Ao contrário de tudo que me dizes ser...
Nem Mulher Maravilha, nem mulher vítima.
Eu sou...HUMANA!
Nervos em flor,
Desabrochando agudos ao alvoroço das estações.
Estampido seco rompendo a tez desgastada.
Eu sou...sim...
Cheiro de alma cansada,
Cheiro de terra molhada ontem,
Com urgência de sementes hoje.
Sou a ausência do meu filho que não veio
E de todas vocês que vieram me completar...
Eu sou apenas...sou...
Tentando equilibrar-me a solavancos repentes
Mas que em suspiros direi quando cair...
"Sou Amor".
Eu sou todas aquelas coisas que ninguém entende
A resposta do que não perguntou.
Disparidade?
O meio inviolável do que o secreto teima.
Eu sou uma continuidade de reticências
Nãos pausados
E entrega.
Eu sou entrega...
De todo o meu espaço externo e interno prá vocês, três...
A necessidade absurda de jamais ter sabido,
E não ter provado,
Ou tocada,
sem dar a Partida.
Sou ensaio de perfeição falido.
Sou vôo gauche,
hoje tristeza por não ter tido coragem da ausência.
Eu sou espera,
E quando tudo em mim mais cala,
Quando então tudo que você diz
for inversamente provado,
Eu terei sido...ido...partido...
sem ter sido entendida...jamais...
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