domingo, 30 de maio de 2010

A VERDADEIRA ALQUIMIA

Certa vez um andarilho apareceu numa aldeia da Idade Média. Dirigiu-se à praça central da cidade, anunciou-se como alquimista e disse que ensinaria como transformar qualquer tipo de metal em ouro. Algumas pessoas pararam para ouví-lo e começaram a proferir gracejos e ridicularizá-lo.

O estranho não se abalou com as chacotas, pediu um pedaço de metal e alguém lhe entregou uma ferradura, um outro lhe ofereceu um prego. O alquimista então pegou ambas as peças, e ainda sob as risadas dos incrédulos, colocou-as numa pequena vasilha e derramou sobre elas o conteúdo de um frasco que havia retirado de sua sacola. Permaneceu alguns segundos em silêncio e o fenômeno aconteceu: a ferradura e o prego tornaram-se dourados.

Uma sensação de espanto percorreu a multidão que se avolumava cada vez mais na praça. O alquimista levantou as peças de ouro para que todos pudessem admirar a transmutação. Um ourives presente no local pediu para examinar os objetos e foi atendido.

Em pouco tempo, revelou serem as peças de ouro puríssimo como nunca tinha visto. As pessoas agitaram-se e agora queriam ouvir.

O alquimista então pegou um grosso livro de sua sacola e disse estar nele o segredo da transmutação dos metais em ouro. Em seguida, entregou o livro a uma criança próxima e partiu tranqüilo. Ninguém o viu ir embora, pois todos os olhos mantiveram-se fixos no objeto nas mãos da criança.

Poucos dias depois, a maioria das pessoas possuía uma cópia do valioso manuscrito, assim a receita para produzir ouro passou a ser conhecida por todos.Contudo, a fórmula era complexa.

Exigia água destilada mil vezes no silêncio da madrugada e ingredientes que deveriam ser colhidos em noites especiais e em praias distantes. Era muito penoso ficar mil noites em silêncio esperando a água destilar. Além disso, procurar os outros ingredientes era muito cansativo.

No início todos puseram as mãos à obra, mas com o passar do tempo, as pessoas foram desistindo do trabalho. Diziam que a fórmula era apenas uma galhofa deixada pelo alquimista para mostrar como eram tolos.

As pessoas foram desistindo. E, à medida que desistiam, tentavam convencer os outros a fazerem o mesmo. Assim, muitos e muitos outros, influenciados pelos primeiros, também desistiram.

Mas, um pequeno grupo prosseguiu com o trabalho. Apesar de ridicularizados pelo resto da aldeia, continuaram destilando a água e fizeram várias viagens juntos à procura dos ingredientes da fórmula.

O tempo correu e a quantidade de histórias divertidas, de situações que eles passaram juntos, de mudanças pessoais de cada um desde que começaram a seguir a fórmula, cresceu. E o grupo dos aprendizes de alquimia tornou-se cada vez mais unido. Converteram-se em grandes amigos.

Até que em um mesmo dia, todos tinham começado juntos, e viraram a última página das instruções do livro, e lá estava escrito:

“Se todas as instruções foram seguidas, você tem agora o líquido que, derramado sobre qualquer metal, transforma-o em ouro. Entretanto, agora você já percebeu que a maior riqueza não está no produto final obtido, mas sim no caminho percorrido. O que nos torna infinitamente ricos não é a quantidade de ouro que conseguimos produzir, mas as conquistas que obtivemos em busca do tesouro: o conhecimento das riquezas como o amor, a amizade, a paciência, o perdão, a persistência, o valor dos sacrifícios feitos nessa busca. A transformação interior obtida: esta é a verdadeira alquimia".

O que é Psicologia Transpessoal-Pierre Weil.

Diferentes definições vêm sendo dadas ao longo de sua história. Podemos dizer, genericamente, que ela trata do estudo de consciência em que se dissolve a aparente fronteira entre o "eu" e o mundo exterior, em que desaparece o que chamamos de pessoa e surge uma vivência que está além. Daí vem a designação "transpessoal", já utilizada por C.G. Jung em sua obra, tendo o termo "psicologia transpessoal" sido oficialmente adotado nos Estados Unidos, em meados de 1969.
Esse estado de consciência, segundo a cultura ou fase da história da humanidade, é designado de diferentes maneiras, entre as quais experiência mística, nirvana, estado de Buda, Reino do Céu, satori, iluminação, experiência transcendental, samadhi, consciência objetiva, consciência cósmica, sétimo céu, experiência oceânica, êxtase, realização suprema...
Esse estado de consciência não é apenas atributo de grandes místicos, santos e sábios, como Krishna, Buda, Jean de la Croix, Tereza d'Ávila, Rama Krishna, Baal Schen Taw, Ramana Maharishi e tantos outros, mas também de outras pessoas, do passado e mesmo contemporâneas que por razões diversas não revelam suas experiências a ninguém. Trata-se de um estado resultante de práticas ascéticas ou religiosas, vivenciadas também por agnósticos e materialistas.
Podemos realmente falar de "consciência", "estado", "experiência" para designar um processo ou fenômeno no qual justamente o experimentador "desaparece", fundindo-se'com a experiência e seu objeto? Trata-se certamente de vivência. Sim, mas vivenciada por quem?
Reside neste ponto certamente a principal razão do silêncio daqueles que hesitam em revelar ou descrever suas experiências: a inefabilidade dessa vivência encontra-se além de conceitos. Eis a razão do emprego da metáfora, da arte e da poesia.
Esse é o terreno que a ciência moderna tenta esclarecer pela psicologia transpessoal. Qual é a natureza dessa experiência ou dessa vivência? Como atingi-la? Por que atrai os maiores físicos contemporâneos? Por que estão médicos, psicólogos e psicoterapeutas de renome participando cada vez mais desses encontros? Qual é o significado e quais são os benefícios que a humanidade usufruirá da psicologia transpessoal?
As considerações que se seguem permitem-nos uma melhor compreensão da definição do objeto da psicologia Transpessoal:
Podemos considerar a psicologia transpessoal como um ramo do conhecimento humano, mais particularmente da psicologia.
Consiste numa pesquisa experimental e experiencial da natureza da realidade vivida como um "ir além da dualidade espaço interior/espaço exterior", além dos limites do pensamento conceitual inerente à pessoa humana.
Estuda e evidencia o caráter relativo da vivência da realidade, em função dos diferentes estados de consciência, no qual tenta identificar a natureza essencial a partir da vivência do estado de consciência cósmica ou transpessoal.
Permite ao homem revelar o mistério da limitação do ser na sua manifestação humana, fazendo-o viver sua não dualidade, graças à superação da aparente oposição do pessoal ao transpessoal, do mundo relativo ao mundo absoluto.
Por meio da metanóia retira o homem dos sofrimentos da paranóia projetiva de seus fantasmas.
Dissolve as fronteiras projetadas no espaço pelo espírito limitado do ser humano.
Por sua visão holística, a psicologia transpessoal é o ponto de encontro da ciência, da arte, da filosofia e da mística. Neste último caso, ela aglutina as religiões, evidenciando a origem única, apesar das divergências teológicas, ocidentais ou orientais.
Na vida prática cotidiana, mostra ao homem os caminhos e métodos que permitem o acesso ao transpessoal dentro do "pessoal", por meio da descoberta do "mestre interior".
Oferece assim ao homem, a todos os homens e mulheres que desejam e praticam os métodos próprios a um desses caminhos, a verdadeira liberdade e alegria de viver, pelo despertar dos valores inerentes ao ser; a sabedoria indissociável do amor para todos os seres.
Podemos enfim afirmar que a psicologia transpessoal é possuidora de um enorme potencial terapêutico, pois permite transformar as formas destrutivas de energia, como o ódio, a possessividade, o orgulho competitivo, o crime e a inveja, em harmonia e paz para cada ser humano e para toda a humanidade.
Para melhor orientar os interessados no aspecto subjetivo em termos semânticos, precisaremos as diferenças existentes entre a psicologia transpessoal propriamente dita, o adjetivo transpessoal e o substantivo transpessoal.
A psicologia transpessoal é um ramo da psicologia que estuda particularmente o estado transpessoal da consciência. - Entendemos por transpessoal, tomado como adjetivo aquilo que subsiste, que é quando desaparece o fenômeno ou a aparência da pessoa. Ou seja, transpessoal é o que fica por trás das máscaras da pessoa, dos seus condicionamentos, além da cultura.
Para melhor orientar os interessados no aspecto subjetivo em termos semânticos, precisaremos as diferenças existentes entre a psicologia transpessoal propriamente dita, o adjetivo transpessoal e o substantivo transpessoal.
Tanto é que falamos hoje da educação transpessoal, da psicoterapia transpessoal e da terapia transpessoal. Por educação transpessoal compreendemos o conjunto dos métodos que permitem descobrir ou revelar o transpessoal dentro do ser humano..
Por psicoterapia transpessoal entendemos o conjunto os métodos de tratamento das neuroses pelo despertar do transpessoal, e das psicoses pela exteriorização do transpessoal semipotencializado.
Por terapia transpessoal designamos o conjunto dos métodos de restabelecimento da saúde pela progressiva redução da ilusão da existência de um "eu" separado do mundo.
Como veremos adiante, todos esses métodos são praticamente equivalentes.
O substantivo transpessoal se emprega no mesmo sentido do adjetivo, tal como definimos anteriormente. Como tema ou objeto, falamos, por exemplo, do estudo do transpessoal, do surgimento do transpessoal na vida cotidiana, da Associação transpessoal Internacional etc.
Por psicoterapia transpessoal entendemos o conjunto os métodos de tratamento das neuroses pelo despertar do transpessoal, e das psicoses pela exteriorização do transpessoal semipotencializado.
Finalmente, podemos dizer que, como a vivência transpessoal é uma vivência holística na qual o ser humano se re-des-co-bre como ser, o transpessoal é um neologismo sinônimo de ser. Como vivência holística, a dicotomia pessoal/ transpessoal é ao mesmo tempo superada e incluída no que chamamos comumente de "experiência" transpessoal.

Pierre Weil
Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris - Reitor da Universidade Holística Internacional de Brasília)

Os perfumes nos signos e sua cura-Vania Vieira.

Todos os templos esotéricos e curativos do passado e mesmo os atuais sempre deram ênfase especial aos perfumes. Tanto no sistema de defumação quanto nos banhos com óleos ou uso de objetos odoríferos nesses santuários, os perfumes eram importantes para o restabelecimento da saúde do usuário ou do paciente, devido à sua influência sobre o cérebro e o sistema nervoso em geral; do ponto de vista oculto, a vibração dos produtos aromáticos excita os chacras e fortalece os corpos internos, iniciando uma harmonização "de dentro para fora".

Os árabes eram especializados em produzir perfumes e óleos essenciais e por isso eram reconhecidos mundialmente por seus livros e tratados de Osmoterapia (ou Aromaterapia) que versavam acerca da confecção desses perfumes e óleos. As maiores bibliotecas espanholas, portuguesas e francesas ainda guardam valiosíssimos volumes e farta documentação sobre esse conhecimento fantástico.

Os indianos e tibetanos eram exímios manipuladores da Aromaterapia e a aplicavam em suas medicinas, as quais classificavam os perfumes em cinco categorias: repugnantes, picantes, aromáticos, rançosos e embolorados. A medicina tibetana afirmava que os perfumes têm um efeito especial no subconsciente, puxando todas as informações ligadas ao processo natural de autocura do indivíduo.

Os grandes templos budistas, a maioria deles na China e no Tibet (infelizmente, grande parte destruída) utilizavam-se de madeiras odoríficas para a confecção das estátuas sagradas de Buda e da Mãe Cósmica (Tara). Ainda se vêem nos conventos diversas bandeirolas coloridas e estátuas sagradas feitas de Sândalo, aromatizadas com deliciosos e sutis perfumes. Afirma-se que as orações mântricas feitas diante dessas estátuas podiam realizar verdadeiras e radicais curas, mesmo à distância.

Entre os índios da América do Norte era comum se cobrir os enfermos e desequilibrados com a fumaça de certas plantas, como o zimbro e o tabaco. Diziam que com esse procedimento expulsavam os maus espíritos que se alimentavam de doenças e desentendimentos, além de atraírem a presença do deus supremo da cura, Wakan Tanka, o deus-búfalo(é o próprio Espírito Santo).

Por isso se realizavam rituais com "cachimbos da paz" para se realizar acordos amistosos.

Podem-se ver também, em muitos santuários curativos, pequenas bolas feitas de panos embebidos em óleos especiais e enrolados sobre folhas e raízes de plantas especiais. É doze o número mínimo dessas bolas e se as penduravam nos tetos e portas desses templos ou nos braços das estátuas. Essas bolas, chamadas pelos tibetanos de Tchim-Purma, contêm ervas e perfumes ligados aos princípios harmonizadores dos doze signos. Sabe-se pela astrologia que cada constelação zodiacal vibra intensamente em determinada parte do corpo e o aspecto vital (ou etérico) de cada uma dessa partes da anatomia humana pode ser trabalhado, excitado e curado pelos Perfumes Zodiacais. Por exemplo: se alguém estiver com dor de cabeça ou esgotamento mental, esfregar suavemente a seiva ou o óleo das plantas arianas( que regem a cabeça); para curar os pulmões, cheirar ou tomar óleo ou chá de eucalipto, e assim por diante, sempre se respeitando certos cuidados, é óbvio.

SIGNO PERFUME

ÁRIES: MIRRA, CARVALHO ou ZIMBRO (óleos)
TOURO: MARGARIDA, COSTO (erva aromática)
GÊMEOS: ALMÉCEGA e ESPECIARIAS
CÂNCER : EUCALIPTO ou CÂNFORA
LEÃO: BENJOIM ou OLÍBANO
VIRGEM: CANELA ou SÂNDALO BRANCO
LIBRA : GÁLBANO, ROSA ou MURTA
ESCORPIÃO: HORTÊNSIA ou CORAL
SAGITÁRIO: ALOÉS ou HELIOTROPO
CAPRICÓRNIO: PINHO (extrato)
AQUÁRIO: NARDO
PEIXES: TOMILHO ou DAMA-DA-NOITE

AS DEFUMAÇÕES

Para os gnósticos, a queima num braseiro, ou turíbulo, de perfumes, óleos essenciais, raízes e folhas secas, cascas e resinas cristalizadas, vai além da sensação prazerosa de nosso sentido olfativo. Há uma influência direta e profunda em nossos ritmos nervoso, respiratório e cardíaco, provocando então uma incrementação no processo curativo. Porém, vai-se mais além ainda: O Mago sabe que o poder energético da fumaça que se desprende das ervas e produtos queimados possui a capacidade de influenciar nossos corpos internos. Na verdade, é a própria presença e poder do Elemental que se verifica naquela fumaça que envolve o paciente ou o ambiente. O elemental ligado ao produto queimado pode provocar uma série de fenômenos: acelerar o movimento dos chacras, redirecionar as forças vitais do organismo(equilibrando as energias que estão em excesso e as que estão em falta), dissolver formas-pensamento (chamadas pela psicologia de Fixações Mentais), anular fluidos magnéticos, denominados popularmente de mau-olhado...encosto...trabalhos de magia e etc...