O Universo Inteligente
Freqüentemente nos movemos em nosso ambiente diário sem entender quase nada sobre o mundo. Dedicamos pouco tempo a pensar no mecanismo que gera a luz solar que faz possível a vida, na gravidade que nos ata à terra e que de outra forma nos lançaria ao espaço, ou nos átomos de que estamos constituídos e de cuja estabilidade dependemos de maneira fundamental. Dedicamos pouco tempo a nos perguntar por que a natureza é da forma que é, de onde surgiu o cosmos, ou se sempre esteve, se o tempo correrá em sentido contrário algum dia. Em nossa sociedade alguns se sentem incômodos com questões deste tipo porque nos mostram vividamente as limitações do conhecimento humano. Mas grande parte da ciência esteve guiada por estas perguntas filosóficas. Nos regogizamos com o aspecto das estrelas, da natureza, mas nos perguntamos por que, de onde, para onde? por que obviamente este Universo em marcha vai para alguma parte, tem um sentido, um porquê, e um como, e se o encontramos talvez nos desvele quem fomos. Os cientistas atuais descrevem o universo através de duas teorias parciais fundamentais: a teoria da relatividade geral e a mecânica quântica. Constituem o ápice intelectual da primeira metade deste século. A teoria da relatividade descreve a gravidade e a estrutura em grande escala do universo. A mecânica quântica o mundo do diminuto. E ainda a teoria do caos é a descrição de fenômenos dinâmicos da Natureza que se descreve com equações não lineares de difícil ou inexistente solução, ao menos algébrica. Se se admitir então, dado que é o que procuram os cientistas, que o universo está regido por leis bem definidas, porque falar e acreditar que a vida e o universo exitem por mera casualidade, que não há uma inteligência subjacente ao próprio universo?. Este é um dos enganos fundamentais que às vezes fechou nossa capacidade de compreensão. Como poderíamos negar ao Universo - com sua perfeição - um sentido? Se queremos compreender todos esses maravilhosos jogos que supomos ao acaso vamos percorrer a história do Cosmos, ao menos tal como o vemos segundo nossas teorias, extraindo lições da relatividade geral, da mecânica quântica, esta perspectiva se faz verdadeiramente vertiginosa. Segundo a teoria do Big Bang tudo começou faz 15 bilhões de anos e este Big Bang originou em sua primeira fase conhecida como inflacionária, o volume do Universo. Um segundo depois do Big Bang o Universo era uma sopa espessa de prótons, nêutrons, elétrons e fótons, a 10 milhões de graus. Um quarto de hora mais tarde, 25% dos prótons e nêutrons transformaram- se em núcleos de hélio por intensas reações termonucleares. Se o Universo não tivesse conhecido esta fase de expansão, de uma intensidade inimaginável, o Cosmos se retrairia, afundando sobre se mesmo. É curioso como se trivializaram e banalizam os estudos de cientistas quando há prejuízos ou interesses. O Big Bang não é uma explosão; a teoria simplesmente descreve uma evolução desde hoje para trás, até um ponto de mínimo espaço e matéria e máxima energia, momento no em que falham todas as leis conhecidas (relatividade, mecânica quântica) a partir do qual não podemos dizer o que aconteceu. Pode parecer uma explosão, mas muito controlada e muito ajustada em seus parâmetros. As leis da física contêm muitas quantidades fundamentais, como a magnitude da carga elétrica do elétron, e a relação entre as massas de prótons e elétrons. O fato notável é que os valores dessas quantidades parecem ter sido ajustadas sutilmente para fazer possível a vida. Por exemplo, se a carga elétrica do elétron tivesse sido sozinho ligeiramente diferente, as estrelas teriam sido incapazes de queimar hidrogênio e hélio. Se as massas do próton mais o elétron fossem ligeiramente superiores ao nêutron, e não algo menos como acontece, o efeito resultaria devastador: o átomo de hidrogênio seria instável. O Sol não existiria. A estrutura geral de muitos dos sistemas que observamos na natureza está determinada por um numero relativamente pequeno do que chamamos constantes universais. Astrônomos e físicos quânticos expressaram reiteradamente seu assombro ante este fato. Se seguirmos com as atuais teorias, e nos encontramo a trezentos mil anos após o momento chave - uma eternidade mais tarde - os elétrons menos selvagens puderam começar a ser capturados pelos núcleos, formando os primeiros átomos de hidrogênio e hélio. Depois de uma longa letargia, que se estendeu ao longo de 100 milhões de anos onde nada aconteceu, mas durante os quais o Universo foi esfriando, esses átomos foram se agrupando em esferas, as estrelas, produzindo calor e elementos químicos. Há tantas perguntas sem responder: formaram-se as estrelas individualmente para reunir-se mais tarde em galáxias? Não existe nem certeza teórica nem observacional. Depois de sua formação as estrelas arrastam em seu movimento farrapos de matéria que ao condensarem- se formam os planetas. Voltemos agora a nossa atenção para o único sistema planetário que conhecemos atualmente, o nosso. Este conjunto que a luz atravessa em 10 horas e que está regido pela gravitação, flutua no espaço. Mais longe, muito mais longe, a ano-luzes-luz brilham as estrelas. Quanto a sua história, calculamos até onde nossas teorias nos deixam que se formou faz 4.500 milhões de anos, quando o Universo era já velho. A Terra é um globo fundido pela energia gravitacional, mas pouco maciço ao que lhe escapou o hidrogênio e o hélio e ficaram rochas e metais. Os elementos em fusão perderam metano, gás carbônico, nitrogênio, vapor de água: os ingredientes da primitiva atmosfera. Depois ao descender ainda mais sua temperatura o vapor de água se condensou e uma chuva caiu, atuando como lixívia, arrastando o gás carbônico e o depositou em forma de calcária nos recursos oceânicos. Mas como apareceu a vida na Terra? Ainda é um enigma. Mas é um fato que rochas de 3500 milhões de anos contêm moléculas orgânicas fósseis, o que sugere a rápida aparição de atividade biótica. Terá que esperar 1000 milhões de anos para que se inventasse a fotossíntese. Potente e maravilhosa invenção: um processo pelos quais os novelos verdes, as algas e algumas bactérias, captam a energia luminosa e a utilizam para efetuar a síntese de seus compostos orgânicos. Assim se aceita, majoritariamente, que começou a produção maciça de oxigênio que modificaria a atmosfera de nosso planeta em um sentido favorável para os seres vivos, criando a capa de ozônio que nos protege. Concomitante a esta etapa capital, seguiu faz 1400 milhões de anos, as células eucarióticas. Estas células, mil vezes mais volumosas que as bactérias existentes, são já verdadeiras fábricas complexas que dispõem de oficinas especializadas: um núcleo para o DNA, mitocôndrias para a respiração, cloroplastos para a fotossíntese, aparelhos do Golgi para a excreção, ribossomos para a síntese de proteínas e inclusive flagelos para deslocar-se. E é que até os animais simples podem parecê-lo em sua forma externa, mas em sua química interna são complexos. É explicável que os biólogos do século XIX e de princípios do XX não tenham apreciado a extrema complexidade química dos sistemas viventes. Sem violentar muito as provas disponíveis, pôde pensar-se na origem da vida como nos processos de formação de minerais. Com o desenvolvimento da microbiologia na segunda metade do século XX se viu com avassaladora claridade que a verdade é precisamente o contrário. Os sistemas bioquímicos são extremamente complexos, a tal grau que a possibilidade de que se formem ao azar as moléculas orgânicas simples é muito pequeno. Este conceito de geração espontânea tinha persistido desde Aristóteles em meados do século XIX, e é obvio ninguém tinha pensado seriamente que os animais se originaram deste modo, aceitava-se que um bezerro sai de uma vaca, mas um verme...Quem sabe? Inumeráveis tinham sido os experimentos para demonstrar o surgimento espontâneo, mas já desde 1688 o médico italiano Francesco Redi tinha demonstrado que as larvas não surgiria na carne se as moscas não pousassem nela, e assim se fez evidente que toda vida procede da vida. Tal foi a doutrina que Pasteur numerou faz mais de um século ante Academia Francesa de Ciências. Apesar de tudo e de uma notável ginástica mental os biólogos seguiam acreditando alegremente que a vida começou na Terra por meio de processos espontâneos. A idéia da vida espontânea também se remonta a experimentos sobre o caldo primitivo que cativou a imaginação do público, que realizaram Stanley Miller e Harold Urey em 1952, mesclando em um laboratório H20, NH4, CH4, CO2, CNH( suposta atmosfera da Terra inicial) e luz ultravioleta como energia. Obtiveram-se aminoácidos e bases nitrogenadas, os constituintes essenciais das proteínas. O principal problema é que no laboratório se recolhem esfriando rapidamente os líquidos em um serpentina pois a própria descarga volta a destrui-los: na terra de faz 3500 milhões de anos havia essa possibilidade de que se formassem mas não se destruíram?. Mas ainda que ocorresse dessa forma e que os aminoácidos possam ser produzidas por meios naturais, este experimento dista muito de demonstrar que a vida pode ter evoluído dessa maneira. Ninguém demonstrou que a correta disposição dos aminoácidos para uma proteína, possa produzir-se por esse método, nem muito menos o DNA. Não se encontrou nenhuma prova que explique esse enorme salto, nem se encontrará segundo minha opinião. Como posso ser tão contundente? Pois porque se assim fosse o experimento já se realizou e seria famoso. Seu custo mínimo comparado com o de enviar um astronauta à Lua. Seria tão espetacular que a clonagem seria um jogo de meninos. Além disso, a probabilida matemática de que a vida tenha aparecido de forma espontânea é tão pequena que resulta difícil captá-la se não a comparamos com algo que nos resulte familiar. Por exemplo, que uma proteína evolua ao acaso, ou seja, que os átomos, os aminoácidos, disponham-se na ordem adequada, é o mesmo que a probabilidade de tirar 50.000 seis seguidos nos jogo de dados. Acredito que o acaso fica descartado, é uma solução fácil para aqueles que têm preguiça mental de seguir procurando a origem da vida. E se estamos falando de proteínas como pôde surgir uma estrutura tão altamente organizada como um humano, um camundongo ou inclusive uma flor? Ninguém pode negar que se necessita informação para uma flor, mas quanta? Precisamente, muita informação, tanto que escapa a uma experiência normal. As instruções genéticas (genoma) podem ser concebidas como uma mensagem de certa longitude que especifica uma forma de vida. É o programa que controla a conduta das células. Todo aquele que tenha feito um programa de computador estará de acordo que escrever sub-rotinas é a parte menos importante. O mais difícil é a lógica do programa principal. No terreno da biologia, as enzimas são somente sub-rotinas. O programa segue sendo uma parte menos provável. No desenvolvimento da vida o programa principal é descrito pela teoria darwiniana da evolução. Em 1859, Darwin publicou a origem das espécies, libero no que incluía um compêndio de detalhes empíricos, alguns tirados de outros autores e outros próprios de sua viagem a bordo do Beagle, que apresentavam uma demonstração da seleção natural e a evolução das espécies. Elas provavam certa evolução, mas não toda a evolução que temos em mente: células eucarióticas prosperando nos oceanos perto de um bilhão de anos, os primeiros seres pluricelulares, que reinaram durante cerca de 120 milhões de anos, em seguida a explosão pré-cámbriana. . Faz 550 milhões que foram colonizados os continentes por formas viventes de extravagante diversidade, tanto que faria empalidecer de inveja aos melhores cenógrafos de ficção científica: esponjas, vermes, anêmonas, insetos, estrelas de mar, polvos, peixes, répteis, pássaros, carnívoros, insetívoros, ruminantes, marsupiais. E os antropóides. Assombroso crescimento que não necessitou mais que uma décima parte da idade da Terra para produzir-se e desenvolver- se, e para que aparecesse o Homo Sapiens, o inventor da marcha erguida. O que ocorreu para que a teoria do Darwin sobre a evolução mediante a seleção natural tenha se firmado como uma superstição? Onde estão as provas experimentais? Os postdarwinistas explicam as mudanças evolutivas devido aos enganos aleatórios da cópia da informação genética, mutações pontuais de genes que acumuladas dariam lugar à evolução, pois a seleção natural escolheria sozinho as mutações que fossem melhoras para a adaptação do ser vivo. O primeiro problema é que a cópia do DNA é extraordinariamente precisa, não proporciona um grande número de mutações naturais para que possa atuar a seleção natural, tem um ritmo tão lento que não quadra com a rapidez da aparição das espécies na Terra. Além disso, parece muito mais provável que os enganos resultem prejudiciais e não benéficos, e ao rechaçar as numerosas variações daninhas e preservar as escassas de índole benéfica, ainda é necessário um espaço de tempo maior para que se da evolução que observamos. O primeiro interesse foi demonstrar que os restos fósseis confirmam a teoria de Darwin. Entretanto a realidade é muito outra, como reconheceu o próprio Darwin: existe uma imperfeição do registro fóssil. Faltam as mudanças cruciais nos registros fósseis, por exemplo, a grande transição evolutiva dos répteis aos mamíferos. Essas grandes transições se procuraram nos casos com grande abundância de fósseis, os melhores são alguns invertebrados como os insetos e os seres que vivem no mar, pois se fossilizam com mais probabilidade que na terra. Identificaram- se mais de 10.000 espécies fósseis de insetos, mais de 30.000 espécies de aranhas e números similares de espécies marinhas.. E, entretanto as provas a favor das mudanças progressivas que produzam grandes transições evolutivas são muito escassas. Ainda falta encontrar a suposta transição entre insetos sem asas e alados, ao igual à transição entre os dois tipos principais de insetos alados (libélulas e escaravelhos, e as formigas). De fato a situação é justamente o contrário ao que prediz a teoria. Certamente que se percebem pequenas variações, mas não se acumulam gradualmente até produzir maiores. Por isso a questão se sarjeta dizendo que as grandes transições teriam que ter efetuado a saltos, tão rápido que o registro fóssil não pudesse refleti-lo, coisa difícil de reunir com as mudanças que observamos. São mudanças bruscas seguidas de período de estabilidade. Uma solução fácil, mas qual é o motor que provoca esses saltos? Há cientistas como Fred Hoyle que aventuraram em seu momento hipótese a respeito de vida no espaço exterior que chegariam com os impactos dos meteoritos e dos cometas em forma de bactérias, e provocariam essa rápida evolução. Mas isso somente desloca o problema da vida ao espaço exterior, não responde ao porquê. Voltemos a ser ingênuos: a evolução dos carros e de seu desenho não é fruto dos enganos das cadeias de montagem, mas sim é devida ao desenho inteligente de engenheiros: o airbag não apareceu de repente um dia em um carro de casualidade por um engano do robô que acopla as peças do carro, mas sim pensando na segurança, houve engenheiros que desenharam um sistema que protegesse aos passageiros. E a evolução da Terra? Não estou tratando de negar a evolução, a evolução poderia ser um método, mas inteligente, não ao azar. Por que se sustenta o acaso, a falta de Inteligência no Universo? Em épocas anteriores a Copérnico se acreditava erroneamente que a Terra era o centro geométrico e físico do Universo. Não devemos nos vangloriar muito em nossa época, já que hoje em dia se estão cometendo quase os mesmos enganos pré-copernianos nas fronteiras da astronomia, da química e da biologia. Isto está ocorrendo apesar de muitíssimas provas em seu contrário, apesar do ensino livre generalizado, das bibliotecas públicas gratuitas, de uma abundância de universidades e escolas de ensino superior. Uma vez mais preponderam mais os preconceitos que a ciência. Possivelmente supor uma inteligência outorga transcendência à existência do ser humano e do próprio universo, e portanto obrigações morais ante a vida, ante outros, ante a história.. Mas se voltarmos a ser singelos ante a vida, existe tantas coincidências para que estejamos aqui, não só nós, a não ser a vida, que deve haver alguma explicação para elas. Como lhe poderíamos negar ao universo, com sua perfeição, que também tenha um sentido? Embora fiquem no caminho para as estrelas muitas pergunta, as respostas estão nas leis inteligentes do Universo. Sim, o Universo é Inteligente porque nos sorri quando lhe esquadrinhamos sinceramente, sem prejuízos, assinalando que em suas leis está a chave do Mistério, de quem sou. O Universo é tão Inteligente que oculta maravilhosamente bem sua trama vital para obrigar aos investigadores a um esforço titânico de tal magnitude que a imensa maioria prefere comodamente sentenciar:
Freqüentemente nos movemos em nosso ambiente diário sem entender quase nada sobre o mundo. Dedicamos pouco tempo a pensar no mecanismo que gera a luz solar que faz possível a vida, na gravidade que nos ata à terra e que de outra forma nos lançaria ao espaço, ou nos átomos de que estamos constituídos e de cuja estabilidade dependemos de maneira fundamental. Dedicamos pouco tempo a nos perguntar por que a natureza é da forma que é, de onde surgiu o cosmos, ou se sempre esteve, se o tempo correrá em sentido contrário algum dia. Em nossa sociedade alguns se sentem incômodos com questões deste tipo porque nos mostram vividamente as limitações do conhecimento humano. Mas grande parte da ciência esteve guiada por estas perguntas filosóficas. Nos regogizamos com o aspecto das estrelas, da natureza, mas nos perguntamos por que, de onde, para onde? por que obviamente este Universo em marcha vai para alguma parte, tem um sentido, um porquê, e um como, e se o encontramos talvez nos desvele quem fomos. Os cientistas atuais descrevem o universo através de duas teorias parciais fundamentais: a teoria da relatividade geral e a mecânica quântica. Constituem o ápice intelectual da primeira metade deste século. A teoria da relatividade descreve a gravidade e a estrutura em grande escala do universo. A mecânica quântica o mundo do diminuto. E ainda a teoria do caos é a descrição de fenômenos dinâmicos da Natureza que se descreve com equações não lineares de difícil ou inexistente solução, ao menos algébrica. Se se admitir então, dado que é o que procuram os cientistas, que o universo está regido por leis bem definidas, porque falar e acreditar que a vida e o universo exitem por mera casualidade, que não há uma inteligência subjacente ao próprio universo?. Este é um dos enganos fundamentais que às vezes fechou nossa capacidade de compreensão. Como poderíamos negar ao Universo - com sua perfeição - um sentido? Se queremos compreender todos esses maravilhosos jogos que supomos ao acaso vamos percorrer a história do Cosmos, ao menos tal como o vemos segundo nossas teorias, extraindo lições da relatividade geral, da mecânica quântica, esta perspectiva se faz verdadeiramente vertiginosa. Segundo a teoria do Big Bang tudo começou faz 15 bilhões de anos e este Big Bang originou em sua primeira fase conhecida como inflacionária, o volume do Universo. Um segundo depois do Big Bang o Universo era uma sopa espessa de prótons, nêutrons, elétrons e fótons, a 10 milhões de graus. Um quarto de hora mais tarde, 25% dos prótons e nêutrons transformaram- se em núcleos de hélio por intensas reações termonucleares. Se o Universo não tivesse conhecido esta fase de expansão, de uma intensidade inimaginável, o Cosmos se retrairia, afundando sobre se mesmo. É curioso como se trivializaram e banalizam os estudos de cientistas quando há prejuízos ou interesses. O Big Bang não é uma explosão; a teoria simplesmente descreve uma evolução desde hoje para trás, até um ponto de mínimo espaço e matéria e máxima energia, momento no em que falham todas as leis conhecidas (relatividade, mecânica quântica) a partir do qual não podemos dizer o que aconteceu. Pode parecer uma explosão, mas muito controlada e muito ajustada em seus parâmetros. As leis da física contêm muitas quantidades fundamentais, como a magnitude da carga elétrica do elétron, e a relação entre as massas de prótons e elétrons. O fato notável é que os valores dessas quantidades parecem ter sido ajustadas sutilmente para fazer possível a vida. Por exemplo, se a carga elétrica do elétron tivesse sido sozinho ligeiramente diferente, as estrelas teriam sido incapazes de queimar hidrogênio e hélio. Se as massas do próton mais o elétron fossem ligeiramente superiores ao nêutron, e não algo menos como acontece, o efeito resultaria devastador: o átomo de hidrogênio seria instável. O Sol não existiria. A estrutura geral de muitos dos sistemas que observamos na natureza está determinada por um numero relativamente pequeno do que chamamos constantes universais. Astrônomos e físicos quânticos expressaram reiteradamente seu assombro ante este fato. Se seguirmos com as atuais teorias, e nos encontramo a trezentos mil anos após o momento chave - uma eternidade mais tarde - os elétrons menos selvagens puderam começar a ser capturados pelos núcleos, formando os primeiros átomos de hidrogênio e hélio. Depois de uma longa letargia, que se estendeu ao longo de 100 milhões de anos onde nada aconteceu, mas durante os quais o Universo foi esfriando, esses átomos foram se agrupando em esferas, as estrelas, produzindo calor e elementos químicos. Há tantas perguntas sem responder: formaram-se as estrelas individualmente para reunir-se mais tarde em galáxias? Não existe nem certeza teórica nem observacional. Depois de sua formação as estrelas arrastam em seu movimento farrapos de matéria que ao condensarem- se formam os planetas. Voltemos agora a nossa atenção para o único sistema planetário que conhecemos atualmente, o nosso. Este conjunto que a luz atravessa em 10 horas e que está regido pela gravitação, flutua no espaço. Mais longe, muito mais longe, a ano-luzes-luz brilham as estrelas. Quanto a sua história, calculamos até onde nossas teorias nos deixam que se formou faz 4.500 milhões de anos, quando o Universo era já velho. A Terra é um globo fundido pela energia gravitacional, mas pouco maciço ao que lhe escapou o hidrogênio e o hélio e ficaram rochas e metais. Os elementos em fusão perderam metano, gás carbônico, nitrogênio, vapor de água: os ingredientes da primitiva atmosfera. Depois ao descender ainda mais sua temperatura o vapor de água se condensou e uma chuva caiu, atuando como lixívia, arrastando o gás carbônico e o depositou em forma de calcária nos recursos oceânicos. Mas como apareceu a vida na Terra? Ainda é um enigma. Mas é um fato que rochas de 3500 milhões de anos contêm moléculas orgânicas fósseis, o que sugere a rápida aparição de atividade biótica. Terá que esperar 1000 milhões de anos para que se inventasse a fotossíntese. Potente e maravilhosa invenção: um processo pelos quais os novelos verdes, as algas e algumas bactérias, captam a energia luminosa e a utilizam para efetuar a síntese de seus compostos orgânicos. Assim se aceita, majoritariamente, que começou a produção maciça de oxigênio que modificaria a atmosfera de nosso planeta em um sentido favorável para os seres vivos, criando a capa de ozônio que nos protege. Concomitante a esta etapa capital, seguiu faz 1400 milhões de anos, as células eucarióticas. Estas células, mil vezes mais volumosas que as bactérias existentes, são já verdadeiras fábricas complexas que dispõem de oficinas especializadas: um núcleo para o DNA, mitocôndrias para a respiração, cloroplastos para a fotossíntese, aparelhos do Golgi para a excreção, ribossomos para a síntese de proteínas e inclusive flagelos para deslocar-se. E é que até os animais simples podem parecê-lo em sua forma externa, mas em sua química interna são complexos. É explicável que os biólogos do século XIX e de princípios do XX não tenham apreciado a extrema complexidade química dos sistemas viventes. Sem violentar muito as provas disponíveis, pôde pensar-se na origem da vida como nos processos de formação de minerais. Com o desenvolvimento da microbiologia na segunda metade do século XX se viu com avassaladora claridade que a verdade é precisamente o contrário. Os sistemas bioquímicos são extremamente complexos, a tal grau que a possibilidade de que se formem ao azar as moléculas orgânicas simples é muito pequeno. Este conceito de geração espontânea tinha persistido desde Aristóteles em meados do século XIX, e é obvio ninguém tinha pensado seriamente que os animais se originaram deste modo, aceitava-se que um bezerro sai de uma vaca, mas um verme...Quem sabe? Inumeráveis tinham sido os experimentos para demonstrar o surgimento espontâneo, mas já desde 1688 o médico italiano Francesco Redi tinha demonstrado que as larvas não surgiria na carne se as moscas não pousassem nela, e assim se fez evidente que toda vida procede da vida. Tal foi a doutrina que Pasteur numerou faz mais de um século ante Academia Francesa de Ciências. Apesar de tudo e de uma notável ginástica mental os biólogos seguiam acreditando alegremente que a vida começou na Terra por meio de processos espontâneos. A idéia da vida espontânea também se remonta a experimentos sobre o caldo primitivo que cativou a imaginação do público, que realizaram Stanley Miller e Harold Urey em 1952, mesclando em um laboratório H20, NH4, CH4, CO2, CNH( suposta atmosfera da Terra inicial) e luz ultravioleta como energia. Obtiveram-se aminoácidos e bases nitrogenadas, os constituintes essenciais das proteínas. O principal problema é que no laboratório se recolhem esfriando rapidamente os líquidos em um serpentina pois a própria descarga volta a destrui-los: na terra de faz 3500 milhões de anos havia essa possibilidade de que se formassem mas não se destruíram?. Mas ainda que ocorresse dessa forma e que os aminoácidos possam ser produzidas por meios naturais, este experimento dista muito de demonstrar que a vida pode ter evoluído dessa maneira. Ninguém demonstrou que a correta disposição dos aminoácidos para uma proteína, possa produzir-se por esse método, nem muito menos o DNA. Não se encontrou nenhuma prova que explique esse enorme salto, nem se encontrará segundo minha opinião. Como posso ser tão contundente? Pois porque se assim fosse o experimento já se realizou e seria famoso. Seu custo mínimo comparado com o de enviar um astronauta à Lua. Seria tão espetacular que a clonagem seria um jogo de meninos. Além disso, a probabilida matemática de que a vida tenha aparecido de forma espontânea é tão pequena que resulta difícil captá-la se não a comparamos com algo que nos resulte familiar. Por exemplo, que uma proteína evolua ao acaso, ou seja, que os átomos, os aminoácidos, disponham-se na ordem adequada, é o mesmo que a probabilidade de tirar 50.000 seis seguidos nos jogo de dados. Acredito que o acaso fica descartado, é uma solução fácil para aqueles que têm preguiça mental de seguir procurando a origem da vida. E se estamos falando de proteínas como pôde surgir uma estrutura tão altamente organizada como um humano, um camundongo ou inclusive uma flor? Ninguém pode negar que se necessita informação para uma flor, mas quanta? Precisamente, muita informação, tanto que escapa a uma experiência normal. As instruções genéticas (genoma) podem ser concebidas como uma mensagem de certa longitude que especifica uma forma de vida. É o programa que controla a conduta das células. Todo aquele que tenha feito um programa de computador estará de acordo que escrever sub-rotinas é a parte menos importante. O mais difícil é a lógica do programa principal. No terreno da biologia, as enzimas são somente sub-rotinas. O programa segue sendo uma parte menos provável. No desenvolvimento da vida o programa principal é descrito pela teoria darwiniana da evolução. Em 1859, Darwin publicou a origem das espécies, libero no que incluía um compêndio de detalhes empíricos, alguns tirados de outros autores e outros próprios de sua viagem a bordo do Beagle, que apresentavam uma demonstração da seleção natural e a evolução das espécies. Elas provavam certa evolução, mas não toda a evolução que temos em mente: células eucarióticas prosperando nos oceanos perto de um bilhão de anos, os primeiros seres pluricelulares, que reinaram durante cerca de 120 milhões de anos, em seguida a explosão pré-cámbriana. . Faz 550 milhões que foram colonizados os continentes por formas viventes de extravagante diversidade, tanto que faria empalidecer de inveja aos melhores cenógrafos de ficção científica: esponjas, vermes, anêmonas, insetos, estrelas de mar, polvos, peixes, répteis, pássaros, carnívoros, insetívoros, ruminantes, marsupiais. E os antropóides. Assombroso crescimento que não necessitou mais que uma décima parte da idade da Terra para produzir-se e desenvolver- se, e para que aparecesse o Homo Sapiens, o inventor da marcha erguida. O que ocorreu para que a teoria do Darwin sobre a evolução mediante a seleção natural tenha se firmado como uma superstição? Onde estão as provas experimentais? Os postdarwinistas explicam as mudanças evolutivas devido aos enganos aleatórios da cópia da informação genética, mutações pontuais de genes que acumuladas dariam lugar à evolução, pois a seleção natural escolheria sozinho as mutações que fossem melhoras para a adaptação do ser vivo. O primeiro problema é que a cópia do DNA é extraordinariamente precisa, não proporciona um grande número de mutações naturais para que possa atuar a seleção natural, tem um ritmo tão lento que não quadra com a rapidez da aparição das espécies na Terra. Além disso, parece muito mais provável que os enganos resultem prejudiciais e não benéficos, e ao rechaçar as numerosas variações daninhas e preservar as escassas de índole benéfica, ainda é necessário um espaço de tempo maior para que se da evolução que observamos. O primeiro interesse foi demonstrar que os restos fósseis confirmam a teoria de Darwin. Entretanto a realidade é muito outra, como reconheceu o próprio Darwin: existe uma imperfeição do registro fóssil. Faltam as mudanças cruciais nos registros fósseis, por exemplo, a grande transição evolutiva dos répteis aos mamíferos. Essas grandes transições se procuraram nos casos com grande abundância de fósseis, os melhores são alguns invertebrados como os insetos e os seres que vivem no mar, pois se fossilizam com mais probabilidade que na terra. Identificaram- se mais de 10.000 espécies fósseis de insetos, mais de 30.000 espécies de aranhas e números similares de espécies marinhas.. E, entretanto as provas a favor das mudanças progressivas que produzam grandes transições evolutivas são muito escassas. Ainda falta encontrar a suposta transição entre insetos sem asas e alados, ao igual à transição entre os dois tipos principais de insetos alados (libélulas e escaravelhos, e as formigas). De fato a situação é justamente o contrário ao que prediz a teoria. Certamente que se percebem pequenas variações, mas não se acumulam gradualmente até produzir maiores. Por isso a questão se sarjeta dizendo que as grandes transições teriam que ter efetuado a saltos, tão rápido que o registro fóssil não pudesse refleti-lo, coisa difícil de reunir com as mudanças que observamos. São mudanças bruscas seguidas de período de estabilidade. Uma solução fácil, mas qual é o motor que provoca esses saltos? Há cientistas como Fred Hoyle que aventuraram em seu momento hipótese a respeito de vida no espaço exterior que chegariam com os impactos dos meteoritos e dos cometas em forma de bactérias, e provocariam essa rápida evolução. Mas isso somente desloca o problema da vida ao espaço exterior, não responde ao porquê. Voltemos a ser ingênuos: a evolução dos carros e de seu desenho não é fruto dos enganos das cadeias de montagem, mas sim é devida ao desenho inteligente de engenheiros: o airbag não apareceu de repente um dia em um carro de casualidade por um engano do robô que acopla as peças do carro, mas sim pensando na segurança, houve engenheiros que desenharam um sistema que protegesse aos passageiros. E a evolução da Terra? Não estou tratando de negar a evolução, a evolução poderia ser um método, mas inteligente, não ao azar. Por que se sustenta o acaso, a falta de Inteligência no Universo? Em épocas anteriores a Copérnico se acreditava erroneamente que a Terra era o centro geométrico e físico do Universo. Não devemos nos vangloriar muito em nossa época, já que hoje em dia se estão cometendo quase os mesmos enganos pré-copernianos nas fronteiras da astronomia, da química e da biologia. Isto está ocorrendo apesar de muitíssimas provas em seu contrário, apesar do ensino livre generalizado, das bibliotecas públicas gratuitas, de uma abundância de universidades e escolas de ensino superior. Uma vez mais preponderam mais os preconceitos que a ciência. Possivelmente supor uma inteligência outorga transcendência à existência do ser humano e do próprio universo, e portanto obrigações morais ante a vida, ante outros, ante a história.. Mas se voltarmos a ser singelos ante a vida, existe tantas coincidências para que estejamos aqui, não só nós, a não ser a vida, que deve haver alguma explicação para elas. Como lhe poderíamos negar ao universo, com sua perfeição, que também tenha um sentido? Embora fiquem no caminho para as estrelas muitas pergunta, as respostas estão nas leis inteligentes do Universo. Sim, o Universo é Inteligente porque nos sorri quando lhe esquadrinhamos sinceramente, sem prejuízos, assinalando que em suas leis está a chave do Mistério, de quem sou. O Universo é tão Inteligente que oculta maravilhosamente bem sua trama vital para obrigar aos investigadores a um esforço titânico de tal magnitude que a imensa maioria prefere comodamente sentenciar:
"O Universo funciona por acaso". Sara Ortiz Rous