Sagrado que poderia evitar a queda de seu reinado, estão buscando virtudes como nobreza e justiça. Arthur e a Távola Redonda podem ser, respectivamente, associados a Jesus e seus apóstolos. Judas Iscariotes é o seguidor que traiu seu líder (Jesus Cristo) assim como Lancelot traiu Arthur ao se envolver com Guinevere. A lança que fere Cristo pode ser interpretada como o elemento masculino; o cálice como o útero feminino. Portanto, há o simbolismo do sangue nobre (de Jesus Cristo) fecundando o "útero mágico" representado pelo Graal. Através de uma análise histórica, o Graal pode ser compreendido como a motivação que os cruzados encontraram após a decepção das mal sucedidas batalhas na Terra Santa. Neste caso, o Graal representa um novo ideal de vida aos que foram derrotados pelos "infiéis". Sob um ponto de vista mais amplo, o Santo Graal, Rei Arthur e a lendária Excalibur são arquétipos distintos que traçam um mesmo conceito: o Rei (líder) virtuoso que, por seus méritos, conquista uma poderosa espada e torna-se invencível, partindo em busca de um objeto mágico capaz de restabelecer a ordem, a paz e a prosperidade em seu reino. De qualquer forma, na condição de uma relíquia histórica da cristandade ocidental, não é possível avaliar o Santo Graal encontrado atualmente em Valência ou o Santo Graal metafórico do imaginário medieval; pois ambos têm valores distintos e igualmente incalculáveis. O Santo Graal é uma referência secular de valores humanos perdidos que, simbolicamente, serão resgatados por um profeta, um valente guerreiro, um líder de uma nação ou simplesmente por quem se revelar digno de portá-lo. Entretanto existem evidências da existência do Santo Graal antes mesmo do cristianismo , e ainda afirma que apesar das diferentes referências cristãs, a própria Igreja Católica nunca levou a sério esta lenda. BEHREND (2007) apresenta a origem da lenda celta é de um século antes de Cristo. Os celtas eram guerreiros impiedosos, tanto as mulheres como os homens e costumavam decapitar os mortos, pois assim acreditavam que eles não poderiam ressuscitar. Este ato impiedoso se fundamenta na lenda de um caldeirão mágico onde pessoas mergulhadas nele voltavam a vida. Arqueólogos encontram um túmulo de um príncipe com um enorme caldeirão (grande o sufiente para uma pessoa caber dentro), com figuras de homens que eram mergulhados no caldeirão e voltavam a vida. Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeição. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra, e da busca que os Cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtê-lo e devolver a paz ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristãos e pagãos relacionados com a cultura celta. A presença do Graal na Inglaterra é justificada por ter sido José de Arimatéia o fundador da Igreja Inglesa, para onde foi ao sair da Palestina. Segundo uma das versões da lenda, os Templários teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Em outra versão, o cálice teria sido levado de Constantinopla para Troyes, na França, onde ele desapareceu durante a Revolução Francesa. Em um país de maioria católica como o Brasil, a figura do Graal é tida, comumente, como a da taça que serviu Jesus durante a Última Ceia. A Igreja Católica não dá ao cálice mais do que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval, apesar de reconhecer que alguns personagens possam realmente haver existido. Nas representações de José de Arimatéia em vitrais de igrejas, ele aparece segurando não um cálice, mas dois frascos ou galheteiros". Alguns tomam o cálice de ágata que está na Catedral de Valência, na Espanha, como aquele que teria servido Cristo na Última Ceia. É por isso um importante centro de peregrinação. O conto medieval de Artur e seus cavaleiros está cheio de temas cristãos; estes temas envolvem a destruição dos planos humanos de virtude pelas falhas morais de seus personagens, e a busca de uma importante relíquia cristã. Finalmente, o relacionamento entre os personagens convidavam ao tratamento na tradição do amor cortês, tais como Lancelot e Guinevere ou Tristão e Isolda. Em anos mais recentes, a tendência tem sido vincular os contos do Rei Artur e seus cavaleiros com a mitologia céltica, geralmente em versões reconstruídas altamente romantizadas, do início do século XX. Os celtas se referiam ao Graal como um caldeirão e a lenda em torno de um cálice sagrado pode ter relação com a importância que os celtas davam ao caldeirão, onde os druidas preparavam suas poções mágicas. Segundo alguns escritores a távola redonda foi construída por um carpinteiro, este era o pai de Guinevere. A távola foi presente do carpinteiro a Arthur em forma de dote quando este se casou com Guinevere, e foi Merlin quem escolheu os cavaleiros para que se sentassem a ela, e então, predisse a busca do Santo Graal. O Graal representa o enigma mais profundo da tradição arturiana. A sua Demanda não tem fim, é eterna. Oferece unidade no meio da fragmentação, unindo numa confraria todos os que caminham pelos trilhos do coração, na sua senda. É um portal entre os mundos e uma ponte para o Divino. O Graal é apontado como a fonte da cura para todos os males do mundo. Ao encontrá-lo, virá a libertação total do Amor, que poderá mudar o mundo para sempre - talvez até trazer o fim dos tempos e passagem da humanidade para um outro plano... aspecto mais importante a ser acrescentado à história do Graal foi a sua associação à Eucaristia Cristã. Isto influenciou todas as versões posteriores da lenda. O Graal passou a ser visto como um símbolo do sacrifício de Cristo, tornando-se "no corpo de Nosso Senhor". É este elemento único da Eucaristia, a comunhão com Deus, que torna o Graal diferente de qualquer outro objeto sagrado. O Graal conteve o sangue derramado por Cristo na Cruz. De qualquer modo, cristão ou pagão, o Graal simplesmente é. Símbolo universal, tem uma dimensão de mistério, mas também de sacrifício, de altruísmo e de busca do absoluto, quer lhe chamemos Deus ou Deusa, Centelha Divina, ou um outro qualquer termo abstrato. Nos antigos ensinamentos dos mistérios helénicos é referida a Taça (Crater) onde os deuses misturaram a essência de toda a criação. Os Sufis viam-na como a Taça de Jamshid, de onde brotava a inspiração divina e todo o conhecimento. Concepções semelhantes são encontradas na Índia, no Japão, na Rússia e nos povos Celtas. O Graal, ou Sangreal, apareceu aos cavaleiros da Távola Redonda emanando uma luz fulgurante na qual se viram uns aos outros com maior ponderação e generosidade do que antes. A visão calou-os, tal como os guerreiros celtas que emergiam do Caldeirão do Renascimento, vivos mas mudos. O Graal em si, envolto em samito branco, tinha a forma de um cálice da Eucaristia, recordando a taça da Última Ceia. O cálice imbuiu o salão de doces aromas, e os cavaleiros comeram e beberam como nunca, o que lembra os antigos Caldeirões da Abundância celtas. (Iluminura, c. 1400) Entre o outeiro e a Abadia, existe o cálice sagrado"Chalice Hill". A lenda conta como o poço foi construído com grandes pedras pelos druidas e como o cálice da última ceia foi posteriormente arremessado as suas águas cor de sangue. Nas histórias do Rei Arthur, o Graal reveste-se de um virtual poder curador, pois o herói, ferido, envia seus Cavaleiros em busca da taça sagrada. Segundo o rei, só ela poderia salvar sua vida e a do reino, envolto em sombras. Geralmente se atribui a procura deste cálice à tentativa de conquistar a perfeição. Quando se reuniram pela primeira vez ante a mesa e se dispunham a sentar, um grande relâmpago seguido por um forte trovão surpreendeu a todos. Merlim, que estava no salao da mesa redonda, disse em tom muito solene: "Cavaleiros é o momento para que cada um renda homenagem ao rei". Um a um foram passando diante de Artur fazendo-lhe uma reverencia como ato de submissão, fidelidade e respeito. A medida que iam passando, o nome de cada cavaleiro aparecia gravado em ouro em uma das cadeiras. Uma vez sentado em seus respectivos postos, deram-se conta que sobravam três. Logo Merlin explicou: "Dois destes três postos serão para os melhores cavaleiros de cada ano, e a outra será apenas para o homem mais digno do mundo. Se alguém não reúne méritos para sentar nesta cadeira e ousar sentar, morrerá no ato". Foi assim que vários cavaleiros tiveram o direito de sentar nos dois postos de honra, porém nenhum se atrevia a sentar no lugar proibido. Nem mesmo Lancelot, que era o considerado mais valente e digno de todos os cavaleiros, ousava pensar sequer na possibilidade de sentar ali. Anos depois se apresentou no palácio um grande sábio. Artur o fez entrar. O ancião ao ver o posto vazio chamado "O posto perigoso", disse: "O espirito de Merlim me visitou e me disse que em esse assento se fará de sentar o cavaleiro mais digno e mais puro do reino, aquele que conseguirá trazer o Santo Graal. Este cavaleiro ainda não nasceu". Todos os que estavam reunidos se surpreenderam com a revelação e Artur se surpreendeu mais porquanto sequer sabia da morte do mago. O Santo Graal era o cálice onde José de Arimateia havia depositado o sangue de Cristo. Supunha-se ter propriedades mágicas e que o ser que conseguisse vê-lo seria testemunha de uma experiência transcendental, espiritualmente falando. Aconteceu um dia (20 anos após se haver formado a Ordem da mesa redonda) apresentou-se no palácio Elaine, filha do Cavaleiro Pelle, com o filho que lhe havia dado Lancelot. Ao apresentar-se a criança no salão, a cadeira proibida foi objeto de um milagre: no espaldar apareceu gravado em letras de ouro "Este assento há de ser Ocupado". Sir Lancelot viu a mensagem e supôs que Galahad, seu filho, era o melhor candidato a sentar ali. Tempo depois, Galahad pediu a seu pai permissão para formar parte da Ordem, Lancelot concordou. Quando Sir Galahad cumpriu 15 anos entrou no salão da grande mesa acompanhado de um ancião. O ancião lhe apontou o assento proibido e todos os cavaleiros observaram como se formou magicamente o nome de Galahad no espaldar da cadeira. Sir Galahad sentou-se e todos ficaram abismados, rendendo honras ao digno cavaleiro. Neste mesmo dia, mais tarde, havia aparecido no lago uma pedra com uma espada cravada. O rei Artur instou Lancelot e Gawain para que tentassem sacar a espada, porém foi Sir Galahad foi quem pôde tirá-la sem a menor dificuldade. Esta espada havia pertencido a um grande cavaleiro chamado Balin. O Graal é, literariamente, o símbolo antigo do feminino, e o Santo Graal representa a divindade feminina e a Deusa, que por suposto se tinha perdido, suprimida de raíz pela Igreja. O poder da mulher e a sua capacidade para engendrar vida foram noutro tempo algo de muito sagrado, mas representava uma ameaça para a ascenção da Igreja predominantemente masculina e por essa razão a divindade feminina começou a ser diabolizada pela Igreja que considerava a mulher impura. Foi o homem, e não Deus, quem criou o conceito de pecado original, pelo qual dizia a Eva comeu a maçã e provocara a queda da humanidade. A mulher antes sagrada e a que engendrava a vida converteu-se na inimiga. O Graal é, literariamente, o símbolo antigo do feminino, e o Santo Graal representa a divindade feminina e a Deusa, que por suposto se tinha perdido, suprimida de raíz pela Igreja. O poder da mulher e a sua capacidade para engendrar vida foram noutro tempo algo de muito sagrado, mas representava uma ameaça para a ascenção da Igreja predominantemente masculina e por essa razão a divindade feminina começou a ser diabolizada pela Igreja que considerava a mulher impura. Foi o homem, e não Deus, quem criou o conceito de pecado original, pelo qual dizia a Eva comeu a maçã e provocara a queda da humanidade. A mulher antes sagrada e a que engendrava a vida converteu-se na inimiga. Em conclusão, o ciclo arturiano com sua maravilhosa Demanda do Santo Graal é a confirmação de um longo itinerário poético e espiritual. O esoterismo do Graal é inegável, e se revela nessa transmutacão de uma fábula predestinada num símbolo cristão. Teológica e mística, esse tributo medieval é rico em ensinamentos e nunca morrerá, pois sempre surgirão dele novas interpretações. O LIVRO DAS SOMBRAS O CÍRCULO SAGRADO Enviado via iPad
Antes de entrar em uma reunião com aquele chefe muito exigente , coma uvas-passas. Por terem ferro, elas relaxam os músculos e trazem uma sensação de serenidade. Já a maçã e a castanha-de-caju são ideais para um lanche no final do expediente. Devido às vitaminas do complexo B, elas espantam o mau humor e reduzem o cansaço. O PODER DO SORRISO Sorriso é sinal de alegria, claro. Mas pouca gente sabe que sorrir, mesmo sem motivo, levanta o astral. É que o ato de abrir os lábios num sorriso, seja ele espontâneo ou forçado, estimula o cérebro a causar uma sensação de prazer. Passe a sorrir mais e comprove! É HORA DE DORMIR... Para funcionar bem ao longo do dia, corpo e mente precisam de repouso: além de fortalecer o sistema imunológico, o sono favorece a capacidade de raciocínio. Embora sete horas por noite bastem para a maioria das pessoas, durma o quanto achar ideal para acordar disposto. E, se for difícil pegar no sono, coma um maracujá ou uma fatia de melão, frutas que fazem o cérebro produzir substâncias relaxantes. PENSAMENTOS POSITIVOS Pessoas que pensam positivamente são mais serenas, bem-humoradas e otimistas do que aquelas que vivem com uma nuvenzinha negra sobre a cabeça. Portanto, crie o hábito de repetir mentalmente frases que falam sobre alegria, afeto, prazer, entusiasmo e outros bons sentimentos. QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA Está aí um ditado que cai como uma luva para voce enfrentar engarrafamentos de trânsito sem ficar à beira de um ataque de nervos. Nessas horas, cante sus músicas preferidas em voz alta, prestando atenção às letras. Essa concentração na atividade de cantar, que faz o cérebro esquecer" de acionar os mecanismos que comandam a reação de ansiedade, é um verdadeiro calmante natural! MASSAGEM PARA O CORAÇÃO Esta massagem pode ser feita em qualquer hora e lugar. Pressione delicadamente os dedos indicador e médio da mão direita no lado esquerdo do pescoço, depois faça o mesmo com a outra mão, no lado direito do pescoço. Como as áreas massageadas ficam perto da artéria aorta, que esta ligada ao coração, os batimentos cardíacos se desaceleram e voce consegue recuperar a calma em poucos minutos. INSPIRE... EXPIRE... Voce sabia que respirar profundamente ajuda a pensar com mais clareza e a manter o autocontrole? Então, anote: váris vezes ao dia, de péou sentado, dê uma pequena pausa no trabalho e faça tres respirações que encham completamente os pulmões. Ao inspirar, imagine que voce está absorvendo harmonia e tranquilidade, e, ao expirar, que está soltando, junto com o ar, todas as preocupações. UM ALEGRE DESPERTAR Que tal acordar na maior animação, principalmente quando voce tiver um dia cheio de compromissos pela frente? Um jeito simples e rápido de espantar a sonolencia e ganhar pique é espreguiçar-se por uns 3 minutos, alongando o corpo todo, antes de sair da cama. Depois,levante-se e caminhe durante 5 minutos pelo quarto, movendo vigorosamente os braços. HIGIENE MENTAL Teve um dia agitado e cansativo? Recupere as energias ao chegar em casa reservando um tempo para se distrair. Veja uma comédia na televisão, leve o cachorro para passear, pegue um livro, estique as pernas bem confortável e relaxe. Vale também colocar uma música tranqui-la, fechar os olhos para apenas escutá-la... Enviado via iPad

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Difícil mesmo é sambar a dois. Afinar o ritmo, o compasso, o contratempo daquela melodia que se espera ser dançada pela vida inteira. Ainda mais complicado é definir quem tirar pra dançar. Ela vai ser seu primeiro sorriso pela manhã e seu último olhar de doçura antes de dormir. É com ela que você vai dividir os dias, os anseios, receios, as vitórias, derrotas e bem possivelmente, num futuro próximo, os genes. Dela, serão seus cafés da manhã regados a iogurte com cereais e pão francês, como também as viagens de fim de semana para um lugar aconchegante qualquer. As mãos dela serão o alicerce rumo a mais uma etapa sensacional na sua vida: o felizes para sempre (ou pela breve infinidade do sentimento). Mais do que sua parceira, ela precisa ser a sua melhor escolha. Mais do que companhia, ela precisa ser conforto, morada e paz, pra vida e para o coração. Por isso, case-se com alguém que seja a sua maior torcida no futebol de sábado, no trabalho, na vida. Que vista a camisa do time, calce as chuteiras, entre no jogo ou simplesmente esteja preparada para recebê-lo no vestiário com o beijo mais acolhedor do mundo depois daquele cartão vermelho. Alguém que entenda o quão sagrada e preciosa é aquela cerveja com os amigos e o videogame de domingo a tarde. Uma pessoa que saiba cuidar e que ao mesmo tempo entende que regar demais a flor também maltrata o jardim. Case-se com alguém que saiba dizer não, porque o respeito à individualidade e ao livre arbítrio do outro é o lençol que cobre a cama de sorrisos todas as noites antes de dormir. Que seja serenidade e calor nas manhãs de domingo. Que seja saudade e desassossego no momento da mais absoluta ausência. Escolha uma mulher que saiba sorrir com você, de você e para você. Que aponte o caminho mais do que o erro e seja bússola quando faltar o norte. Eleja para o resto da vida aquela dotada da mais ardente coragem, seja para abandonar certas travessias, hábitos, rotinas, seja para peregrinar cada vez mais fundo em cada uma delas. Opte por uma companheira que saiba reconhecer sua tentativa desastrada de cozinhar durante a crise de TPM dela e que seja disposta a eventualmente te acompanhar nos seus desatinos em série, como aquela corrida de kart com os amigos ou aquela trilha na montanha. Case-se com alguém que diga sim não só ao que você tem de melhor, mas que saiba amar cada metade torta das suas falhas e defeitos (incluindo sua mania recorrente de deixar a toalha molhada em cima da cama). Escolha alguém que esteja inteiramente com você “apesar de”, porque fácil mesmo é se enlaçar por um olhar, um sorriso, um corpo escultural – o difícil é entender que em todo paraíso existe um pouco de tormenta. O que me leva a um ponto de suma importância: case-se com alguém que saiba ceder a uma discussão no momento certo. No amor vence quem sabe perder. Perder o orgulho, a vez, a discussão delimita a batalha de uma guerra em que os dois saem ganhando. Escolha alguém que não desista de você. Abrace para o resto da vida a menina bailarina que exime o parceiro da liderança da valsa. Que se dispõe a guiar junto com você essa dança louca que é o amor, de pés no chão pra sentir a vibração do palco, o calor da plateia e as mãos bem dadas fluindo no tom da canção. E talvez as palavras mais sinceras que eu poderia dizer seriam, case-se com a sua melhor amiga, a parceria das suas risadas mais gostosas. No fim de tudo, quando faltarem forças, palavras, a barba branquear, o cabelo ralear, quando a imagem do espelho não for mais a mesma, é a amizade que vai importar, que vai sustentar o edifício quando a estrutura do concreto esmorecer. É o quanto vocês conseguem dizer um para o outro muitas vezes sem se tocar, apenas ali no silêncio de um olhar, que vai garantir a solidez dos próximos capítulos desse livro. Acontece que amor não tem pré-requisito, carta marcada, currículo e muito menos se fundamenta em uma lista de características. Minimizar os pontos de crise é bom e evita um bocado de dor de cabeça, mas se a pessoa que você escolher passar o resto da vida não apresentar o mínimo daquilo que você procura, que exista carinho suficiente para cativar e ser cativado. Fundamental mesmo é o amor. Então se case com a mulher que preencher de permanência seu coração. Determinadas clarezas só a alma da gente é capaz de dizer.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

"Todo filho é pai da morte de seu pai" Fabrício Carpinejar "Feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia." Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai. É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe. É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios. E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz. Todo filho é pai da morte de seu pai. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta. E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais. Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes. A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões. Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus. Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete. E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia. Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira: — Deixa que eu ajudo. Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo. Colocou o rosto de seu pai contra seu peito. Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável. Embalou o pai de um lado para o outro. Aninhou o pai. Acalmou o pai. E apenas dizia, sussurrado: — Estou aqui, estou aqui, pai! O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.
Será que já é a hora de viver um novo amor? :: Rosana Braga :: Você viveu um relacionamento importante. Talvez tenha durado muitos anos. Talvez, apenas alguns meses. Mas o fato é que o fim deixou marcas. E agora você se pergunta: preciso de um tempo para me refazer ou preciso de um novo amor para curar a ressaca do acabado? Quanto tempo esse tempo deve durar? Quando é a hora certa de se abrir, conhecer novas pessoas e se dispor a viver um novo amor? Considerando que pessoas são únicas, não há receitas. Mas há sinais, certamente. Sinais que fazem sentido para cada uma. Algumas se fecham durante anos e anos, recusando-se a amar novamente. Outras se defendem com tanto afinco do risco de sofrer novamente que o amor passa a ser "desnecessário". E há também aquelas que, para não entrar em contato com a dor do fim, engatam um romance atrás do outro, mantendo o coração tão aberto que mais se parece com a "casa da mãe Joana". Penso que posturas radicais tendem a ser perigosas. Mais do que tomar decisões extremas ou adotar a técnica do "tudo ou nada", o importante é viver um dia de cada vez e se manter atento, tanto a si mesmo quanto ao que acontece ao seu redor. Está sofrendo? Então é hora de aprender algo com esta dor! O sofrimento está prolongado demais? Então, é hora de buscar ajuda e se questionar: até quando pretendo resistir aos fatos e não aceitar os acontecimentos? O sofrimento passou, mas você está com medo de tentar de novo e a dor voltar? Então, é hora de rever suas crenças e se lembrar de que cada relacionamento é singular, desde que você se permita e também seja novo a cada oportunidade de amar. Agora, se você é do tipo que "não sente nada", que se recusa a se dar um tempo e prefere curar uma ressaca tomando mais um porre, pode ser que passe a vida toda fora de si, sem saber por que seus supostos amores começam e por que terminam. E assim, atolado de defesas e superficialidades, fique com uma sensação insossa de vazio e solidão, embora esteja sempre acompanhado. Portanto, diante da dúvida de qual é a hora certa de viver um novo amor, sugiro que você se observe e reflita: já resolveu as pendências da relação acabada? O que você realmente quer? Quanto está disposto a fazer uma faxina em seu coração, jogando fora tudo o que já não serve mais e organizando seus aprendizados? Está pronto para se dar uma nova chance de ser feliz? Pois se suas respostas estão claras e o seu coração está em paz, então é hora de deixar a vida fluir, deixar acontecer. É hora de ser você mesmo e viver de modo espontâneo, confiando que duas almas se encontram, inevitavelmente, quando entram em sintonia. Estejam onde estiver. Então, não importa quantos quilômetros ou qual o tamanho dos obstáculos que possam, eventualmente, estar separando vocês: o amor vai acontecer quando você menos esperar. E esta será não a hora certa ou errada. Será o exato instante em que o que 'estava escrito' ganhou vida o bastante para lhe fazer acordar e recomeçar!