segunda-feira, 13 de outubro de 2008


PERDOAR: inteligência em ação
Optar pelo perdão é optar pela saúde
O conceito inteligência sofreu muitas variações nos últimos tempos e novas variáveis e valores foram incluídas como participantes do quociente de inteligência (QI). Inteligência: emocional, cognitiva, social, política, religiosa, afetiva; enfim tudo que se relaciona à espécie Homo sapiens-sapiens.A cada dia fica mais fácil (para quem quiser é claro) entender os conceitos que o Mestre Jesus nos trouxe a respeito de amor e perdão: é uma atitude de “refinada” inteligência. Revidar ou esquecer uma ofensa é algo que demanda empenho e raciocínio.Se uma situação difícil ou frustrante na vida de alguém é provocada por outra pessoa, a raiva é, na maioria das vezes, inevitável; pois, raiva é um sentimento primário que trouxemos de nossas fases anteriores da evolução (antes do sapiens–sapiens). É bem indigesto; pois é grande agente desencadeador de dor de estômago, má digestão, dor de cabeça, etc. Quando isso, acontece, há três opções: reagir estouvadamente como faz ainda boa parte dos candidatos a serem transferidos para penitenciárias estelares; pensar friamente numa forma de revidar; ou também pensar friamente e desistir da vingança, optando pelo perdão. A primeira forma não depende de escolha, as duas outras dependem da escolha (inteligência) de quem sofreu a ofensa. Tanto o perdão quanto a vingança exigem uma opção cognitiva de planejamento e execução. Precisa ser organizada e não é apenas uma ação impensada a uma afronta; a raiva pode ir e voltar; mas a vingança, no entanto precisa ser pensada. Não há vingança por instinto (animais não se vingam: sobrevivem – quase seres humanos: vingam-se).Passou da hora de usarmos os anestésicos como desculpas e justificativas a todo instante – espíritos que detêm possibilidade de continuar no planeta pedem desculpas e se justificam apenas com atitudes de mudança e renovação. Num conceito bem prático que analisamos em nosso livro: “Saúde ou doença: a escolha é sua” e que esmiuçaremos em nosso Blog Américo Canhoto, a mania de usar analgésicos sem pensar e receitados por pobres seres ícones da mídia; indica: falta de raciocínio e compra de passagem para mundos inferiores – “Tomou dorzão: se não passar - vai para o chupão (planeta)”.Dica da hora: que se cuidem os viciados em analgésico e antiinflamatórios – caso o leitor faça uso de analgésicos mais de uma vez ao mês – cuidado, muito cuidado – está carimbando o passaporte... Reflita muito e várias vezes ao dia sobre a passagem do Evangelho para mundos mais felizes: “Bem aventurados os aflitos” – mas, antes disso, livre-se do lixo religioso que proclama a dor como único ou até o melhor caminho de evolução. O caminho do sofrer é o melhor para os pobres em raciocínio – quase border-line da evolução - seu destino: mundos compatíveis.Claro que mesmo a vingança possui graduaçõesOs motivos que levam à vingança também podem determinar a qualidade negativa das pessoas: há vingança por motivos banais e torpes como as picuinhas da vida em família, resultante da falta de reforma íntima ativa e, que as pessoas comuns nem percebem (anestesiadas que estão, em todos os sentidos); mas que dia após dia, transformam-se em graves crimes noticiados no dia a dia ou transformados em carma. Algumas pessoas vêm na vingança uma forma de se sentir bem e até de prazer e, de tão descuidadas até gozam sem perceber. Noutras é uma força de demonstrar poder e força – esse detalhe é o que mais encontramos quando batemos papo com os amigos do além que se colocam como aplicadores da justiça divina – Mas, como alguns deles são bem inteligentes, logo mudam de lado e passam a praticar com sofreguidão a atitude de perdoar. Recomendamos aos leitores do artigo que estudem uma das mais belas reportagens do grande repórter André Luiz veiculadas através da emissora: Chico Xavier - "Libertação" (para os mais apressados e preguiçosos: há resumos muito bons na Net), descubram um repórter fantástico (melhor que o do Globo Repórter) que nos sinaliza este assunto: inteligência na vingança e no perdão. No livro – reportagem em questão -, para os leitores mais afoitos, o objeto de minuciosa tarefa de socorro teve como alvo a “dondoca espiritual Margarida” filha desencarnada de um Juiz atrapalhado pela materialidade - quando o alvo real do resgate era o Gregório (chefe de uma falange de justiceiros do além). Qual a razão do investimento no Gregório? Inteligência e força. Lembram do Saulo que virou Paulo? O próprio Mestre investiu no resgate desse primor de inteligência. Se você fosse comandante de uma empresa (materialista ou espiritual) investiria em quem; na Margarida datilografa, recepcionista ou no funcionário rebelde com tremendo potencial? Nas medíocres cobaias (funcionários que apenas cumprem com seus míseros deveres; ou nos renegados que têm um tremendo potencial mesmo que contrariem as normas e os padrões? Inteligência e desejo de usá-la é tudo.O desejo de perdoar também é gradativoPor outro lado há aqueles que precisam perdoar para se sentir bem. Muitos dizem que depois de perdoar um desafeto sentem-se felizes e libertos. A vingança e o perdão sofrem forte influência cultural e educacional. O desejo de vingança pode tornar-se um processo doentio e obsessivo. A religiosidade (não necessariamente a religião) torna o indivíduo mais propenso a perdoar. Em ambientes competitivos como do de trabalho as pessoas são mais inclinadas à vingarem-se. Fatores como os que comandam os valores da sociedade atual: solidão, egoísmo, desgaste físico e mental, alto fluxo de informações podem contribuir para reações vingativas. Pesquisas mostram que as mulheres são mais vingativas do que os homens.Perdão - amor é um assunto para daqui a alguns dias.Mas, para adiantar, de todas as frases que já li e ouvi sobre vingança e perdão esta foi a que achei mais inteligente:"Não existe vingança tão completa quanto o perdão."

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